Aqui, você confere a avaliação da Hilux SRV, a mais em conta equipada com motor turbodiesel e transmissão automática. A versão custa R$ 247.990 e fica uma posição abaixo da topo de linha SRX, que é R$ 32 mil mais cara.
A grosso modo, a diferença no preço se dá pela oferta de equipamentos semi-autônomos e de segurança ativa, que são os maiores atrativos deste que é o segundo facelift sofrido pela oitava geração da picape. Falamos de itens como controle de cruzeiro adaptativo, assistente de manutenção em faixa, sistema de frenagem emergencial, além de alerta de colisão iminente.
Confira as ofertas de Toyota Hilux no estoque da Webmotors!
Além desses itens, que já equipam boa parte da concorrência, só a versão topo de linha tem sistema de som da JBL e bancos revestidos em couro perfurado com ventilação. Mas as ausências mais enfáticas são capota marítima, lanternas em LED com novo grafismo, além de faróis full LED.
O curioso é que a versão testada tem faróis de neblina de LED, enquanto os projetores principais não têm o mesmo componente. Antes fosse o contrário.
As luzes auxiliares agora são acompanhadas de novas molduras. O mesmo vale para a grade, que está maior, mais agressiva e tem aplique em preto brilhante. Tal material também decora o conjunto de rodas de 18 polegadas.
Se o visual recebeu mudanças discretas, o porte da Hilux está igualzinho. O comprimento de 5,32 metros de comprimento é muito semelhante ao da Ford Ranger. Já a altura é de 1,81 m, enquanto a largura é de 1,85 m.
Também foram mantidos os números relativos à caçamba, que tem capacidade de carga de 1.000 quilos, enquanto o volume é de 1.000 litros.
Mais desempenho
Mas voltemos a falar sobre novidades. Uma das mais impactantes está no motor, 27 cv mais potente e 5 kgf.m mais torcudo em relação à configuração anterior. Isso se deve ao novo turbocompressor, que está maior e tem geometria variável.Essas alterações, somadas ao mapeamento de injeção revisado, deixaram a Hilux mais performática e econômica, segundo a montadora. Com 204 cv a 3.400 rpm de potência, a picape agora está em pé de igualdade com as rivais. A exceção é a Volkswagen Amarok V6 e seus exagerados 256 cv.
Já o torque chegou a 50,9 kgf.m a 2.800 giros. É o dobro de força em relação ao conjunto 2.7 flex, que não trouxe alterações na nova linha.
É difícil apontar um senão ao desempenho da picape fabricada na argentina. O modelo tem pujança na estrada e pegada valente no off-road. Com os botões Eco e Power, é possível escolher qual a tocada mais adequada para o tipo de viagem.
Houve alterações ainda na suspensão e direção, com o intuito de deixar a picape mais confortável. Mas os ajustes não surtiram efeitos tão nítidos na prática. Fato é que a direção continua com assistência hidráulica em vez de elétrica - só Ford Ranger e Chevrolet S10 possuem o sistema mais moderno no segmento.
Já uma alteração que também não deve ser sentida, mas pelo lado positivo, tem a ver com a transmissão. Agora, ela tem diferencial de gestão eletrônica. Isso significa que, em uma estrada com lama, se uma roda patinar, o sistema identifica rapidamente a situação e envia mais força para a roda que ainda tem tração, e evita, assim, uma enrascada ainda maior.
Quanto aos demais itens off-road, tudo segue igual. Há tração 4x4 com reduzida, que pode ser facilmente ajustada no painel. O mesmo vale para assistente de reboque e de subida, além do diferencial auto-blocante, de série na versão SRV.
Itens de série da Toyota Hilux
Outros equipamentos de destaque são volante multifuncional revestido em couro com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital, chave presencial com partida por botão, bancos revestidos em couro com ajuste elétrico para o assento do motorista, sete airbags, além de controle de cruzeiro.A central multimídia de sete polegadas é outro equipamento de destaque que passou por atualização, finalmente, com os sistemas de pareamento Android Auto e Apple CarPlay. No entanto, só funcionam via cabo.
Embora seja uma novidade positiva e tenha ainda câmera de ré e TV digital, a tela não tem a mesma nitidez e resolução apresentada por modelos rivais. Basta fazer um rápido paralelo com a Ranger para chegar a tal percepção. Aliás, a picape da Ford pode ser considerada o bastião da conectividade na categoria.
Mas o maior problema é que a Hilux ainda mantém itens antiquados mesmo para uma picape raiz. A famosa canetinha ainda marca presença no cluster, enquanto o reloginho digital que nos remete a um Ford Del Rey segue no centro do painel.
Outro item difícil de entender é a costura que envolve boa parte do acabamento interno. Seria adorno caprichado, caso o revestimento fosse em couro. Como se trata de plástico rígido, o enfeite não transparece autenticidade.
Conheça aqui todas as versões da Toyota Hilux
Em relação ao pós-venda, a Hilux não apresenta os valores mais em conta. Tanto as revisões, quanto o seguro só não são mais caros do que a Volkswagen Amarok. A apólice mais em conta no AutoCompara é de R$ 7.152,59, enquanto a soma dos seis primeiros serviços de revisão chega a R$ 8.336.
Apesar de ainda cometer alguns vacilos em relação a acabamento interno e conectividade, além de apresentar valores de manutenção salgados, a Toyota Hilux ainda é uma das picapes médias que melhor consegue equilibrar boas soluções de desempenho, segurança e conforto. A tendência é que continue a assegurar a fidelidade do consumidor que não troca o modelo japonês de jeito nenhum.
Comentários