O recém-apresentado Volkswagen Taos estreará no Brasil no segundo trimestre de 2021, posicionado entre o T-Cross e o Tiguan, para brigar pela liderança da categoria de SUVs médios – atualmente dominada pelo Jeep Compass.
Desenvolvido a partir da plataforma modular MQB (a mesma do Polo, Virtus, T-Cross, Golf, entre outros modelos do Grupo Volkswagen), o Taos é um projeto global que será vendido em diversos países. O carro destinado à América do Sul, inclusive o Brasil, será fabricado na Argentina; o produzido no México abastecerá o mercado norte-americano.
Embora sejam idênticas visualmente, as versões argentina e mexicana do Taos têm suas peculiaridades em termos de conteúdo e até mesmo de motorização por razões mercadológicas e, principalmente, de custos.
Uma dessas diferenças é a central multimídia. O Taos argentino sairá de fábrica com a VW Play, desenvolvida no Brasil com comandos concentrados na tela tátil de 10,1 polegadas - o sistema estreou no Nivus.
Já o mexicano terá a MIB3, disponível para mercados como Estados Unidos e Europa. O equipamento vem com uma tela menor (8 polegadas), mas conta com alguns botões físicos e recursos ausentes na VW Play, como a opção de destrancar as portas do carro ao aproximar o celular da maçaneta, por exemplo.
Na América do Sul, o Taos será vendido com um motor compartilhado com diversos modelos da marca no continente. O 1.4 TSI fabricado em São Carlos (SP), além de ser consolidado na região, já está adaptado com a tecnologia flex para funcionar com etanol no mercado brasileiro.
A Volkswagen também optou pela manutenção do câmbio automático Tiptronic de seis marchas e conversor de torque, velho conhecido do mercado sul-americano por sua concepção simples e robusta.
Para os norte-americanos, a Volkswagen reservou o novo motor 1.5 TSI que estreou há alguns anos na Europa. O propulsor é uma evolução do 1.4 TSI, aprimorada com turbo de geometria variável e desativação de dois dos quatro cilindros para economizar combustível.
Com essas e outras melhorias, o motor do Taos mexicano entrega 160 cv de potência ante os 150 cv do modelo argentino. O torque máximo de 25 kgf.m, no entanto, é comum aos dois propulsores.
Outra vantagem do mexicano é a adoção de um moderno câmbio automático de oito marchas para as versões de tração dianteira. As variantes de tração integral, por ora indisponíveis para o Taos sul-americano, serão equipadas com a transmissão automatizada DSG de dupla embreagem e sete velocidades.
Pelo menos as tecnologias de conforto e segurança também serão oferecidas no Brasil. A versão topo de linha do Taos será equipada com faróis de LED com ajuste automático do facho alto, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, ar-condicionado automático de duas zonas, bancos dianteiros com aquecimento e teto solar panorâmico.