R$ 138 bilhões. Esse é o montante equivalente em reais que a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi promete investir na eletrificação de suas linhas até 2030. O anúncio foi feito em um evento online na última quinta-feira (27/01), dias depois de a General Motors destacar aportes generosos na produção de carros elétricos e de baterias.
De acordo com a programação, serão 35 novos carros lançados até 2030, desenvolvidos sobre cinco plataformas eletrificadas que serão utilizadas pelas três marcas. As arquiteturas já estão, inclusive, definidas: CMFA-EV, para modelos de entrada, como a segunda geração do Kwid; KEI-EV, para subcompactos; CMF-BEV, de compactos, que será lançada em 2024 e originará os novos March e Zoe; LCV-EV, para vans, furgões e picapes.
Já a quinta plataforma, a CMF-EV, dará seus primeiros frutos, os elétricos Nissan Ariya e o Renault Megane E-Tech, já serão apresentados nas próximas semanas. Essa plataforma é uma das meninas dos olhos da parceria global. O objetivo é ter 15 novos veículos sobre esta base nos próximos oito anos com produção na casa de 1,5 milhão de unidades/ano.
Desta forma, a aliança também pretende aumentar a porcentagem de carros eletrificados em seu portfólio a médio prazo. A meta é passar dos atuais 60% para 80% das gamas das três fabricantes até 2026.
A aliança também prepara uma ofensiva no desenvolvimento de veículos autônomos e na produção de baterias para os carros elétricos, inclusive com o desenvolvimento das baterias de estado sólido. A ideia é que as peças servirão para os automóveis do trio de marcas da parceria, mas também podem ser fornecidas para outras montadoras.
Desta forma, Renault, Nissan e Mitsubishi almejam conseguir reduzir os custos das peças pela metade até 2026, e em 65% até 2028. Além disso, as empresas vão desenvolver baterias com maior capacidade para aumentar a autonomia dos seus EVs.
O anúncio foi feito por Jean-Dominique Senard, presidente da aliança, ao lado dos CEOs de cada uma das marcas. Segundo o executivo, tal estratégia só é possível graças à parceria. “As três empresas definiram um roteiro comum, compartilhando investimentos em projetos de eletrificação e conectividade. São investimentos maciços que nenhuma conseguiria fazer sozinha”.