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Lamborghini mudará de dono novamente? Entenda

Grupo Volkswagen rejeita oferta pela marca italiana de esportivos, que já passou pelas mãos de diversas empresas

por Fernando Miragaya

O nome da Lamborghini correu o mundo dos negócios esta semana. Isso porque, conforme noticiado no WM1, o Grupo Volkswagen teria recebido uma oferta de o equivalente a R$ 49 bilhões pela marca italiana de esportivos. Segundo o site britânico Autocar, a alemã recusou a oferta. Se a venda se concretizasse, porém, seria mais um capítulo de mudança de comando na Lambo.

É que o fabricante iria para o seu sexto dono em menos de 60 anos de história. Isso mesmo, a trajetória da empresa é marcada por sucessos, crises e trocas de comando desde 1963. Foi neste ano em que Ferruccio Lamborghini criou a marca de carros que leva seu nome por pura birra e desavença com Enzo Ferrari.
Reza a lenda que Ferruccio, então dono de uma fábrica de tratores, não gostou do desdém com que foi tratado pelo comendador quando foi reclamar de constantes defeitos em sua Ferrari 250 GT. Enzo teria dito que o cliente entendia de trator, e não sabia nada de carro.
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O fato é que a montadora nasceu em 1963 em Sant'Agata Bolognese, distante pouco mais de 20 km das instalações da Ferrari em Maranello... Lá, Ferruccio começou a produzir seus esportivos. O primeiro foi o 350 GTV (1964) e dois anos depois o Miura P400 começava a saga de carros com nomes de touro - o empresário, morto em 1993, era fã de touradas e do signo de... touro.

De mão em mão


O primeiro revés veio nos anos 1970. As duas crises do petróleo da década afetaram diretamente o segmento de superesportivos e a Lamborghini foi à falência. A divisão de automóveis foi adquirida por um grupo de investidores suíços, enquanto a marca de tratores foi comprada pela Fiat.
Em 1987, nova mudança. A Lamborghini passou para o controle do Grupo Chrysler. E foi sob a tutela do fabricante estadunidense que a italiana lançou seu carro, talvez, de maior sucesso: o Diablo. Mesmo assim, na segunda metade da década de 1990 quem estava mal das rodas era a norte-americana, que teve de passar a marca adiante.
A Lambo, então, foi adquirida por um grupo de investidores da Indonésia, mas as dificuldades financeiras permaneceram e a morte da marca era dada como certa. Quem veio salvar a empresa de nova falência, em 1998, foi a Audi, já controla majoritariamente pela Volkswagen.

Mares quase tranquilos


Desde então, a Lamborghini começou a ter uma história menos turbulenta. Em 2002, surgiu o "sucessor" do Diablo, o Murciélago, que colocou novamente a marca em evidência, que, pelo caráter icônico e produtos de nicho, sobreviveu à crise financeira global de 2008. Em 2018, ainda registrou recorde de vendas globais, com quase 6 mil modelos comercializados.
Hoje, a marca produz três modelos. Aventador e Huracán, em versões cupê e roadster, além do utilitário esportivo Urus - os três veículos também são vendidos no Brasil. Recentemente, a montadora também apresentou o Sian, seu primeiro híbrido.

Veja o vídeo de um Lamborghini tatuado

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