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O dia a dia com o Toyota Corolla híbrido

Eletrificado mais acessível do Brasil, versão do sedã médio campeão de vendas atrai pelo rodar suave e eficiência

por Anelisa Lopes

Nos últimos quatro anos, a comercialização de veículos híbridos no Brasil saltou de 959 para 11.320 unidades em 2019, de acordo com dados da Anfavea (a associação dos fabricantes de automóveis). Ainda restrito a modelos topos de linha, premium e de luxo, esse segmento ainda é pequeno em território nacional - enquanto esboça um mercado de usados em ascensão.
O modelo ecologicamente correto mais barato do País é o Toyota Corolla Altis Hybrid, que parte de R$ 137.890 e chega a R$ 145.390, e detém o título de único flex híbrido do mundo. O sedã traz um conjunto formado pelo casamento de um 1.8 flex de 101 cv e 14,5 kgf.m (etanol) a dois motores elétricos que somam 72 cv de potência e 16,6 kgf.m de torque que dão vida à bateria que movimenta o carro. O câmbio é do tipo CVT.
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Manutenção e uso diário

No dia a dia, o Corolla híbrido agrada pela condução suave, mérito garantido pela direção elétrica e pela suspensão independente nas quatro rodas. Em velocidades baixas, o carro é movido eletricamente e, conforme o ponteiro do velocímetro sobe, o motor a combustão entra em ação automaticamente - o processo é gerenciado por uma central eletrônica.
O motorista, no entanto, pode optar pelo modo de condução Eco ou Power, de acordo com a demanda por desempenho. Conta a favor do modelo o fato de ser o único flex híbrido do mundo, ou seja, você ainda pode optar pelo combustão mais em conta no momento para garantir uma economia maior.

O nível de ruído é tão baixo que muitas vezes o motorista se engana com o liga e desliga do veículo, feito por meio de botão. Para quem espera esportividade, é bom avisar: a versão híbrida do Corolla não foi feita para acelerar. Apesar de contar com motor a combustão, a unidade não é a mesma da Altis “tradicional”, que usa um 2.0 de 177 cv de potência.
Diante disso, tanto nas ultrapassagens como ao vencer ladeiras, o conta-giros precisa subir até as 4.000 rpm para ganhar velocidade nessas situações. O câmbio CVT também se mostra um pouco perdido até casar bem com a faixa de rotações.
Aos que pensam em trabalhar com o veículo como motorista de aplicativo, vale ressaltar que a posição de dirigir agrada. Além de ser fácil de ser encontrada, a espuma dos bancos tem densidade ideal. No que diz respeito ao espaço interno, os passageiros terão 2,70 m de entre-eixos e 1,78 m de largura disponíveis. No bagageiro, a capacidade chega aos 470 litros.

E um Corolla híbrido seminovo?

Um Toyota Corolla Altis Hybrid com cerca de um ano de uso é cotado a R$ 113 mil pela tabela Fipe e pode já ter passado pela primeira revisão - essa manutenção tem o mesmo valor que as outras versões do Corolla, R$ 300, e a segunda parte de R$ 700. Na vistoria são analisados os mesmos itens da revisão de veículos “comuns”, com a adição da leitura do sistema elétrico por um software.
Somada à tradicional confiabilidade da marca japonesa, há a garantia de oito anos do sistema híbrido. O modelo completará um ano de mercado em breve, portanto, ainda restam mais sete anos cobertos pela marca - mas vale saber que uma nova bateria é cotada em cerca de R$ 10 mil.
De acordo com o engenheiro elétrico Mario Anauate, a parte mecânica de um veículo híbrido pode ter menos peças quando comparada a um carro a combustão, o que facilita a manutenção, uma vez que o desgaste também é menor.
Ele destaca, no entanto, a atenção redobrada com a vida útil da bateria, pois, quanto mais rodado o carro, por mais ciclos de carregamento a peça passou, uma vez que ela é recarregada durante as frenagens.
Um item em especial que deve ser trocado em todas as revisões é o filtro de ar que refrigera todo o sistema. Dessa forma, evita-se o superaquecimento da bateria. Vale lembrar que tanto as oficinas como os profissionais que fazem a manutenção deste tipo de veículo precisam ser qualificados devido não só à especificidade da tecnologia, mas também à alta intensidade de corrente gerada em todo o sistema

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