Renault encerra operações da linha esportiva R.S.

Último modelo da divisão esportiva será o Megane R.S. Ultime, com 1976 unidades produzidas e motor 1.8 turbo de 300 cv

  1. Home
  2. Últimas notícias
  3. Renault encerra operações da linha esportiva R.S.
Lucas Cardoso
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

A Renault decidiu pôr fim às operações da divisão de preparação Renault Sport (R.S.) e, para fechá-la com chave de ouro, fará um último modelo com a sigla "R.S.": será o Megane R.S. Ultime, que terá apenas apenas 1976 unidades produzidas - o número faz referência ao ano de criação da divisão.

A versão especial foi apresentada pela marca em um evento de carros customizados no Japão, o Tokyo Auto Salon. Tem quitutes exclusivos, como decalques de formas geométricas no capô, no teto e nas laterais, para-lamas alargados em 6 cm na dianteira e em 4,5 cm na traseira e um novo difusor central no para-choque traseiro.

Renault Megane R.s. Ultime 2023 F2
O visual tem grafismos em formas geométricas nas laterais, capô, teto e traseira
Crédito: Divulgação
toggle button
  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

Desempenho do Renault Megane R.S. Ultime

A mecânica é coerentemente nervosa. O motor é um quatro cilindros 1.8 turbo, capaz de render até 300 cv e 42,8 kgf.m de torque. A transmissão é automatizada com dupla embreagem e seis marchas. No Japão, o modelo também terá uma versão com câmbio manual.

Com essa configuração, o Megane R.S. Ultime é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em apenas 5,7 segundos. Ainda na parte mecânica, o hatch tem outros destaques, como os freios Brembo com pinças vermelhas, o diferencial mecânico da Torsen e as rodas traseiras também esterçantes. As quatro rodas, aliás, são de 19 polegadas e calçam pneus especiais Bridgestone Potenza semi-slick.

Interior

O interior da versão derradeira tem mudanças nos bancos concha, que receberam acabamento em Alcântara e logos da divisão R.S.. A variante também se diferencia pela aplicação de duas plaquetinhas - uma com a numeração da unidade e outra com a assinatura do piloto Laurent Hurgon — piloto de testes da Renault responsável por recordes de velocidade em Nürburgring, Suzuka e Spa-Francorchamps.

A versão encerra o ciclo da divisão esportiva Renault Sport, que deve ser substituída pela marca Alpine
Crédito: Divulgação
toggle button

A divisão Renault Sport

Criada em 1976, a divisão Renault Sport viu sua linha de modelos ser enxugada ao longo dos últimos anos. No Brasil, por exemplo, o Sandero R.S. deixou de ser produzido pela marca no fim de 2021. Na Europa, o Megane é o último Renault com o selo da divisão esportiva. Mais à frente, a função de divisão esportiva da Renault deverá ser desempenhada pela Alpine, marca que pertence à gigante francesa.

Por aqui, o Megane teve uma trajetória distante da esportividade. Surgiu em 1997 como um comportado hatchback. Era importado da Argentina em duas versões, ambas com motor 2.0 8V de 115 cv. Em 2001, ganhou mais versões com o então novo motor 1.6 16 válvulas de 110 cv.

O interior tem bancos concha com acabamento em Alcântara, costuras em vermelho e o logo da versão
Crédito: Divulgação
toggle button

Em 2006, o Megane passou a ser produzido no Brasil em três versões, todas elas com carroceria sedã. OS motores eram os mesmos 1.6 e 2.0, mas este foi remapeado para chegar a bons 138 cv. Foi nesse ano que a Renault também lançou a versão perua do modelo, a Grand Tour.

O fim da linha para o nome Megane no Brasil aconteceu em 2010 para a versão sedã e em 2012 para a opção alongada. Entre 1999 e 2010, também tivemos a Megane Scénic, minivan derivada que inaugurou a "era de ouro" das minivans no mercado brasileiro e fez sucesso em sua época.

Os para-lamas dianteiros e traseiros foram alongados na versão derradeira
Crédito: Divulgação
toggle button