O Grupo Volkswagen anunciou recentemente que o próximo hiperesportivo da Bugatti será híbrido e vai aposentar o consagrado motor W16, utilizado há duas décadas pela marca francesa nos modelos Veyron e Chiron, para atender as cada vez mais rígidas normas de emissões europeias.
Mas, antes de adquirir a Bugatti e a Lamborghini, no começo dos anos 2000 – e formar um conglomerado de marcas de superesportivos junto com Audi, Bentley e Porsche – a Volkswagen já tinha planos de lançar o seu supercarro e provar que sabia fazer muito mais do que apenas modelos populares.
No final da década de 1990, o então CEO da empresa, o excêntrico Ferdinand Piëch (neto de ninguém menos que Ferdinand Porsche) encomendou o desenvolvimento do conceito W12, um superesportivo desenhado pelo estúdio do consagrado designer italiano Giorgetto Giugiaro e que pode ser considerado um esboço do Bugatti Veyron.
O plano de Piëch era criar um supercarro com motor central-traseiro capaz de acomodar o novo propulsor W12 (doze cilindros dispostos em W). O enorme motor, que mais tarde viria a equipar o luxuoso sedã Phaeton e o SUV Touareg, era a junção de dois blocos V6 com ângulo reduzido, entre outras modificações.
O primeiro conceito do superesportivo foi apresentado no Salão de Tóquio de 1997. O carro era batizado de W12 Syncro, em alusão ao inédito sistema de tração integral, e levava sob o capô uma versão de 5.6 litros com 420 cv do motor W12.
A carroceria do W12 Syncro tinha visual correspondente à identidade da Volks na época e media 4,40 metros de comprimento e apenas 1,10 m de altura.
No ano seguinte, em 1998, era a vez de a Volkswagen levar ao Salão de Genebra o W12 Roadster, a versão conversível do superesportivo. Diferentemente do W12 Syncro, o modelo de teto removível tinha tração apenas traseira.
O último conceito do Volkswagen W12 foi mostrado novamente no Salão de Tóquio, em 2002, cinco anos depois da primeira apresentação. Batizado de Nardò, em referência ao circuito de testes italiano onde o supercarro estabeleceu um recorde após percorrer 7.740 quilômetros em 24 horas a uma velocidade média de 323 km/h.

Volkswagen W12 Coupé foi a versão final do superesportivo
Embora nunca tenha sido fabricado em série, o W12 abriu caminho para outros supercarros do Grupo Volkswagen, como Audi R8 e Bentley Continental GT. O bloco do motor ainda serviu de base para o W16 que mais tarde equipou o Bugatti Veyron e atualmente fornece mais de 1.500 cv no Chiron.
Em sua última versão, chamada de Coupé, o superesportivo era construído em fibra de carbono. O motor W12 passava a entregar 600 cv, potência suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e à velocidade máxima de expressivos 357 km/h.



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