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Audi A3 Sedan melhora e ainda bate rivais no preço

Modelo que chegou a ter fabricação nacional custa R$ 278.990 na versão topo de linha, menos que os seus concorrentes

por Lukas Kenji

O A3 Sedan foi o primeiro Audi de muito brasileiro e chegou a ter fabricação nacional. Mas essa história mudou bastante. Primeiro, porque o carro mudou consideravelmente. Segundo, porque o preço atualmente parte de R$ 243.990 e chega à R$ 278.990 na configuração Performance Black.

Avaliamos uma unidade da versão topo de linha com adereços extras do pacote S Line, que contém diferenciais apenas estéticos. É por conta dele que a capa de retrovisor e a moldura dos vidros são decorados em preto brilhante. No interior, os diferenciais do pacote são bancos esportivos, volante revestido em couro perfurado e pedaleiras em alumínio.

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Mas o opcional de maior destaque ainda não foi citado e precisa ser adquirido separadamente. É o conjunto de faróis de LED Matrix, tecnologia que amplia o alcance das luzes e tem uma iluminação diferentosa quando destravamos o carro. Custa R$ 8.500.

Embora os itens citados ampliem a sensação de modernidade e esportividade, o fato é que o sedã já tem puramente visual agressivo, ainda mais se comparado aos principais rivais Mercedes-Benz Classe A Sedan e BMW Série 2 Gran Coupé.

A grade extensa combina com os recortes dramáticos das extremidades do para-choque. Já a traseira mantém um formato parecido com o da geração anterior, mas se vale de lanternas de LED com miolo mais dinâmico e base do para-choque com elementos em formato de colmeia. Uma pena que o local onde tradicionalmente fica o escapamento cada vez mais tem sido preenchido por meras molduras sem vazamento.


Melhor mudança

Mas é dentro do habitáculo que o Audi A3 Sedan apresenta as mudanças mais enfáticas. O interior pode ser considerado o melhor da categoria, muito por conta da diversidade e qualidade dos materiais.

O maior destaque está no painel que é sublinhado de ponta a ponta por um acabamento em alumínio. Já a parte superior tem revestimento em plástico emborrachado macio e com costuras aparentes que estão presentes ainda nas portas.



Tem até componentes usados no Lamborghini Urus! Isso vale para o joystick referente ao câmbio de 7 velocidades e às saídas de ar-condicionado ao lado do cluster e que privilegiam o motorista. Já um recurso que vem de outro carro pertencente ao Grupo Volkswagen é o botão sensível ao toque para gerenciamento do áudio que fica no console e deriva do Audi e-tron.

Quanto aos sistemas de entretenimento, não há segredo. O painel de instrumentos é o famigerado de 12,3 polegadas, enquanto a central multimídia sensível ao toque tem 10 polegadas. Uma pena que o sistema ainda não tem pareamento sem fio com as tecnologias Android Auto e Apple CarPlay.

Outro ponto atrativo do interior é a iluminação ambiente customizável. Mas esse é mais um item opcional, assim como o sistema de som de 680 watts da grife Bang & Olufsen.



Mas nem como equipamento extra é oferecido o piloto automático adaptativo. Tudo bem que o A3 Sedan é um modelo de entrada da Audi, mas o recurso já é oferecido em modelos muito mais baratos, como o Honda City e o Volkswagen Nivus.

Entre os itens de série, destaque para teto-solar, ar-condicionado de duas zonas, seis airbags, câmera de ré, faróis full LED, sensores dianteiros e traseiros de estacionamento com assistente, sistema start-stop, sensores de luz e de chuva, além de chave presencial com partida por botão, controle de cruzeiro, rodas de 18 polegadas da Audi Sport e seis airbags.


A3 OU JETTA?

Também são equipamentos de fábrica os modos direção. É na posição Dynamic, a mais esportiva, que o sedã de 1.485 kg cumpre com aceleração de 0 a 100 km em 7,4 segundos. Embora seja mais rápido do que os principais concorrentes, não é um dado muito empolgante. Um Volkswagen Jetta GLI é mais rápido, com aceleração de 6,8 s.

Apesar de extrair o maior potencial do trem-de-força, o modo Dynamic não muda muito a experiência de guiar o A3 Sedan. As diferenças mais marcantes estão na sensibilidade do pedal do acelerador e na velocidade das transições de marcha, que também podem ser feitas manualmente por aletas.

A suspensão parece ser inabalada. Tem ajuste agradável e se vale ainda de um centro de gravidade baixo para garantir estabilidade e uma essência de esportividade.



O fato é que o motor 2.0 TFSI de quatro cilindros e 190 cv de potência entre 4.200 rpm e 6.000 rpm impressiona mais pela eficiência energética do que pela performance. O consumo de combustível é de 11 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. O desempenho é chamativo para a categoria e semelhante ao do Classe A Sedan.

Quem causa mais impacto em termos de esportividade é o torque de 32,6 kgf.m porque  está disponível já aos 1.500 rpm e é constante até 4.180 rpm. Portanto, o modelo importado da matriz da Audi, em Ingolstadt, tem respostas quase que imediatas e garante prazer ao dirigir.

Em termos de produto, é difícil citar um ponto que diferencie o Audi A3 Sedan dos adversários diretos. A tríade alemã é muito semelhante em mecânica, tecnologia e porte. O representante da marca das argolas tem 4,34 m de comprimento e 2,63 m de entre-eixos, números parecidos com o do Série 2 Grand Coupé. Já o porta-malas de 425 litros é mais próximo ao Classe A Sedan.



No fim das contas, o modelo da Audi carrega consigo dois fatores que podem ser primordiais. O primeiro é o conhecimento perante o consumidor. Querendo ou não, o A3 Sedan é mais consolidado do que os rivais diretos. O segundo fator é o preço. Por mais que este quesito possa não ser definidor de compra nesta categoria, o Audi aproximadamente R$ 13 mil mais em conta em relação ao Mercedes e, R$ 22 mil mais convidativo que o BMW.



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