Um segmento que cresce significativamente dentro do mercado brasileiro de veículos é o de vendas diretas. Essa modalidade representou mais de 45% de todos os emplacamentos registrados em 2019, segundo dados da Fenabrave, a associação de concessionárias.
Entram nessa categoria de negociação as vendas para frotistas, locadoras, empresas, pessoas jurídicas, taxistas e também para PcDs. Para as companhias que compram carro nesta modalidade, os descontos são generosos e chegam - em média - a 30%.
Para analistas do mercado, quem perde são os fabricantes. Nas vendas diretas, a margem de lucro é bem menor, segundo consultores do setor. Tanto que tem marca que nem investe muito neste tipo de modalidade.
O certo é que essa categoria se tornou um mercado paralelo e, até certo ponto, diferente do varejo. Apesar de o Chevrolet Onix se manter como veículo mais emplacado do país mesmo nas vendas diretas, outros carros vendem bem mais nessa modalidade e quase nada no varejo.
O caso da Fiat Strada é o mais emblemático. Picape mais vendida do país há 18 anos, das 76.223 unidades licenciadas em 2019, 72.628 foram de vendas diretas. Ou seja, 95% do que o modelo comercializa no país são para frotistas, locadoras ou PCDs.
Entre os automóveis, as posições atrás do Onix mudam consideravelmente nas vendas diretas. O Volkswagen Gol é o segundo mais emplacado nesta modalidade, com 54.426 (66% do total vendido). Na terceira posição vem o Jeep Renegade, com 49.524 (72%).