Se você está procurando um SUV zero-quilômetro por menos de R$ 100 mil, saiba que suas opções são limitadas — muito limitadas, na verdade. Hoje, apenas dois modelos atendem a esse critério de preço: o recém-lançado Volkswagen Tera 1.0 MPI manual e também o Citroën Basalt Feel 1.0 manual.
Vale lembrar que o Fiat Pulse 2026 deve chegar em breve, mas os preços ainda não foram divulgados. Portanto, enquanto isso, a briga pela atenção do consumidor que busca um utilitário esportivo acessível é entre Volkswagen e Citroën. E aqui mostramos tudo o que cada um entrega.
Logo de cara, o Basalt leva vantagem na tabela. A versão Feel com motor 1.0 custa R$ 92.990, valor significativamente mais baixo que os R$ 99.990 cobrados pelo Tera de entrada.
Em um segmento onde cada real é super importante, os quase R$ 7 mil de diferença podem pesar na balança — principalmente para quem está apertando o orçamento para comprar um SUV novo.
Quando o assunto é conjunto mecânico, o Volkswagen Tera aposta no conhecido motor 1.0 MPI aspirado de três cilindros. O modelo desenvolve até 84 cv com etanol e 77 cv com gasolina, além de torque de 10,3 kgfm (etanol) ou 9,4 kgfm (gasolina).
Tudo isso é gerenciado por um câmbio manual de cinco marchas. Na prática, o Tera acelera de zero a 100 km/h em 13,8 segundos com etanol e atinge velocidade máxima de 162 km/h. É um desempenho compatível com sua proposta urbana e mais animado do que se esperaria de um SUV de entrada.
O Citroën Basalt, por outro lado, usa o motor 1.0 Firefly aspirado, também com três cilindros. A potência é de 75 cv com etanol e 71 cv com gasolina, enquanto o torque atinge 10,7 kgfm com etanol.
Ainda que tenha torque ligeiramente maior, a entrega de potência acontece em rotações mais baixas, o que favorece a condução urbana. O desempenho, no entanto, é mais modesto. A velocidade máxima é de 157 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 15,2 segundos com etanol.
Os dois modelos usam o mesmo tipo de motor (1.0 aspirado de três cilindros) e têm propostas semelhantes. Isso sugere uma equivalência nos dados de consumo.
No caso do Tera, os dados oficiais apontam um consumo com gasolina de 13 km/l na cidade e de 14,6 km/l na estrada. Com etanol, os números caem para 9,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada.
Já o Basalt faz 13,2 km/l com gasolina e 9,2 km/l com etanol, na cidade. Na estrada o SUV atinge 14,3 km/l e 10,1 km/l, respectivamente.
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O Basalt oferece mais espaço interno. O SUV da Citroën mede 4,34 metros de comprimento e oferece um generoso porta-malas com capacidade para 490 litros.
Já o Tera, menor e mais compacto, tem 4,14 metros de comprimento e um compartimento de bagagens para 350 litros de capacidade no padrão VDA - podendo chegar a 407 litros em volume teórico máximo.
Na prática, o Basalt é mais espaçoso para quem viaja com frequência ou precisa carregar mais bagagem. Mesmo o entre-eixos, que é ligeiramente menor no Citroën (2,54 m contra 2,56 m do Tera), não compromete o bom aproveitamento interno graças à arquitetura do modelo.
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A diferença de abordagem entre os dois modelos fica evidente na lista de equipamentos. O Tera, em sua versão de entrada, tem faróis e lanternas de LED, multimídia VW Play, seis airbags, frenagem autônoma, detector de fadiga, vidro, travas e retrovisores elétricos, controlador automático de velocidade, sensor de estacionamento, painel digital de oito polegadas, rodas de aço de 15 polegadas e ar-condicionado.
Já o Citroën Basalt Feel surpreende pelo nível de equipamentos que oferece, mesmo sendo a versão mais barata. Tem com central multimídia de 10,25 polegadas, painel digital de sete polegadas, câmera de ré, quatro airbags, rodas de liga leve de 16 polegadas, controles de tração e estabilidade, e assistente de partida em rampa.
O Volkswagen Tera aposta em um conjunto mecânico tradicional e num desempenho um pouco mais animado, ideal para quem valoriza a dirigibilidade e confia na solidez da marca.
O visual também remete aos de modelos maiores da VW, o que pode agradar quem quer um SUV com cara de carro de categoria superior.
O Citroën Basalt, por outro lado, é a escolha mais racional se o que você busca é custo-benefício. É mais barato, tem mais espaço interno, um porta-malas muito maior e oferece um pacote de equipamentos bastante completo.
Por enquanto, esses são os dois únicos SUVs abaixo de R$ 100 mil no mercado. Com a chegada do Fiat Pulse 2026, esse cenário pode mudar — mas, até lá, o consumidor tem uma escolha clara entre dois estilos: tradição e desempenho no Tera ou espaço e tecnologia no Basalt.
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