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Agora, sim, Toyota RAV4 é boa opção de compra

SUV evolui radicalmente em nova geração, agora equipada com um motor à combustão e três elétricos que somam 222 cv

por Lukas Kenji

Sem enrolação: a nova geração do Toyota RAV está muito melhor do que a anterior. Além de ter propulsão híbrida, o SUV está maior, mais tecnológico e seguro. Então, a dúvida que resta é isso é o suficiente para torná-lo melhor compra do que Jeep Compass, Volkswagen Tiguan e companhia.

Não tem como começar essa história sem ser pelo motor, ou melhor, motores. São quatro no total. Isso mesmo, o RAV4 Hybrid tem dois motores elétricos localizados na parte frontal, onde também está o bloco a combustão, além de um outro propulsor elétrico 'sentado' no eixo traseiro. 
O elemento a gasolina é um 2.5 de 16 válvulas e 178 cv de potência a 5.700 rpm e 22,5 kgf.m de toque aos 3.600 giros. Já as unidades de força elétrica desenvolvem 120 cv e 20,6 kgf.m de torque. A entrega total de potência é de 222 cv, lembrando que esse valor não se dá por um simples cálculo de somar a potência de todos os motores.

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O gerenciamento dessa força fica a cargo de um câmbio automático do tipo CVT, que simula sete marchas, e que podem ser escalonadas pelas aletas atrás do volante. A transmissão carrega a propriedade de conforto típica das caixas de relações contínuas, porém, ela não faz o motor berrar quando precisamos de mais vigor, portanto, mais torque. Isso porque o sistema é bastante gradual e entende rapidamente a tocada que o motorista deseja entregar.
Na prática, para você notar como o conjunto é eficiente, o Toyota RAV4 Hybrid acelera de 0 a 100 km/h na casa dos 8 segundos, índice muito bom para um SUV de mais de 1.700 quilos, e que o coloca em pé de igualdade com rivais reconhecidos pelo bom desempenho, como o Chevrolet Equinox e o Hyundai New Tucson.

Mas isso não significa que o Toyota é um utilitário esportivo de tirar o fôlego. Ele denota muita eficiência para vencer qualquer obstáculo do cotidiano ou da estrada, mas tudo isso com foco em uma viagem confortável.

MAIS VERSÁTIL

Nesse sentido, uma novidade muito importante são os modos de direção. Dos quatro modos, o mais adequado a uma tocada mais ligeira é o Sport, enquanto a função Eco é a mais voltada para eficiência energética. Por fim, existem ainda os modos “Normal”, além do EV. Este, faz com que o SUV seja tracionado apenas pela força dos motores elétricos.
Vale lembrar que o RAV4 não é um híbrido do tipo plug in, ou seja, não pode ser carregado na tomada. A carga das baterias são revigoradas apenas por  meio do motor a combustão e da regeneração de energia derivada da força das frenagens.

Obviamente, quando a gente fala sobre um carro híbrido, logo surgem dúvidas sobre consumo de combustível, não é? Pois, no RAV4 você não vai encontrar números de cair o queixo, mas eles são muito expressivos em relação à categoria de SUVs médios. Na estrada, o índice é de 12,8 km/l, enquanto na zona urbana ele faz 14,3, segundo o Inmetro. O melhor desempenho na cidade ocorre porque é neste cenário que o carro consegue aproveitar melhor o uso somente dos motores elétricos.

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Ainda em relação à dinâmica do carro, outra novidade importante é um botão específico para viagens fora de estrada. Chamado de Trail, ele desenvolve distribuição de força entre as rodas conforme a necessidade imposta pelo asfalto. 

Mas não foi só no quesito desempenho que o RAV4 melhorou. O acabamento interno da geração anterior já era bom, mas agora deu um salto de qualidade. Há rica variedade de materiais, como plástico emborrachado, couro, preto brilhante e peças cromadas. O capricho da Toyota fica evidente quando percebemos que até elementos menores, como botões de controle do ar-condicionado e do rádio, são envolvidos por materiais mais nobres.

CENTRAL AINDA É VACILO

Quem não acompanhou esse ritmo foi a central multimídia. Ela tem estrutura mais grosseira, com robustez de sobra. Aliás, o funcionamento dela também poderia ser melhor. Embora esteja mais rápida e completa em relação à geração anterior , podendo até ser considerada a melhor central da linha Toyota no brasil, ela fica devendo sistemas Android Auto e Apple CarPlay. É verdade que o gadget oferece o sistema Mirror Link, que cumpre com as mesmas funções das tecnologias do Google e da Apple, mas o acesso a ele é difícil e o funcionamento é irregular.

Mas quando falamos sobre outras tecnologias, as que interferem na direção, é possível dizer que a Toyota lacrou. Isso porque o RAV4 Hybrid ganhou itens semi-autônomos como piloto automático adaptativo, frenagem de emergência, alerta de transição de faixa que, inclusive, dá uma mexidinha no volante para evitar acidentes. 
Há ainda itens tecnológicos focados no conforto dos usuários, como ventilação dos bancos da frente, carregador do celular por indução e abertura do porta-malas só no sapatinho. Isso quer dizer que basta passar o pé por baixo do para-choque traseiro que os sensores abrem o bagageiro de 580 litros. 

O porta-malas está maior, assim como quase todas as outras medidas do carro. A largura aumentou 1  centímetro (1,85 m, no total), mas o entre-eixos aumentou 3 cm (2,69 m). A galera que viaja atrás, portanto, ganhou mais  espaço para as pernas. Até o ocupante do banco do meio vai na boa porque o assoalho é quase plano, uma vez que o motor elétrico traseiro não utiliza cardã. 
Outro ponto que a Toyota já acertava e agora gabaritou de vez é segurança. O novo RAV4 faturou cinco estrelas nos testes de impacto do Latin NCAP, tanto na proteção de adultos como na de crianças. Ele dispõe de sete airbags, além de controles de estabilidade e tração e assistente de reboque. 

PÓS-VENDA
Se até aqui o RAV4 apresentou diversos pontos fortes, será que segue assim quando o assunto é pós-venda? Sim. O modelo tem valores adequados aos praticados na categoria. Em relação a revisão, o modelo apresenta preço de R$ R$ 5.268,10, somando os seis primeiros serviços.
Já a apólice de seguro mais em conta é de R$ 5.722,82, conforme pesquisa feita no AutoCompara. O valor leva em consideração o perfil de homem casado, 45 anos, com garagem no trabalho e na casa localizada na Zona Sul de São Paulo (SP).


Após todos esses parágrafos não há como não considerar o Toyota RAV4 Hybrid uma boa opção para sua garagem. Ele é um dos modelos mais completos no segmento mesmo considerando a versão de entrada S, que custa R$ 168 mil. Ela perde itens relevantes, mas nada primordiais, como teto solar, carregador de celular por indução, aletas para transição de marchas e ACC (piloto automático adaptativo).
Mas é preciso deixar claro que o único diferencial do protagonista deste texto em relação à categoria é a propulsão híbrida. Concorrentes já consolidados como Compass, Equinox e Tiguan não podem ser esquecidos, a não ser que você queira assumir de vez seu papel de amigo do meio ambiente.

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