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GLB: o que entrega o Mercedes mais barato do país?

SUV de sete lugares carrega motor compacto, porém, econômico, além de diversos recursos semiautônomos

por Lukas Kenji

O GLB não é só o mais novo SUV da Mercedes-Benz. É também o modelo mais barato da marca da estrela no Brasil. Mas engana-se quem pensa que falamos de um carro compacto e com poucos equipamentos. Pelo contrário. O utilitário esportivo tem sete lugares e tecnologias semiautônomas avançadas.

A opção de entrada é a Advance, que custa R$ 264.990. Mas o WM1 avaliou a configuração mais completa Progressive, tabelada a R$ 290.900. É verdade que a unidade fotografada é a Launch Edition, que não está mais à venda. Porém, a única diferença dela perante a Progressive é o acréscimo de soleiras iluminadas.
Por falar nas imagens, elas evidenciam um design no mesmo estilo dos SUVs maiores da Mercedes, como o GLC e o GLE. As semelhanças consistem em uma carroceria quadradinha, faróis separados da grade, além de lanternas traseiras divididas em quatro elementos. O diferencial mais emblemático do GLB se dá na linha de cintura, que cresce a partir da coluna C.
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Outro destaque são as rodas, da AMG, divisão esportiva da montadora alemã. Elas têm acabamento preto e são de 19 polegadas. Outros itens de série externos são faróis full LED, faróis de neblina, escapamento duplo cromado, raque de teto, retrovisores com rebatimento elétrico e teto solar panorâmico.

O GLB 200 entrega ainda volante multifuncional revestido em couro com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital de duas zonas, bancos em couro com ajustes elétricos, carregador de celular por indução e chave presencial com partida por botão.

Interior primoroso

O interior, aliás, é um primor. Tem até elementos em madeira preta que decoram o painel. Já os itens em couro podem ser revestidos em preto ou bege, sem acréscimo de preço. O mesmo vale para as oito opções de pintura externa.
Enriquecem a experiência a bordo as telas digitais que compõem painel de instrumentos e central multimídia. Elas são unidas em um único acabamento e conferem um diferencial perante as rivais alemãs.



Ambas são de 10 polegadas e customizáveis. A central pode ser gerenciada pelo toque, pelo touchpad, e também por voz, graças ao sistema MBUX. No entanto, é preciso dar comandos muito exatos para que o assistente compreenda a função. Por exemplo, você deve dizer “Oi, Mercedes. Abrir a persiana do teto-solar”. Caso contrário, vai precisar mesmo usar o botão para abrir o compartimento.
Como falamos de um SUV de sete lugares, o interior do GLB também ganha destaque pela entrega de espaço. A segunda fileira tem bancos corrediços. Se estiverem posicionados completamente para frente, ainda abrigam com certo conforto adultos com estatura mediana.
Os dois últimos assentos podem ser levantados facilmente. Nesta situação, o volume do porta-malas é reduzido a 130 litros. Já no caso de a terceira fileira estar abaixada e a segunda fileira ajustada para trás, o volume sobe para 500 litros.

Grande, mas desenvolto

Apesar de oferecer espaço de sobra, o GLB não é daqueles SUVs grandalhões e desengonçados. Aliás, o modelo de 4,63 metros de comprimento e 2,02 m de largura passa até a impressão de ser menor, mesmo quando você está ao volante.

A posição de dirigir é alta e um tanto inusitada. Como o painel não tem profundidade, o motorista fica mais próximo do para-brisa, o que remete a carros mais antigos.
Já a suspensão não tem pegada muito firme e é possível sentir que a carroceria oscila bastante em curvas de alta velocidade. No entanto, o acerto é confortável e minimiza o impacto em buracos ou o torcionamento demasiado em valetas e lombadas. É preciso ressaltar que o GLB tem tração apenas no eixo dianteiro.
Mas o ponto que desperta mais curiosidade do modelo é, sem dúvidas, o desempenho do motor 1.3 turbo de 165 cv. Projetado em parceria com a Renault, o propulsor vai bem no Mercedes-Benz Classe C Sedan e deve ser utilizado nas novas gerações de Captur e Duster.

Mas será que há fôlego suficiente para tracionar os 1.630 quilos do GLB? Bem, em termos de ficha técnica, não há motivos para empolgação. A aceleração de 0 a 100 km/h é cumprida em 9,1 segundos, marca pífia por se tratar de um Mercedes-Benz.
Os números mostram ainda que o motor entrega menos potência em relação a outro propulsor 1.3 turno lançado recentemente, o GSE da Stellantis, que desenvolve 185 cv.

Na prática

Mas, na prática, o GLB nem parece que é equipado com conjunto tão compacto. É extremamente ligeiro na cidade, e cumpre tranquilamente com os desafios da estrada, como retomadas e ultrapassagens.

É evidente que não transmite emoção. Aliás, os modos de condução, que poderiam apimentar a dinâmica do carro, são meros figurantes. Entretanto, o motor que proporciona ainda 25,5 kgf.m de torque entre 1.620 e 4.000 rpm é bem-sucedido na tarefa de transmitir conforto e agilidade aos passageiros.
Se o desempenho não chega a ser o forte do modelo importado do México, o consumo de combustível chega a impressionar. A autonomia ultrapassa os 700 quilômetros. Apesar de os dados da ficha técnica indicarem média de consumo de 10,1 km/l na cidade, e 11,7 km/l na estrada, a prática indica performance muito mais satisfatória. Sem esforço, é possível chega à casa de 15 km/l em trajeto combinado entre ruas, avenidas e rodovias.
Outro ponto diferencial do GLB é a oferta de diversas tecnologias semiautônomas que otimizam a experiência de comodidade e segurança. Há alerta de transição de faixa, assistente de estacionamento, sistema de frenagem de emergência, além de piloto automático que pode interferir na aceleração, frenagem e também no volante. Mas é sempre bom lembrar que o condutor deve manter as mãos na direção.

Ainda em relação à segurança, o SUV dispõe de airbags duplos frontais, laterais e de janela.
Diante de todos esses predicados, é possível cravar que o Mercedes-Benz GLB 200 é uma ótima opção para quem procura um SUV de luxo equipado com os recursos mais avançados.
Na faixa de preço de até R$ 300 mil, o modelo consegue brigar com opções menores dos concorrentes, como Audi Q3, BMW X1 e Volvo XC40.
Mas o rival direto seria o Land Rover Discovery Sport, que também oferece variante de sete lugares. O inglês tem como ponto de destaque o motor 2.0 de 249 cv de potência, além de sistemas de tração voltados para a direção off-road.
Por outro lado, se o Mercedes não é tão potente, entrega maior diversidade de equipamentos, além de tecnologias semiautônomas.

Pós-vendas

O GLB tem como ponto positivo ainda o valor do seguro. No AutoCompara, a apólice mais em conta é de R$ 2.580,54, preço inferior ao praticado por muitos SUVs compactos de marcas generalistas.
Já as revisões têm valores na média da concorrência. A soma dos cinco primeiros serviços, que correspondem a 50 mil quilômetros rodados, chega a R$ 10.620.



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