- Toyota Corolla e Toyota Corolla Cross enfrentam o pior mês de vendas em 2025;
- Queda já era esperada por conta do incidente climático em setembro que destruiu grande parte da fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz, interior de São Paulo;
- As produções de Corolla e Corolla Cross em Indaiatuba e Sorocaba, respectivamente, deverão ser normalizadas entre janeiro e fevereiro de 2026;
O recorte parcial da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) entre 1 e 27 de novembro traz números discretos para os modelos de maior volume da marca no país. O sedã Corolla registrou somente 850 unidades emplacadas, enquanto o SUV Corolla Cross soma somente 1.244 emplacamentos no período analisado.
Desta maneira, novembro poderá se tornar o pior mês de vendas dos dois modelos em 2025.
Toyota Corolla Cross sofre forte queda nas vendas de novembro
A retração do Corolla Cross, longe de ser um susto pontual, já vinha desenhando sua narrativa. Em agosto, o SUV médio viveu um dos seus melhores momentos recentes, garantindo o 3º lugar no ranking geral do mês, com 7.737 emplacamentos.
Em setembro, caiu para 5º lugar, com 7.282 unidades registradas, um recuo de duas posições, mas com volume de vendas estável — ainda forte no varejo, seu território mais fértil.
Já em outubro, a queda se tornou bem mais evidente: o modelo recuou para a posição 22, com 3.609 emplacamentos registrados, consolidando um movimento gradativo de desaceleração.
Esse histórico recente indica que o cenário atual não surpreende: a procura arrefeceu conforme o SUV perdia posições, e novembro apenas reflete um ciclo já em andamento, especialmente em um momento de reorganização do mercado, estoques flutuantes, novas ofertas entrando no tabuleiro e o consumidor do varejo — seu principal comprador — reagindo a novas prioridades de compra.
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Sedã Corolla sofre ainda mais
O Corolla sempre representou segurança de escolha no mercado brasileiro, mas 2025 vem mostrando que nem ícones estão imunes à dinâmica de ciclos mais curtos, campanhas regionais pesadas e concorrentes se reposicionando com mais agressividade em prazos menores.
No caso do Corolla, o desafio é maior: atrair atenção de um público que está cada vez mais de olho em um outro segmento, o de SUVs.
O histórico de vendas do modelo também é impactante. Em agosto foram 2.890 unidades vendidas, em setembro foram 3.121, e em outubro 2.287 emplacamentos, sempre oscilando entre a posição 24 e 26. No entanto, o cenário em novembro soa mais preocupante: apenas 850 emplacamentos.
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Se por um lado os modelos da Toyota sofrem, por outro, há um terceiro elemento japonês que pelo visto parece agradar o público: o Honda WR-V.
O retorno do modelo ao portfólio da Honda tem sido um caso à parte. Mesmo com pouco tempo de prateleira, o SUV já soma 1.113 unidades emplacadas no ranking parcial de novembro, feito que chama atenção por sua entrada tão recente no mercado.
Vale lembrar que o utilitário esportivo compacto voltou oficialmente às vendas em 17 de outubro, ou seja, há pouco mais de um mês, carregando uma proposta que mistura simplicidade de uso urbano com praticidade de um SUV de entrada.
O movimento reforça que o varejo, seu provável campo de tração inicial, continua ávido por ofertas frescas, nome conhecido e produto com leitura simples para um público amplo. E claro: deixa evidente como o segmento de SUVs compactos tem atraído cada vez mais o olhar do público.
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