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Honda Civic 2021: bem equipado e econômico

Testamos a versão topo de linha Touring, com motor turbo e câmbio CVT que entrega 155 cv de potência

por André Deliberato

Honda Civic 2021. Hoje vamos falar sobre a nova linha da décima geração do sedã, lançada no Brasil em 2016. Reparem que nada mudou visualmente, mas uma das novidades é que o modelo recebeu mais equipamentos em todas as versões de acabamento. No teste, vamos destacar a configuração Touring, topo de linha, que agora custa R$ 146.500.
Ao colocarmos o Civic lado a lado com os principais concorrentes a gente percebe que hoje em dia é difícil achar algo tão bem equipado por um valor menor que esse. Quer saber mais? Acompanhe a reportagem.
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Honda Civic 2021: o que ele ganhou

Na linha 2021, o carro ganhou equipamentos em todas as versões. Na de entrada, LX, recebeu central multimídia com tela de sete polegadas compatível com AndroidAuto e CarPlay (antes tinha rádio), iluminação no porta-luvas e nos espelhos dos para-sóis, faróis com regulagem de altura e sensor crepuscular. Custava R$ 103.200 e agora sai por R$ 107.200, exatos R$ 4 mil a mais.

Já as versões Sport e EX recebem chave presencial e partida do motor por botão. A EX ainda incorpora saídas traseiras para o ar-condicionado e sensor de estacionamento traseiro - o preço salta de R$ 113.400 para R$ 118 mil, aumento de R$ 4.600. O valor do Civic Sport, porém, ainda não foi divulgado porque ele só estará nas lojas em janeiro de 2021.
Na configuração Touring, a mais cara e a testada pelo WM1, a única novidade é um botão giratório na central multimídia para ajustar o volume - apostamos que isso deve ter sido bastante pedido pelos clientes. Vale lembrar que o Honda Civic disputa clientes com Toyota Corolla, Volkswagen Jetta, Chevrolet Cruze, Caoa Chery Arrizo 6, Nissan Sentra e Hyundai Elantra, entre outros

O desenho não mudou. Nessa geração, o visual é bem esportivo. E nessa versão mais cara, os faróis full-LED frontais reforçam essa sensação.
Na traseira, pelo menos nessa décima geração, o Civic tem design com caimento acupezado, que muitos especialistas chamam de "fastback". Uma curiosidade é que essa ousadia só acontece nas gerações pares, uma vez que o Civic 9 era mais comportado e que o conceito do Civic 11, revelado recentemente, mostra mais uma vez um desenho mais sóbrio.

Motor turbo e câmbio CVT

A Touring é a única versão do Civic que utiliza o bom motor 1.5 turbo de 173 cv e 22,4 kgf.m de torque – as outras usam um 2.0 aspirado de 155 cv e 19,5 kgf.m. O que todos compartilham é a caixa de câmbio automática do tipo CVT, que simula sete marchas. O único pênalti desse conjunto turbinado - que não é bem um defeito, mas para muitas pessoas pode ser considerado um vacilo - é que ele só bebe gasolina, não é flex.
O Honda Civic 2021 tem posição de dirigir excelente, ótima empunhadura do volante e o câmbio posicionado nesse console central elevado reforçam essa característica.
Outra coisa: o modelo é bem completo. Como diferenciais em relação às configurações mais baratas, além do motor turbo, estão o carregador de celular por indução em frente à manopla de câmbio, o sensor de ponto cego, teto solar elétrico e um excelente sistema de som com dez alto-falantes. Mais abaixo vamos falar sobre outros equipamentos.
O que também precisa ser elogiada é a suspensão, que parece desenvolvida especificamente para nosso asfalto. Em buracos mais fundos, o amortecedor não chega em fim de curso e absorve bem o impacto. Só que o conjunto não é molenga, é progressivo: consegue ser macio quando preciso, mas também pode ser firme em situações mais esportivas. Ser independente na traseira é o que faz toda a diferença.

Essa sensação de esportividade é destacada quando citamos os números de desempenho. O Honda Civic 2021 na versão Touring turbinada acelera de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e ainda consegue chegar a 208 km/h de  máxima. São dados excelentes que só poderiam ser melhores se o câmbio fosse um pouco mais rápido - se fosse gerido por conversor de torque, por exemplo, ou até mesmo manual.
Os valores de consumo de combustível seguem a filosofia do downsizing de motor e de carros leves e turbinados: 11,8 km/l na cidade e 14,4 km/l na estrada, sempre com gasolina. Para se ter ideia, com os 56 litros do tanque é possível rodar até 806 km em percursos rodoviários. O carro tem 1.329 quilos.

Equipamentos refinados

Como falamos há pouco, sente-se em frente ao volante do Civic e tenha a sensação de estar dentro de um sedã de luxo. O modelo traz uma ótima lista de equipamentos.
Além do carregador de celular sem fio e do sensor de ponto cego, vem com central multimídia com espelhamento de celular, roteador de wi-fi e GPS integrado; ar-condicionado com duas zonas de resfriamento; bancos de couro; direção com assistência elétrica; freio de estacionamento por botão; chave presencial; teto solar elétrico e uma série de mimos que um sedã médio precisa ter.
O único ponto mais chato, assim como acontece com o SUV HR-V, é que as entradas via cabo - como USB, HDMI e auxiliar - ficam escondidas embaixo do console central. Isso visualmente é até legal porque não deixa os cabos aparentes, mas para conectar dá um trabalhão.
Na parte de segurança, o Civic vem com seis airbags, freios ABS; controles eletrônicos de estabilidade e tração; sensor de estacionamento dianteiro e traseiro; faróis e lanternas full-LED; ganchos de fixação Isofix para cadeirinhas infantis; sensor de ponto cego; monitoramento da pressão dos pneus e até um sistema de vetorização de torque, que joga força para as rodas mais necessitadas para proporcionar mais estabilidade. Tudo é de série: não há opcionais

Acabamento de primeira

Assim como no HR-V, o luxo percebido pelo conjunto mecânico refinado e pela extensa lista de equipamentos também é sentido na qualidade dos materiais internos. Pode olhar para todos os cantos: por dentro o Civic é muito bem construído, sem detalhes em plástico duro e praticamente inteiro revestido em couro e peças emborrachadas.

O espaço interno também merece elogios: dá para levar tranquilamente quatro adultos, mesmo que as pessoas da frente sejam altas. São 4,64 m de comprimento e 2,70 m de entre-eixos, curiosamente a mesma distância que seu arquirrival Toyota Corolla. O porta-malas é outro ponto positivo: são 517 litros de volume. Por fim, vale destacar que as rodas são de 17 polegadas, mas o estepe tem aro 16”.

Ao final...

A conclusão desse teste é a seguinte: o Civic continua bom, luxuoso, bem-acabado, muito equipado e econômico na linha 2021, embora tenha ficado um pouco mais caro. Mas a maioria dos rivais tem valores parecidos. Se você está em busca de um sedã médio bonito e divertido de guiar, eis uma das melhores opções do mercado nacional.

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