Q5 anda muito e bebe pouco, no SUV e no Sportback

Luxo, estilo e muitos mimos resumem a oferta dos novos Audi Q5 e Q5 Sportback, que desembarcam do México para o Brasil nas próximas semanas, com preços entre R$ 304.990 e R$ 395.990. A equipe do WM1 teve a oportunidade de acelerar o modelo de São Paulo (SP) a Poços de Caldas (MG) com todos os protocolos de segurança contra a covid-19.

Vamos já adiantar: o Q5 é um SUV médio de marca premium e custa praticamente o mesmo que os concorrentes. Além disso, precisamos ponderar que não há diferenças dinâmicas ou dificuldades de visibilidade entre o SUV e o Sportback - e única alteração é o porta-malas 10 litros menor do modelo acupezado, justamente devido ao caimento do teto.

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Audi Q5: anda muito e bebe pouco!

Foram mais de 250 quilômetros de distância em pouco mais de 2 horas e meia. Nesse trajeto, muitas retomadas e acelerações comprovaram o bom nível de fôlego do ótimo motor 2.0 turbo, que rende até 249 cv e 37,7 kgf.m de torque - somente com gasolina, o único combustível que o carro bebe.

Aliado a esse conjunto está o já antigo, mas não defasado, câmbio automatizado de sete marchas S Tronic, de dupla embreagem. Ao lado do sistema de tração integral quattro, o conjunto se torna um show: passa segurança, estabilidade e ainda oferece muito desempenho sem abrir mão do número razoável de economia de combustível.

Segundo a Audi, o Q5 faz 7,8 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada, o que resulta em uma autonomia de 546 quilômetros em ciclo urbano e 665 em rodovias, número classificado como "D" na categoria pelo Inmetro, mas "A" quando o assunto é emissões.

Mimos e conforto

Esqueça um pouco o lado mecânico, que é ótimo como em todo carro premium de marca alemã. Vamos falar agora de mimos e do conforto a bordo, que o Q5 tem de monte. A começar pelo recém-chegado carregador de celular por indução, que não existia no modelo anterior. Acredite, a recarga é muito rápida, como nunca tinha visto em outro automóvel.

Tem mais entradas USB e do padrão USB-C para outros celulares, tanto para quem está de carona na frente quanto para os ocupantes do banco de trás. Na parte traseira, aliás, o espaço é excelente para dois adultos, assim como nos sedãs A4 e A5 - carros que compartilham plataforma com o Q5 -, mas apertado para três, já que o túnel central é bem elevado. Três crianças vão bem.

O fato de o teto do Sportback ser mais inclinado e ter estilo acupezado não influencia no espaço para as cabeças, mas sim na capacidade do porta-malas, que perde 10 litros na comparação com o carro de carroceria tradicional.

Pé na estrada significa que também é hora de colocar à prova a central multimídia MMI Touch, que desde o ano passado começou a chegar em quase todos os modelos da Audi. Completinha, tem CarPlay e Android Auto (por fio) e navegador integrado - mas GPS só nas versões S Line, mais caras. Outros itens de conforto são a chave presencial; o sistema de câmeras e o material da cabine.

O Q5 é muito bem cuidado. Tem mistura de couro nos bancos com alumínio escovado e revestimento emborrachado nos painéis de porta típicos de carros da Audi, com muito esmero e cuidado em cada dobra e detalhe.

Por fim, importante falar também dos itens de condução semiautônoma, infelizmente limitados às versões mais caras, que custam mais de R$ 350 mil. Mas que funcionam muito bem: na estrada o controle de cruzeiro adaptativo com Stop & Go atuou com perfeição em conjunto com o corretor automático de faixas, que apitava somente quando precisava das mãos do motorista sobre o volante.

Conclusão

Em suma,  o SUV é um prazer de se dirigir, extremamente luxuoso e bem acabado. O preço é nivelado ao que conhecemos dos principais concorrentes, como BMW X3 (e X4 no caso do Sportback); Mercedes-Benz GLC (e GLC Coupé também no caso do Sportback); Volvo XC60 e Jaguar F-Pace, entre outros.