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Ranger pode sofrer nova derrota para velha rival

Picape da Ford que se preocupava em ser um problema para a Toyota Hilux pode, em dezembro, ficar novamente atrás da S10

por Marcelo Monegato

A vida da Ford Ranger na reta final de 2025 não está fácil. Além de não conseguir incomodar o reinado da Toyota Hilux nas vendas, a picape média fabricada na Argentina pode sofrer a terceira derrota consecutiva para uma velha rival - a Chevrolet S10. De acordo com dados parciais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a Ranger acumula, até o momento, 2.731 emplacamentos, contra 3.098 da S10. Caso a caminhonete da Chevrolet feche o mês na frente, dezembro será o terceiro mês consecutivo em que ficará à frente da arquirrival da Ford.
Veja as 5 picapes médias mais emplacadas em dezembro, até o momento:

Ranger na frente da S10 no acumulado do ano; Hilux domina

Quando analisamos os números no acumulado do ano, a Ranger ainda aparece à frente da S10. Soma 33.523 veículos licenciados em 2025, contra 30.966 da S10 — diferença mais que confortável de 2.557 unidades, especialmente se levarmos em conta que restam poucos dias para acabar o ano. A Hilux, contudo, continua líder entre as picapes médias, com 49.165 emplacamentos.
Veja as 5 picapes mais emplacadas em 2025, até o momento:

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Ranger e S10 têm perfis de vendas diferentes

Analisando o tipo de venda praticada pela Chevrolet com a S10 e pela Ford com a Ranger, conseguimos notar estilos completamente diferentes. Enquanto a Ranger tem foco maior nas vendas de varejo, a S10 concentra seus esforços nas vendas diretas.
Ainda segundo a Fenabrave, de janeiro a novembro, a Ranger emplacou 19.985 unidades no varejo, enquanto a S10 acumulou 6.265. Já nas vendas diretas, a picape média da Ford somou 10.806, contra 21.603 da Chevrolet.
Apenas como forma de comparação, a Hilux — líder nos dois formatos — registrou 20.440 unidades comercializadas no varejo e 24.954 no formato de venda direta. Saiba mais:

Ford Ranger híbrida está confirmada para o Brasil


A Ford confirmou oficialmente a chegada da Ranger híbrida ao mercado brasileiro, marcando um dos movimentos mais importantes da marca no país desde sua reestruturação iniciada em 2021. A nova versão eletrificada da picape fará parte de um pacote robusto de 20 lançamentos previstos para acontecer entre 2026 e 2027, indicando que a montadora prepara sua maior ofensiva de produtos em anos.
De acordo com a fabricante, a Ranger híbrida será lançada por aqui entre 2026 e 2027, reforçando a entrada definitiva da marca no segmento das picapes eletrificadas — um caminho que vem sendo trilhado globalmente e que agora ganha força no Brasil. Embora a Ford ainda não tenha divulgado detalhes técnicos da motorização, a Ranger híbrida usa sistemas que combinam motor a combustão e propulsão elétrica, mas mantém sua tradicional capacidade de carga e o DNA off-road. Por aqui, a novidade será o sistema híbrida-flex, algo que exige desenvolvimento adicional e explica o prazo mais longo para sua chegada.
A chegada da Ranger híbrida representa não apenas uma atualização tecnológica, mas também um passo estratégico para reposicionar a Ford em uma categoria que passa por um processo de eletrificação gradual. Além da versão híbrida, a linha Ranger também será expandida com novas configurações, como cabine simples e chassi — voltadas para frotistas e aplicações comerciais, ampliando o campo de atuação da picape no país.
O anúncio reforça uma estratégia global da Ford focada em veículos de maior valor agregado, especialmente SUVs, picapes e modelos comerciais. Com a Ranger híbrida, a marca busca competir diretamente em um nicho que deve crescer nos próximos anos, alinhando eficiência, tecnologia e robustez — atributos que se tornaram essenciais na nova geração de utilitários.

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Mercado de picapes vai pegar fogo em 2026

Uma coisa é certa: o mercado de picapes médias vai pegar fogo em 2026. A chegada de alguns modelos já está confirmada para 2026 - entre elas, a Ram Dakota - e outras deram as caras no Salão do Automóvel de São Paulo 2025, realizado em novembro. Veja abaixo cinco picapes que prometem "causar" no Brasil  a partir do ano que vêm.
1. Caoa Chery Himla

A Caoa Chery Himla foi revelada no Salão em sua versão final e já surge como um dos maiores projetos da marca para o Brasil. Cotada para ser produzida em Anápolis (GO), a picape marca a entrada da fabricante no segmento de picapes médias, dominado por Hilux, Ranger e outras rivais tradicionais.
Com porte robusto e plataforma moderna, a Himla se destaca também pela possibilidade de ter opções a combustão e híbrida plug‑in, mirando consumidores que buscam desempenho aliado à eficiência. Sua presença no Salão reforça o plano da Caoa Chery de avançar de forma competitiva no mercado nacional.
2. Renault Niagara

A Renault Niagara é um conceito que se tornou uma das atrações mais comentadas do evento. A picape simboliza a nova fase da Renault no Brasil e antecipa a estratégia de eletrificação acessível da marca. Com design futurista, linhas angulares, assinatura luminosa em forma de bumerangue e porte elevado, a Niagara antecipa a estética dos futuros compactos e médios da Renault.
Prevista para usar um conjunto híbrido, ela mira o segmento das picapes intermediárias — o mesmo de Ford Maverick, Ram Rampage e da líder Fiat Toro. Mesmo sem detalhes técnicos finais, a Niagara mostra a ambição da marca no segmento.
3. Kia Tasman

A Kia Tasman é a primeira picape da marca sul-coreana e uma das principais estrelas do Salão. Exposta em destaque no estande da Kia, ela marca o interesse da fabricante em entrar em novos segmentos na América Latina. De porte médio e construída sobre chassi, adota o visual robusto inspirado na filosofia “Opposites United”.
Segundo a Kia, deverá ser equipada com motor 2.2 turbodiesel de até 210 cv de potência, câmbio automático e tração 4x4. Com chegada possível em 2026, a Tasman reforçaria a expansão da Kia e tentaria atrair consumidores que buscam uma picape versátil e moderna.
4. RAM Dakota

A nova Ram Dakota retorna como uma das picapes mais aguardadas do Salão. Produzida na Argentina, compartilha motor e base com Fiat Toro e Titano, usando um 2.2 turbodiesel, câmbio automático e tração 4x4 com modos de condução. A Stellantis posiciona a Dakota como uma opção mais acessível entre as médias, porém mantendo a robustez tradicional da marca Ram.
A versão Warlock, destaque no evento, exibia visual agressivo e detalhes escurecidos para quem busca estilo off‑road. A presença da Dakota reforça a estratégia da marca em ampliar sua atuação nas picapes médias.
5. Mitsubishi Triton Savana

A Mitsubishi Triton Savana foi um dos modelos que mais chamaram a atenção no Salão. Limitada a apenas 80 unidades, a Savana chega como uma variante exclusiva dentro da nova geração da Triton, que começou a ser vendida no início do ano. Usa o mesmo conjunto da versão Katana — motor 2.4 biturbo a diesel de 205 cv e 47,9 kgfm, câmbio automático e tração 4x4 moderna.
Tem visual robusto e proposta aventureira, que reforçam o apelo off‑road da linha, consolidando a Savana como uma das picapes mais desejadas entre entusiastas de uso severo e estilo marcante.

Dicas para comprar um picape

Comprar uma picape exige atenção a detalhes que vão além do estilo e da robustez do veículo. O primeiro passo é definir claramente o tipo de uso: trabalho pesado, uso misto ou lazer. Essa análise ajuda a entender qual configuração de motor, cabine e tração faz mais sentido para o comprador.
Outro ponto essencial é pesquisar preços e formas de pagamento. O mercado de usados e seminovos pode apresentar grande variação de valores, dependendo da demanda, quilometragem e condição geral da picape. Estabelecer um orçamento realista, considerando custos posteriores como manutenção, seguro, pneus e consumo — itens geralmente mais altos em veículos desse porte.
O histórico do veículo também deve ser verificado com atenção. Muitas ofertas contam com o selo “Vistoriado”, que confirma a análise completa do veículo, incluindo inspeção de mais de 120 itens e acesso ao laudo cautelar para conferência detalhada.
Além disso, é indispensável avaliar a lataria, o interior e os sinais de desgaste, especialmente em picapes que podem ter sido utilizadas em serviço ou terrenos severos. Por fim, é importante realizar um test-drive e, se possível, levar um mecânico de confiança para identificar detalhes técnicos que passam despercebidos.

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