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Nissan Versa sobe de patamar para brilhar

Sedã compacto ganha evoluções enfáticas em visual e segurança, mas versão topo passa dos R$ 94 mil

por Lukas Kenji

Em época de Natal, podemos comparar o Nissan Versa a uma criança ainda crente no Papai Noel. Para receber o tão sonhado presente, sempre se comportou bem: entregou espaço para a família, além de conjunto mecânico bem acertado para o motorista. A recompensa veio em forma de nova geração, esculpida de maneira escandalosamente superior em relação à anterior.
Os mais desconfiados devem até esfregar os olhos e checar mais de uma vez se o nome cravado no porta-malas é mesmo Versa. Sim, é isso mesmo. E o melhor é que o sedã não só ficou mais vistoso, como também mais seguro e conectado. Mas isso é assunto para mais tarde porque o visual merece ser valorizado e detalhado.
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A parte frontal herda a nova identidade visual da Nissan. O logo da marca é envolto por elemento cromado em formato de “V”, que por sua vez, é contornado por material em preto brilhante. O arremate vem com faróis afilados, além de grade que alonga-se até a base do para-choque.
Atrás, destaque para o recorte ousado das lanternas, bem como o teto com estilo rebaixado. Há até uma espécie de extrator no para-choque, o que transmite sensação de capricho e esportividade.

Preços

Faróis e assinatura de LED estão disponíveis somente na versão Exclusive, aqui testada, e que custa R$ 94.790. Só ela ostenta ainda as rodas de 17 polegadas de acabamento diamantado.
Se a parte externa deve agradar até os gostos mais exigentes, o interior pode causar ainda mais impacto. Seguramente, o novo Nissan Versa traz um dos melhores acabamentos da categoria. Há diversidade de materiais, como preto brilhante, cromado, couro e até um plástico que imita a textura e o desenho de fibra de carbono.
Pena que o revestimento de couro dos bancos, painel e volante só está disponível na versão topo de linha. Mas a boa notícia é que itens de destaque, como chave presencial com partida por botão e vidros elétricos, são equipamentos de série desde a versão Sense, a única dotada de câmbio manual, e que custa R$ 74.490.

O novo Versa tem ainda duas versões intermediárias. A Sense CVT tem tabela de R$ 77.990, enquanto a Advance sai por R$ 83.490.
Novamente sobre o interior do sedã, é preciso destacar o painel de instrumentos digital. Tem tela de 7 polegadas, é customizável e permite acessar diversas informações sobre o carro. No entanto, a unidade testada não dispunha do idioma português.
Outra tela de destaque é a da central multimídia (esta, já falava nossa língua). Também com 7 polegadas, o sistema é tátil, intuitivo, tem câmera 360 graus e é compatível com Android Auto e Apple CarPlay. O sistema dispõe ainda de GPS nativo, mas esse item só está disponível na versão Exclusive.

Ainda sobre a cabine, uma das heranças da geração anterior do sedã (que continua à venda, sob o nome de Versa V-Drive) é espaço. Se o comprimento foi mantido em 4,49 metros, o entre-eixos foi ampliado em 2 centímetros, com totais 2,62 m. No entanto, a impressão que fica é que há menos espaço para as pernas de quem viaja atrás.

Bancos rechonchudos

A explicação para isso está no acabamento dos bancos frontais. Agora, eles são mais anatômicos e rechonchudos, graças à tecnologia Zero Gravity, antes disponível somente em modelos mais caros da marca.
Mesmo assim, há espaço para as pernas dos passageiros de trás. Em contrapartida, um probleminha pode ser a altura do carro, que foi reduzida em 4 cm, e agora tem 1,46 m. Quem tem estatura mediana quase raspa a cabeça no teto.
Uma ausência importante é a saída de ar-condicionado para a galera de trás. Por outro lado, há duas portas USB para não dar briga na hora de carregar o celular.

Ainda sobre dimensões, destaque para o porta-malas. Se antes o sedã tinha 460 litros de capacidade, agora são 482. Continua atrás do Volkswagen Virtus, que dispõe de 521 litros, mas é bagageiro suficiente para comportar duas malas grandes.
Apesar das otimizações importantes em diversos aspectos, é possível dizer que a mais relevante está relacionada à segurança. O novo Nissan Versa vem equipado com controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, além de seis airbags em todas as versões.
O sedã carrega ainda itens diferenciais na versão Exclusive, como sensor de ponto cego, alerta de colisão frontal e frenagem autônoma de emergência.

Motor

Mas e o conjunto mecânico? Será que acompanha a porção de melhorias do sedã? Não, o Versa não foi premiado com um novo propulsor. Segue o 1.6 16V de 114 cv a 5.600 rpm e 15,5 kgf.m de torque a 4.000 rpm. Na versão de entrada, o câmbio é manual de cinco marchas. Nas demais versões, a transmissão é automática do tipo CVT .

Não é possível fazer trocas sequenciais. Por outro lado, há um botão “escondido” na manopla que ativa o modo Sport. Com ele, o motor trabalha em rotações mais altas para obter desempenho mais ligeiro.
O conjunto que também equipa o Kicks é competente no cenário urbano. O sedã sobe ladeiras sem problemas e é ágil nas saídas de semáforos. Em contrapartida, não é tão desenvolto em determinadas situações de estrada, como retomadas e ultrapassagens, muito por conta da entrega de potência e torque em altas rotações.
Mas isso não quer dizer que o Versa é um carro ruim de guiar. A direção elétrica é leve, a suspensão foi bem acertada e o isolamento acústico melhorou consideravelmente. A Nissan chegou a essa solução ao reforçar para-brisa, portas e também por alongar o espaçamento dos retrovisores perante a carroceria.

Outro ponto surpreendentemente bom do Versa é o consumo de combustível. É verdade que fica atrás de modelos turbinados como Chevrolet Onix Plus e VW Virtus, mas entrega bons números para um carro equipado com motor 1.6 aspirado. Na cidade, o desempenho é de 11,7 km/l e 8 km/l, com gasolina e etanol, respectivamente. Na mesma ordem, a média chega a 13,9 km/l e 10 km/l na estrada.
Mesmo assim, você vai visitar com frequência o posto de combustível. Isso porque o tanque do Versa é de 41 litros, o menor da categoria entre os principais concorrentes. Sendo assim, a autonomia do modelo é prejudicada.

Pós-venda

Em compensação, o novo Nissan Versa brilha quando chegamos ao pós-venda. Além de oferecer assistência 24 horas por dois anos, tem um dos menores preços de revisão da categoria. Os seis primeiros serviços totalizam R$ 3.078.
Já o preço do seguro ficou na média da concorrência. A apólice mais vantajosa no AutoCompara corresponde a R$ 2.415,02.
As boas condições de pós-venda condizem com as diversas melhorias do sedã. Sem dúvidas, o novo Versa apresenta-se como uma das melhores opções da categoria. Além de manter os já consagrados espaços interno e de porta-malas, o modelo está atraente, com nível de acabamento requintado para o segmento, além de privilegiado em termos de segurança.

Era óbvio que também haveria salto no preço para acompanhar as evoluções do produto. Apesar de não ser o sedã compacto mais caro (o Virtus chega a R$ 100.490 na versão Highline), está R$ 9.000 mais salgado do que o Onix Plus, líder e referência na categoria.
Por isso, a dica é prestar atenção no Versa Advance, de R$ 83.490. Ele vem equipado com os itens mais requisitados de comodidade e tecnologia. Mas vai ser preciso abrir mão de faróis e assinatura em LED, além do revestimento em couro da parte interna.

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