O brasileiro se apaixonou de vez pelos SUVs. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os utilitários esportivos já representam 53,81% do mercado em 2025, uma alta expressiva em relação aos 47,14% registrados em 2024. Isso significa que mais da metade dos carros zero-quilômetro vendidos no país são SUVs, deixando categorias tradicionais cada vez mais espremidas — especialmente os sedãs.
Entre os sedãs, todos os subsegmentos apresentaram queda na participação de mercado no acumulado de 2025:
Mesmo os sedãs grandes, que sempre foram mais de nicho, viram uma leve alta (de 0,39% para 0,44%), mas ainda representam uma fatia muito pequena do mercado.
Enquanto isso, os SUVs continuam em ritmo acelerado, inclusive roubando antigos compradores dos hatches e sedãs. Oferecem visual robusto, posição de dirigir elevada e, em muitos casos, pacotes de tecnologia mais atrativos.
E com a chegada de versões acessíveis - como Citroën C3 Aircross, Fiat Pulse e Renault Kardian - os SUVs estão ocupando o lugar que antes era dominado pelos sedãs de entrada e pelos compactos.
Apesar da retração, os três-volumes ainda sobrevivem — especialmente em vendas diretas e para frotistas, como locadoras e motoristas de aplicativo.
Modelos como Toyota Corolla, VW Virtus e Chevrolet Onix Plus continuam bem posicionados no ranking geral de emplacamentos, mesmo que em menor volume do que no auge da categoria.
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Para o consumidor que prioriza conforto em viagens, porta-malas grande e bom comportamento dinâmico na estrada, o sedã ainda faz sentido.
E com os preços dos SUVs em alta, há quem volte os olhos para os três-volumes como uma alternativa racional.
Mas o cenário é claro: a era dos sedãs como protagonistas ficou para trás. E os dados da Fenabrave mostram que a tendência é de consolidação dos SUVs como o novo carro "padrão" do brasileiro — seja compacto, médio ou até híbrido.
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