Com a recente notícia da volta da Geely ao Brasil, com o SUV elétrico EX5 e uma nova estratégia de mercado, muitos podem não se lembrar, mas a gente traz a notícia de volta: esta não é a primeira vez que a montadora chinesa tenta conquistar o consumidor brasileiro.
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A história da Geely no Brasil
Entre 2014 e 2016, a Geely marcou presença em nossas ruas com dois modelos que, apesar das boas intenções, tiveram uma passagem discreta e curta.Geely GC2: o "pandinha"
Conhecido carinhosamente como "Pandinha" por seu design peculiar, o GC2 era um subcompacto que tinha a proposta de ser um carro de entrada com bom pacote de equipamentos.Equipado com motor 1.0 de três cilindros, a gasolina, ele entregava 68 cv de potência e 8,9 kgfm de torque. Apesar de leve e ágil para o uso urbano, o motor tinha fôlego limitado em retomadas, exigindo mais do câmbio manual.
Ele tinha preço inicial na casa dos R$ 29.900 - que era o preço de um carro de entrada naquela época, praticamente o mesmo de Fiat Mobi, Volkswagen Gol e cia - e era opção interessante no segmento de subcompactos. A desconfiança do consumidor com carros chineses, porém, era bem maior.
Geely EC7: sedã que prometia muito
O Geely EC7 era a aposta da marca no segmento de sedãs médios - que hoje resiste só com o Corolla entre os players fabricados no Brasil.Com motor 1.8 16V a gasolina de 130 cv e 17,2 kgfm de torque, o modelo se destacava pelo bom nível de equipamentos para a sua faixa de preço (típico de ofertas chinesas naquela época), com itens como bancos em couro, ar-condicionado automático digital e retrovisor eletrocrômico.
No entanto, a falta de uma versão flex - num mercado que à época era dominado por modelos com esse tipo de tecnologia - foi um dos pontos que pesaram contra o EC7.
Por que a Geely saiu do Brasil?
Apesar dos esforços, a primeira incursão da Geely no mercado brasileiro não teve o sucesso esperado, o que levou à interrupção de suas operações em 2016. Diversos fatores contribuíram para essa saída:- Baixo volume de vendas: os dois modelos não conseguiram atingir volumes expressivos, o que inviabilizou a continuidade da operação.
- Cenário econômico desfavorável: a alta do dólar na época encareceu os veículos importados, tornando-os menos competitivos.
- Falta de reconhecimento da marca: a Geely era uma marca pouco conhecida no Brasil, e a falta de investimento robusto em marketing e divulgação dificultou a construção de uma imagem.
- Rede de concessionárias limitada: com apenas 25 pontos de venda e assistência técnica, a capilaridade da marca era insuficiente para atender a um país de dimensões continentais.
- Não adesão ao Inovar-Auto: a não participação da empresa no programa governamental de incentivo à indústria automotiva da época, que oferecia benefícios fiscais para quem produzisse no país, colocou a Geely em desvantagem competitiva.
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