Desta forma, o Fiesta RoCam 1,6 dá uma significativa contribuição para as vendas totais. Responde por 34% das mais de 7.600 unidades/mês do Fiesta no mercado brasileiro e o ajuda a se manter como oitavo modelo mais vendido do país – e o mais comercializado da marca. Até porque, a versão com propulsor mais potente, que gera 101/106 cv de potência e 14,5/15,3 kgfm de torque máximo, começa com um preço atraente de R$ 34.090 – menos de R$ 5 mil a mais que a versão de entrada 1.0. Vem com uma lista de itens bem modesta, é verdade: recebe apenas aviso sonoro de faróis acesos, travamento automático das portas, banco do motorista com ajuste de altura, alarme e abertura elétrica do porta-malas.
E, mesmo assim, o modelo fica um pouco mais caro que seus adversários com motorizações elevadas. O Volkswagen Gol 1,6 parte dos R$ 32.780, mas com alguns itens do RoCam 1,6 chega a R$ 33.875, e o Chevrolet Corsa Maxx 1,4 parte de R$ 33.016. Com o kit Class, o hatch compacto da Ford recebe ar, direção hidráulica e vidros elétricos dianteiros, e chega a R$ 37.340. O modelo, porém, ainda pode receber outros opcionais. Com airbag duplo e freios com ABS alcança R$ 40.840. Com rodas de liga leve aro 14 e sistema de som My Connection, com rádio/CD/MP3, entradas USB e auxiliar, Bluetooth e interface com iPod, o Fiesta chega a exagerados R$ 43.100.
No visual, porém, o veterano modelo adotou em maio um estilo similar ao do Figo vendido na Índia, com faróis angulosos projetados para fora e grade fina, que o deixaram com um estilo bastante controverso. Mas também nada que fique muito defasado em relação aos rivais da Volks e da General Motors. E que vem dando fôlego à linha até a chegada do New Fiesta.
Impressões ao dirigir: a idade da razão O novo sobrenome do veterano Fiesta não poderia caber melhor. É que o motor 1,6 RoCam continua competente e eficiente para mover a pouco mais de uma tonelada do compacto. O carro tem acelerações ágeis e, se não fosse pelas primeiras relações longas do câmbio, poderia até ter um desempenho superior. O zero a 100 km/h é feito em satisfatórios 13,0 segundos, mas as retomadas são mais tardias, já que o motor só enche mesmo depois das 4 mil rpm. O 60 km/h a 100 km/h em quarta, por exemplo, consumiu 9,3 segundos.
No comportamento dinâmico, o velho Fiesta mantém o seu equilíbrio em retas até 130 km/h, quando surge uma sensação de flutuação e o motorista precisa fazer correções constantes. Nas curvas mais acentuadas, o modelo torce um pouco a carroceria e em velocidades mais agressivas tende a sair de frente. Nas freadas bruscas, o modelo se manteve na trajetória e sob o controle do condutor.
Por dentro, o Fiesta oferece uma interatividade e ergonomia eficientes, mas o volante merecia um ajuste de altura, pois o aro superior do volante continua a atrapalhar a visualização do quadro de instrumentos. A visibilidade traseira também é limitada pelo vidro diminuto e o espaço interno está dentro do esperado para um compacto, onde apenas dois ocupantes viajam sem apertos no banco traseiro. A suspensão filtra bem as imperfeições da pista, mas o isolamento acústico se mostra falho já a partir dos 100 km/h. No consumo, o modelo testado fez a apenas satisfatória média de 7,1 km/l com uso 2/3 na cidade.
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