Para quem não se lembra, o cargueiro Grande América teve um incêndio quando navegava no Oceano Atlântico, a 330 quilômetros da costa francesa. Todas as 27 pessoas a bordo foram resgatadas, o que não impediu do navio afundar com toda a sua carga, incluindo 3.000 automóveis, entre eles 37 Porsches.
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Nesse carregamento de Porsches, haviam quatro unidades do GT2 RS, cuja produção limitada já havia sido encerrada em fevereiro. Os quatro modelos seriam entregues no Brasil.
Após ser comunicada do ocorrido, a matriz na Alemanha decidiu reabrir a linha de produção do 911 GT2 RS e fazer quatro novas unidades para serem entregues aos clientes brasileiros. A medida só foi possível porque a fábrica ainda não tinha sido preparada para iniciar a produção da nova geração do 911, denominada 992. O início da adaptação estava previsto para dois dias depois e assim que iniciado tornaria impossível refazer os GT2 RS.
Tão logo recebeu a resposta positiva da Porsche AG, a Porsche Brasil enviou aos proprietários dos quatro 911 GT2 RS uma carta informando-os do naufrágio e mencionando que, em uma situação normal, não seria possível repor o veículo. Assinada pelo diretor-presidente da Porsche Brasil, Andreas Marquardt, e pelo diretor de marketing, Thomas Klein Reesink, a carta explicava que, neste caso específico, seria possível fabricar um carro substituto em abril, com entrega em junho.
Os modelos chegaram por aqui no dia 8 de junho e foram entregues aos compradores (sendo dois em São Paulo, um em Curitiba e outro em Belo Horizonte). A marca também fez a personalização de acordo com o que cada cliente havia encomendado originalmente.
O 911 GT2 RS usa motor de 6 cilindros contrapostos, biturbo, capaz de entregar 700 cv de potência. O superesportivo acelera de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e atinge 340 km/h de velocidade máxima. O preço aproximado é de R$ 2,4 milhões.
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