Saiba identificar problemas com a vela de ignição

Verifique o componente ao menos uma vez no ano. O mau funcionamento pode gerar consequências desagradáveis - e caras!

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Alexandre Ciszewski
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Quando você tem um carro, precisa estar atento a inúmeros componentes para garantir o bom funcionamento do veículo. É o caso das velas de ignição. Uma das piores coisas que existem é ficar na mão por causa de um problema que poderia ser evitado, concorda? Muitas vezes não prestamos atenção nos pequenos componentes que são fundamentais para evitar dores de cabeça e gastos desnecessários.

O assunto de hoje é a vela de ignição, um item pequeno, mas muito importante para o funcionamento do motor do seu carro. A manutenção periódica e preventiva do automóvel é a melhor opção: além de evitar custos desnecessários com o veículo e economizar combustível e tempo do usuário, evita pequenas falhas de funcionamento que podem elevar o consumo e a emissão de gases poluentes.

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Vela de Ignição
A vela de ignição é um componente fundamental para o bom funcionamento do carro
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“As velas de ignição são componentes de desgaste natural, o que significa que elas se desgastam com o uso do motor" - explica Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK Brasil.

As fabricantes de veículos indicam em seus manuais os períodos de troca das velas de ignição. Caso isso não seja feito, o desgaste provoca o arredondamento dos eletrodos e aumento da folga, o que eleva a tensão para o centelhamento. Isso pode causar danos em cabos de ignição e bobinas e, em alguns casos, danificar também o módulo de injeção.

Vale destacar que um mecânico experiente identifica facilmente - apenas com uma inspeção visual - tanto um eventual problema nas velas de ignição quanto a condição de queima na câmara de combustão. O exame das velas de ignição deve ser feito uma vez por ano ou a cada 10 mil quilômetros.

Confira a seguir dicas de como identificar problemas com a vela de ignição e as principais consequências que a falta de inspeção do componente pode causar em outros componentes do carro.

Inspeção Vela de Ignição
Falhas no funcionamento das velas podem gerar consequências desagradáveis
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Cinco sinais que indicam mau funcionamento da vela de ignição:

1. Tempo de partida. Além do incômodo gerado pelo fato de perdermos mais tempo para poder sair com o veículo, o aumento no tempo de partida força componentes como motor de arranque (peça que gira o motor na partida) e bateria, reduzindo sua vida útil e aumentando o custo com a manutenção do veículo.

2. Aumento considerável do consumo de combustível. Parte do combustível que é injetado não é queimado no motor, sendo necessária a injeção de mais combustível para manter o mesmo rendimento.

3. Marcha lenta irregular, devido às falhas de ignição.

4. Falha no funcionamento do veículo, principalmente em condições de aceleração e retomadas de velocidade.

5. Aumento nos níveis de emissões de poluentes - a medição é realizada por meio de uma análise dos gases de escape com equipamento específico. Esses limites são estipulados pelo Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve).

As velas de ignição devem ser vistoriadas uma vez ao ano ou a cada 10 mil quilômetros
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Seis consequências que a falta de inspeção das velas pode causar em outros componentes do veículo:

1. Por meio da inspeção das velas é possível verificar se o combustível usado é de má qualidade. Combustível ruim normalmente gera acúmulo de resíduos nas próprias velas e em outros componentes.

2. Infiltração de água na câmara de combustão, que ocasiona sinais de oxidação nas velas. Esse cenário pode causar problemas que afetam diretamente a eficiência do sistema de arrefecimento, podendo levar a falhas de superaquecimento do motor - que se agravam com o tempo.

3. Encharcamento das velas de ignição, que é facilmente identificado pela coloração do isolador cerâmico (ponta de cerâmica) da vela caso o dono do veículo esteja usando gasolina. Quando a preferência é pelo etanol, sua identificação é mais difícil. Neste caso, pode indicar um problema de falta de estanqueidade dos injetores de combustível.

4. Resíduo ou encharcamento de óleo, que indica um problema de vazamento do óleo lubrificante para a câmara de combustão, gerando resíduos na câmara de combustão, que podem levar a falhas no motor como a pré-ignição. Normalmente são provocadas por excesso de desgaste e folgas fora do especificado.

5. Acúmulo de carbono nas velas de ignição, que aponta uma mistura muito rica de ar e combustível, levando ao consumo elevado de combustível ou óleo lubrificante. Normalmente indicam um problema no sistema de injeção de combustível.

6. Falhas de ignição, que podem provocar danos ao catalisador do veículo - peça com custo elevado para troca, que trabalha em temperaturas muito elevadas. Quando o combustível não é queimado no motor, ele sai pelo coletor de escapamento e encontra a peça aquecida, acima de 400°C de temperatura (sua temperatura normal de trabalho). O combustível residual queima em seu interior e causa danos à peça.

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