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Teste: Honda WR-V muda de cara e fica mais seguro

Linha 2021 do crossover aventureiro, que mistura corpo de Fit com suspensão de HR-V, é opção a VW Nivus e outros SUVs

por André Deliberato

No teste de hoje vamos conhecer as novidades do Honda WR-V 2021, em sua versão topo de linha, a EXL, que traz absolutamente tudo que o modelo consegue oferecer. Ficou melhor? O que mudou? Tem alteração interna? Pois agora você vai saber de tudo.
Vamos começar pelos valores, que já não são os mesmos que há dois meses. Agora o WR-V 2021 custa R$ 84.900 na versão de entrada LX; sobe para R$ 91.800 na intermediária EX e termina em R$ 96.200 na configuração EXL testada. A principal novidade mecânica, como já dito aqui pelo WM1, foi o acréscimo dos essenciais controles eletrônicos de tração e estabilidade.
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O que é o WR-V?

Vamos relembrar que o WR-V foi a solução que a Honda encontrou para criar uma opção mais barata que o HR-V para quem procurava um carro aventureiro e não tinha grana pra assinar o cheque do SUV compacto. Até visualmente dá para notar que o modelo não é bem um utilitário, como a marca diz, mas sim uma mescla, que une a carroceria do Fit com a suspensão do HR-V.
Na linha 2021, são só três versões, todas equipadas com os controles eletrônicos de segurança que antes não eram oferecidos nem como opcional. Além disso, o modelo ganhou assistente de partida em rampa, recurso que dá aquela ajudinha para que o carro não dê aquela descidinha em uma subida mais íngreme.

E o visual?

Como apresentado em setembro, o WR-V também recebe algumas mudanças estéticas. Na frente, os canhões de luz dos faróis são novos e mais invocados e, nessa versão mais cara, EXL, são inteiros de LED – inclusive os de neblina. A grade também é nova e tem acabamento em preto brilhante. Mas concordamos que é tudo bem discreto e quase não dá para reparar.
Já na traseira, bem, as lanternas ganharam um remanejo visual (luzes de seta e ré agora ficam na parte de baixo da peça) e também podem ser de LED no que depender da versão, como as do nosso carro, mas mantiveram o desenho controverso que rendeu bastante polêmica durante a época de lançamento, em 2017. Segundo a Honda, essas lanternas são inspiradas nas do CR-V.

Motor 1.5 flex de 116 cv

Sob o capô, o crossover manteve o motor 1.5 flex de até 116 cv e 15,3 kgf.m de torque e o câmbio automático do tipo CVT - mesmo conjunto em todas as versões.
Ao rodar com o carro, o que conseguimos sentir é que ele é suficiente para a cidade, mas é preciso ter um pouco mais de paciência para pegar estrada ou mesmo fazer ultrapassagens. Isso é sentido pela ausência de um motor turbinado, como vários concorrentes já possuem – como o Nivus, e as versões de entrada do Tracker, seus principais rivais.
Outra coisa muito pacata é a calibração da caixa de câmbio, o que faz com que o carro tenha um desempenho bastante anestesiado. Isso não significa que seja ruim: a suspensão emprestada do irmão maior, por exemplo, é ótima pois consegue ser extremamente equilibrada em nosso asfalto - nem tão dura e nem tão macia.
Na prática, a tradução disso quer dizer que o WR-V quer entregar conforto, não esportividade. Por isso seus números também são bem tímidos: aceleração de 0 a 100 km/h em 12,3 segundos e velocidade máxima de 168 km/h. No consumo, segundo o Inmetro, o carro consegue fazer 8,1 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada com etanol e 11,7 km/l e 12,4 km/l, respectivamente, com gasolina.
Com esses números e tanque de 45 litros, o WR-V consegue rodar até 558 quilômetros com um tanque cheio do combustível fóssil. Em nossas medições, nossa média ficou abaixo do que o anunciado: 7,7 km/l em percurso predominantemente urbano, sempre com o ar-condicionado ligado.

E por dentro?

Nessa versão mais cara, o WR-V vem com seis airbags (só o EXL), retrovisor eletrocrômico, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, bancos de couro e até GPS na central multimídia.
Aliás, precisamos dizer que agora a central multimídia consegue projetar o celular na tela, via AndroidAuto e Carplay, o que é um avanço e, digamos, também extremamente necessário já que sua maneabilidade não é tão simples como os sistemas de entretenimento de alguns carros rivais.
Mas o WR-V tenta compensar esse jeito desengonçado de lidar com a conectividade com um recurso extremamente versátil nos bancos de trás, que a Honda chama de Magic Seat: os bancos traseiros conseguem ser rebatidos para a frente e para a trás. Isso é ótimo - quem já teve ou conhece esse sistema do Fit, sabe bem como funciona.
Outra coisa importante foi que a sensação de conforto e luxo melhorou com o novo acabamento em preto brilhante e as barras cromadas no lugar do revestimento mais jipeiro que víamos na linha anterior, que tinha um material que imitava metal escovado. Até o couro dos bancos de agora passa um feeling mais agradável.

Conclusão

Meio óbvio o que vamos escrever por aqui, mas o WR-V melhorou muito na linha 2021, embora tenha ficado mais caro. Não oferecer os controles de tração e estabilidade era algo quase que imperdoável para um carro desse preço, mas esse detalhe foi corrigido e com isso o carro consegue se nivelar aos concorrentes, ainda que tenha um projeto mais antigo.
Outra coisa que precisamos falar é sobre o fato de ele trazer a insígnia da Honda, uma das marcas de maior índice de confiabilidade e de bons valores de revenda no Brasil. Isso significa o seguinte: se você estava de olho nele, pode ter certeza de que, se fechar a compra a partir de agora, a garantia de segurança, conforto e confiança será bem maior do que antes.

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