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O objetivo era transformar a Jaguar, uma aristocrática, elegante e tradicional fabricante britânica de automóveis esportivos e sofisticados, em marca jovem, descolada, colorida e antenada com a diversidade. Deu tudo errado.
Confira o polêmico anúncio da Jaguar:
O tal anúncio com modelos coloridos e nenhum automóvel teve quase 5 milhões de visualizações e milhares de comentários - negativos, em sua maioria.
Na sequência, as vendas da Jaguar no mercado europeu em abril deste ano caíram mais de 90% em comparação ao mesmo mês do ano passado, e maio teve resultado semelhante. No acumulado dos cinco primeiros anos deste ano, queda superior a 70% em relação ao mesmo período de 2024.
Com isso, o CEO da Jaguar, o britânico Adrian Mardell, comunicou sua saída. Estava há cerca de 30 anos na empresa, três deles no cargo máximo. Em seu lugar entrará o indiano P.B Balaji, que foi diretor financeiro da Tata Motors e até recentemente era CFO da marca.
Balaji assumirá o cargo no próximo mês de novembro e terá um enorme desafio pela frente: re-reinventar a Jaguar de forma a reaproximá-la de seus tradicionais compradores.
A Jaguar Land Rover (JLR) diz que sua chegada vai acelerar o plano JLR Reimagine, um plano estratégico que inclui eletrificação, digitalização e sustentabilidade. Como esses três pilares serão aplicados de forma que não afastem os fãs da marca, ainda é um mistério.
Além disso, o novo CEO terá que enfrentar outros obstáculos. Caso das tarifas americanas, que atingem com força os carros feitos no Reino Unido; queda acentuada nas vendas das duas marcas no mercado chinês; e redução na linha Land Rover, entre muitos outros. Será que vai conseguir? A conferir.
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