O carro é um pouco menor que um Nivus - são 4,14 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,52 m de altura e 2,58 m de entre-eixos, enquanto o Volkswagen tem 4,27 m, 1,76 m, 1,53 m e 2,57 m, respectivamente. Mas vem de série com uma lista de equipamentos bem completa e conjunto híbrido feito sobre o conhecido motor 1.0 Kappa - que também equipa a linha do HB20 e o Creta. Bora conhecer?
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Kia Stonic escapa do rodízio em SP
Por ser híbrido, o Kia Stonic tem isenção do rodízio em São Paulo e ainda desconto em uma fatia do IPVA - que varia de acordo com o ano. A meta da Kia é emplacar 400 unidades do carro por mês - e pelo que soubemos de fontes ligadas à importadora, até agora a empresa tem conseguido atingir seu objetivo. Vale lembrar que o modelo tem cinco anos de garantia.Com visual inspirado na atual linguagem estética da Kia - inclusive com o novo logo da empresa estampado na frente, traseira e no interior -, o modelo lembra bastante um mini Sportage em termos de design, mas tem porte menor que o do mais tradicional veículo da empresa em nosso país.
Para ter bons números de consumo, desempenho e ainda ser considerado híbrido, o modelo é movido pelo motor 1.0 turbo GDi da família Kappa, de três cilindros, capaz de render 120 cv e 20,4 kgf.m de torque - sempre com gasolina, único combustível que consome. Com câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, faz de 0 a 100 km/h em 10,4 s e atinge 185 km/h de velocidade máxima.
Mas e o consumo?
Dados oficiais mostram que o Stonic consegue ter números parecidos na cidade ou na estrada pois, graças ao conjunto híbrido, é capaz de fazer 13,2 km/l em ciclo urbano e 13,6 km/l no rodoviário - desse modo, a autonomia é de 594 e 612 km, respectivamente. Em nossas mãos, o computador de bordo registrou autonomia próxima a 13,5 km/l, mesmo com ar ligado e mais de uma pessoa a bordo.
Mas a maior vantagem é poder rodar por São Paulo (SP) sem se preocupar com rodízio - coisa que os donos de Toyota Corolla híbrido e de todos os modelos eletrificados já podem fazer. Em um jantar marcado para uma segunda-feira, na região central da cidade, fui sem a preocupação de enfrentar o sistema de revezamento por placas - ainda que o final da chapa do Stonic fosse 1. Essa é uma grande vantagem.
Completo e bem-acabado
Em termos de equipamentos o carro vem com tela multimídia flutuante de oito polegadas com conexão para Apple CarPlay e Android Auto - por cabo -; quadro de instrumentos analógico com tela colorida no centro do cluster, onde fica o computador de bordo; três modos de condução (Eco, Normal e Sport) e uma série de itens que um carro de R$ 150 mil precisa ter - como direção elétrica; ar-condicionado; vidros e travas elétricos; coluna de direção e banco do motorista com ajuste de altura, entre outros.Na parte de segurança, são seis airbags; piloto automático convencional; freios a disco nas quatro rodas; sistema de monitoramento da pressão dos pneus; assistente de partida em rampa; controles eletrônicos de tração e estabilidade; rodas de liga leve de 17 polegadas, ganchos Isofix para cadeiras infantis e até sistema de vetorização de torque.
Na minha opinião, o Kia Stonic não deve nada a carros dessa faixa de preço, ainda que a central multimídia se mostre um pouco desatualizada em relação ao que vemos em modelos mais novos. Também senti falta de um cluster digital, o equipamento da moda, e de um carregador de celular sem fio - que carros muito mais baratos já oferecem.
O interior é muito agradável, mas como o Stonic é um carro familiar que se posiciona no segmento de SUVs compactos, precisamos falar sobre espaço traseiro e o porta-malas - e, nesse quesito, prepare-se para encontrar um veículo muito mais próximo ao tamanho de hatch do que de utilitários como Creta, T-Cross, Tracker e cia.
Dois adultos vão bem lá atrás, mesmo que os dois da frente tenham 1,80 m. Três já vão com aperto. Agora, três crianças têm folga por ali e ainda a segurança de poder contar com os ganchos Isofix para fixação de cadeirinhas infantis. Todo esse espaço, claro, tira volume do porta-malas, que tem apenas 325 litros, volume que é menor que o do Renegade (385 l), um dos menores da categoria.
E como acelera?
Chegou a melhor parte. Botamos o Kia Stonic para rodar e gostamos do que vimos. Esperto, tem fôlego suficiente para a cidade e encara até uma estrada - desde que você não tenha pressa. O turbo ajuda no arranque e colabora para o consumo, mas o fato de ter uma bateria de 48V que alimenta o motor elétrico é o que faz o Stonic ter os bons números de consumo, como dissemos acima.Em curvas e trechos mais sinuosos outra surpresa: graças a um discreto sistema de vetorização de torque o carro consegue passar até um certo nível de diversão ao motorista - ainda que, como dissemos, este não seja seu foco. Mas não dá para negar que o Stonic se tornou, a partir do momento que começou a ser vendido no Brasil, o carro mais atraente do line-up da Kia.
E dizemos isso não só porque é o mais barato ou porque também é híbrido capaz de fugir do sistema de rodízio, mas porque é simplesmente o mais divertido, ajustado e "na mão" de todos os Kia que já guiei - e, dos carros atuais da empresa, já pude conhecer Sportage, Cerato, Stinger e Sorento.
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Em suma, o Stonic é o que muitos aventureiros urbanos queriam ser dois ou três anos atrás: completo, bem-feito, econômico e ainda isento de uma série de burocracias impostas pelo trânsito brasileiro, como o rodízio de São Paulo e de pelo menos metade do IPVA. Se você busca um carro com esses benefícios e que ainda seja estiloso e divertido de dirigir, eis uma ótima opção.
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