Citroën Basalt manual: vale a pena comprar?

Com bom espaço interno e de porta-malas, e preço competitivo, SUV de entrada é opção atraente. Mas será que vale a pena?

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Marcelo Monegato
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Por que comprar um Citroën Basalt manual? Essa foi a pergunta que me fiz durante o período em que testei o modelo. E confesso que a resposta ficou bem clara para mim: vale, para quem precisa de um porta-malas amplo, se sente mais confortável e seguro em uma posição mais elevada ao volante (típica de SUV) e, claro, está com o dinheiro contado para pagar à vista ou está no limite do valor da parcela de um financiamento.

Vamos aos fatos...

Citroën Basalt manual é uma boa opção?
O Citroën Basalt Feel 1.0 manual tem o menor preço entre seus concorrentes
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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Citroën Basalt manual: por que comprar?

Maior porta-malas entre os rivais diretos

Bora começar pela característica que realmente me impressionou, que foi o espaço do porta-malas. São 490 litros de capacidade, o que o torna a referência entre seus rivais. E aqui estamos falando de concorrentes fortes, como o experiente Fiat Pulse, que tem bagageiro para 370 litros; o Renault Kardian, que leva até 410 litros no porta-malas; e o recém-chegado Volkswagen Tera, que tem o menor compartimento de carga da turma, com 350 litros.

Não é apenas o volume, mas a boa distribuição do espaço. Mesmo com a queda "cupê" da traseira - recurso visual que agrega personalidade ao Citroën -, é possível abrigar no porta-malas a bagagem de uma família de quatro pessoas tranquilamente. E ainda sobra lugar para abrigar outras bugigangas, caso necessário.

    Também o mais barato entre os rivais

    O segundo ponto sedutor do Basalt é o preço. De acordo com o site oficial da Citroën, o SUV cupê na versão Feel 1.0 manual parte de R$ 101.490, mas um desconto generoso de R$ 7.500 é aplicado e o modelo acaba saindo por R$ 93.990. E sim, diante de seus concorrentes diretos, acaba sendo o mais barato.

    Confira os preços dos concorrentes:

      Por este valor, o Basalt Feel manual entrega uma lista de equipamentos "ok" - nada de mais nem de menos para um carro que se propõe ser de entrada e, portanto, ter um valor mais competitivo e atraente para o cliente.

      Os itens que me chamaram a atenção foram a central multimídia com tela de 10 polegadas compatível com Android Auto e Apple ClarPlay sem necessidade de fio para a conexão, os controles de tração e estabilidade, o assistente de frenagem e a câmera de ré.

      A ausência de sensores de estacionamento traseiros e o fato de ter quatro airbags, e não seis como alguns de seus concorrentes, como Tera e Kardian, pesam contra o Citroën Basalt manual.

      A versão de entrada do SUV da Citroën tem central multimídia de 10 polegadas de série
      Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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      O destaque da lista são os seguintes itens:

      • Quatro airbags: frontal condutor e passageiro e laterais dianteiros
      • ABS + ESC + ASR + EBD
      • Antena de teto
      • Alarme periférico
      • Seis alto-falantes
      • Ar-condicionado
      • Assistente de partida em rampa
      • Banco do motorista com ajuste de altura e apoia braço
      • Bancos traseiros rebatíveis com Isofix e Top Tether (fixação para cadeiras de crianças)
      • Bluetooth
      • Câmera de ré
      • Direção elétrica
      • Luzes de rodagem diurnas (DRLs) de LED
      • Desembaçador de vidro traseiro
      • Sensor de pressão de pneus
      • Multimídia Citroën Connect touchscreen 10 polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem necessidade de fio
      • Painel de instrumentos digital TFT de sete polegadas
      • Retrovisor externo elétrico
      • Rodas de liga leve de 16 polegadas
      • Travamento automático das portas e do porta-malas com veículo em movimento
      • Vidros elétricos dianteiros e traseiros
      • Volante multifuncional
      • A posição ao volante é elevada, e remete à de SUVs maiores. Mas falta ajuste de profundidade da direção
        Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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        Posição de SUV ao volante

        Sim, antes que você questione, o Basalt é considerado um SUV por atender às especificações necessárias para ser considerado assim. No entanto, na minha avaliação - e acredito que possa ser a sua, também - o Citroën pode ser considerado um crossover por misturar características de vários segmentos, entre eles o dos utilitários esportivos.

        Mas o que me chamou a atenção no Basalt foi a posição naturalmente mais elevada ao volante, típica de um...SUV! Com 4,34 metros de comprimento, 1,82 metro de largura, 1,58 metro de altura e bons 2,64 metros de distância entre os eixos, o modelo fabricado na planta de Porto Real, no Rio de Janeiro, não é grandalhão, mas também não é miudinho como um hatch. Por isso, essa posição elevada agrada.

        Algumas ressalvas, porém, precisam ser feitas. A primeira delas é que a coluna de direção tem apenas regulagem de altura e fica devendo a de profundidade - que eu acho fundamental para encontrar a melhor posição ao volante.

        Outro ponto que me incomodou foi a ausência de regulagens nos cintos de segurança dianteiros. Nos primeiros metros com o Basalt, a fita pegava no pescoço, causando incômodo. Consegui acertar as coisas mexendo na altura do banco.

          O porta-malas com capacidade para 490 litros é extremamente generoso
          Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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          Um outro olhar sobre o Citroën Basalt manual

          Caso você não precise dos pontos acima mencionados, talvez o Citroën Basalt manual não seja a melhor opção. Se o porta-malas não é algo relevante para você pelo fato de ter uma rotina 99% urbana, não transportar equipamentos grandes ou bagagens volumosas todos os dias, uma opção pode ser o próprio C3 - caso queira ficar dentro da Citroën, e não olhar para outras marcas.

          Hoje, dentro da gama da marca, é possível comprar um C3 Feel 1.0 manual - que tem basicamente o mesmo nível de equipamentos do Basalt manual - por R$ 87.690 (preço com desconto). Ou seja, uma diferença interessante de R$ 6.300 do hatch em relação ao SUV.

          Aproveite também:

            O Citroën Basalt tem luzes diurnas de LED, mas lanternas e faróis ainda usam lâmpadas halógenas
            Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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            Agora, se o bolso permite, a sugestão é investir um pouco mais e pegar a versão de entrada automática do Basalt. O mercado atualmente valoriza demais os veículos com transmissão automática e, especialmente no caso dos SUVs, este câmbio é praticamente um requisito básico. Os SUVs manuais há algum tempo não têm mais a mesma procura e, sim, têm uma maior desvalorização no momento da revenda.

            Por isso, a sugestão aqui é olhar com cuidado o Basalt Feel Turbo 200, que, como o próprio nome diz, já tem um upgrade de motorização - sai o 1.0 de três cilindros aspirado de 75 cv e entra o 1.0 de três cilindros turbo de 130 cv (quase o dobro). Além, é claro, da transmissão automática CVT no lugar da caixa manual de cinco velocidades.

            Aqui também não podemos deixar passar em branco que o conjunto do Citroën Basalt manual atende às necessidades. A performance desaparece completamente para dar lugar à eficiência energética - em outras palavras: economia de combustível.

            De acordo com dados oficiais da marca francesa, a opção manual do SUV faz 9,2 km/l (etanol) / 13,2 km/l (gasolina) na cidade, e na estrada atinge 10,1 km/l (etanol) / 14,3 km/l (gasolina).

            Citroën Basalt Feel 1.0 manual - ficha técnica

            • Motor: 1.0 Firefly Flex
            • Potência: 75 cv a 6000 rpm (etanol)
            • Torque: 10,5 kgfm a 3250 rpm (etanol) / 10 kgfm a 3250 rpm (gasolina)
            • Câmbio: manual de 5 marchas
            • Tração: dianteira
            • Consumo na cidade: 9,3 km/l (etanol) / 13 km/l (gasolina)
            • Consumo na estrada: 10,2 km/l (etanol) / 14,6 km/l (gasolina)
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