Audi RS3 Sportback, com 340 cv, chega por R$ 299 mil
Segundo a marca, modelo hatch de cinco cilindros pode chegar aos 100 km/h em apenas 4,6 s
– Bertioga, São Paulo - A Audi brasileira começou a importar o modelo RS3, versão ultraesportiva do compacto médio A3. Equipado com um motor cinco cilindros de 340 cv, o modelo oferece prazer ao dirigir em todos os momentos em que é conduzido.
Para acompanhar se o DNA da Audi realmente está impresso no RS3, o WebMotors dirigiu o veículo entre São Paulo e o litoral Sul do Estado. Nas primeiras pisadas, o compacto se demonstrou arisco e bem esperto para o trânsito caótico. A nota média fica por conta das vibrações e trepidações, causado pelas ruas irregulares casadas com as rodas de liga de 19 polegadas, calçadas com pneus 235/35 na dianteira e 225/35 na traseira.
Segundo a Audi, o RS3 acelera de 0 a 100/km em 4,6 s. A emoção fica melhor ainda com o botão que potencializa o ruído da esportividade. Com o dispositivo acionado, o carro emite um “ronco” mais grave que o natural, aumentando a impressão de estar a bordo de um V oitão. Segunda a marca, o barulho do motor é intensificado por um flap de som no escape, controlado por meio do botão Sport, posicionado no console, que varia também a resposta do motor. Mas antes de embarcarmos na nossa avaliação tivemos uma explanação sobre a vantagem de se ter um cinco canecos transversais no capô.
O propulsor 2,5L TFSI, de 2.480 cm³, tem potência específica de 137,1 cv por litro e uma relação peso/potência de 4,6 kg/cv peso total de 1.575 kg. O torque é de impressionantes 450 Nm, que chega ao máximo já nos 1.600 rpm. Segundo a Audi, o segredo de tamanha desenvoltura está no formato compacto do motor atrelado a alguns componentes. Com 49 cm de comprimento, o propulsor que pesa 183 kg, usa cárter feito em ferro fundido de grafite. Sobrealimentado por um turbocompressor que gera até 1,2 bar de pressão, o RS3 não gasta tanto combustível e faz uma média de 11 km/l. Durante a nossa avaliação só conseguimos fazer a medição por meio do computador de bordo. De acordo com os números, o RS3 fez 6 km/l no circuito urbano e 9 km/l na estrada. Um dos recursos para o tanque não secar tão rápido é o sistema regenerativo de energia, que recupera a energia nas desacelerações do carro KERS.
A transmissão S tronic de sete velocidades e dupla embreagem trabalha perfeitamente com o motor, efetuado trocas rápidas e quase imperceptíveis tanto no modo manual como no automático. O câmbio pode ser operado em dois modos automáticos e um modo manual, por meio de shift paddles no volante ou ainda pela alavanca seletora, para trocas manuais.
Trecho sinuoso
Totalmente colado no chão, graças também à tração permanente quattro, o RS3 não se deixou escapar em nenhum momento. Conforme informações da Audi, sempre que ocorrer um deslizamento em um dos eixos do RS3, uma bomba elétrica intervém em milésimos de segundos para aumentar a pressão de óleo nas placas da embreagem, permitindo assim o redirecionamento do torque. O Sistema Eletrônico de Estabilização ESP possui um modo Sport, ele também pode ser desligado por completo. Já o sistema de freio vem com discos internamente ventilados com 370 milímetros de diâmetro, na dianteira, e 310 mm, na traseira. Os anéis de fricção dianteiros são perfurados para máxima dissipação de calor, já as pinças ostentam logotipos RS.
Para a pista
Além de um painel completo, o RS3 oferece marcadores da pressão do turbo e da temperatura do óleo, assim como um contador de voltas com cronômetro para o caso de utilização do veículo numa pista de corrida.
Com um valor sugerido de R$ 299 mil, o RS3 tem como principais equipamentos: faróis de xenon plus, bancos dianteiros tipo concha, volante em couro multifuncional, sistema de estacionamento, sistema de som Bose e luzes diurnas em LED. Apenas 30 unidades estão disponíveis para o Brasil.