Guia de compras - Chevrolet Corsa

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Fernando Garcia
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Você procura por um carro prático para o dia a dia e, portanto, ele tem de ser um modelo em conta e fácil de revender, oferecer manutenção simples e barata, e ainda ser econômico para não comprometer o orçamento familiar, mas também precisa ter um rodar macio e confortável. Sendo assim, você já pensou no Chevrolet Corsa?

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Ok, ele saiu de linha em 2012, mas nem por isso, deixa de ser um mau negócio. Muito pelo contrário. Em nosso site Webmotors, por exemplo, ele é o queridinho, tendo bastante procura. A sua trajetória começou em 1994 e arrancou elogios logo de cara não só pela sua confiabilidade mecânica, mas também pelo ótimo acabamento interno com plásticos de boa qualidade e tecido nas portas, haja vista que na década de 90, as montadoras economizavam cada centavo em seus projetos. Primeiro veio a Wind (Vento em inglês) equipada com motor 1.0 de 50 cv e logo depois a GL, com motor 1.4 com 10 cv a mais. Na lista de equipamentos de série, agregava desembaçador, limpador e lavador do vidro traseiro, conta-giros, banco traseiro bipartido com encostos de cabeça etc. A GL com quatro portas e a esportiva GSi surgiu no ano seguinte. Esta era equipada com motor 1.6 16V de 109 cv e era diferenciada pelo kit aerodinâmico, além de rodas de liga-leve de aro 14, direção hidráulica, ar-condicionado etc. Opcionalmente, havia teto solar e freios ABS. Para 1996, toda a linha passava a ser equipada com injeção multiponto e junto viria o motor 1.6 de 92 cv para a GL.

Para 2000, o Corsa receberia a sua primeira mudança compreendendo novos para-choques, grade, capô, faróis e lanternas e na parte interna forrações dos revestimentos, painel diferenciados. Dois anos depois, o hatch da Chevrolet ganhava uma completa reestilização. Maior que a geração anterior, a grande vantagem estava no espaço interno, suficiente para até quatro adultos de estatura média e só era oferecido na versão com quatro portas, ao contrário da europeia que se podia optar pela de duas portas. A opção para o nosso mercado se restringia diretamente à motorização: 1.0 VHC de 71 cv ou 1.8 de 102 cv. Apesar de alguns avanços no projeto e no pacote de equipamentos como a adição de iluminação interna com acendimento gradual e o acionamento automático do limpador traseiro algo inédito no segmento, no acabamento deixava a desejar com plásticos e tecidos de qualidade duvidosa.

A versão flex chegaria só em 2003 para a motorização 1.8. Batizada de FlexPower, o motor rendia até 109 cv quando abastecido com etanol e 105 cv com gasolina. Dois anos após, a família viria distinguida por três versões: a mais simples Joy, a intermediária Maxx que podia receber direção hidráulica e ar-condicionado (1.8) e a topo de linha Premium com freios ABS e airbag para motorista e passageiro. Na 1.0, o FlexPower só viria mais tarde (79/77 cv). Para 2008, a novidade ficou por conta do motor 1.4 Econo.Flex, o mesmo do Prisma e que equipou somente as versões Maxx e Premium, mas a 1.8 restringiu-se apenas a “esportiva” SS, enquanto a 1.0 só para a Joy.  Com a chegada do Agile (importado da Argentina) em 2009, o Corsa passou a ser oferecido apenas na Maxx 1.4 e as opções 1.0 e 1.8 eram descontinuadas. No entanto, depois de uma jornada de 18 anos no mercado, o modelo se despedia da linha de produção.

De olho na compra

O Corsa é o queridinho daqueles que almejam num único carro preço, economia de combustível, mecânica simples e barata e conforto, este último item mais presente a partir da segunda geração. Com várias versões e motorizações, ele atende desde o jovem que procura pelo seu primeiro carro e não quer pagar muito até um pai de família que necessita de um carro compacto para levar os filhos pequenos à escola e ir trabalhar.

Nas lojas de usados, a sua procura é grande, apesar de ser um modelo descontinuado. Você pode perguntar para qualquer lojista que a resposta será a mesma: “Barato, econômico e muito simples de manter”. Pesa a favor também o preço do seguro, custando em média R$ 1.500 para um 1.0 2008 considerando o perfil masculino, 34 anos, casado e morador em São Paulo.

Todas de um modo geral têm boa oferta no mercado de usados, o que irá prevalecer será a sua necessidade. Se você dá preferência para economia de combustível para o uso no dia a dia, pode optar pela 1.0, mas não espere muito quanto à agilidade no trânsito, sobretudo com o ar-condicionado ligado. No caso das versões VHC, a queixa é quanto às famosas batidas de pino, solução que pode ser resolvida com uma verificação da sonda lambda - considerada o coração da injeção eletrônica, e mede a quantidade de oxigênio que há nos gases de escape - e substituição do jogo de velas que, segundo mecânicos especializados, as melhores para este modelo, em específico, são os jogos de “velas frias”, modelo NGK BR6ES.

Se você não se importa de gastar um pouco mais, dê preferência às versões com motores 1.4, mais ágeis e econômicas em relação às 1.8. Nos modelos da primeira geração, atente para a esportiva GSi que tem peças mais caras e difíceis de serem encontradas como, por exemplo, o kit aerodinâmico. Na motorização, a regra é a mesma. Importado da Alemanha, o motor 1.6 16V demanda manutenção mais dispendiosa, porém sem grandes problemas crônicos, mas vale dar atenção ao computador de bordo para ver se funciona perfeitamente todas as funções.

No caso das versões mais simples, a reclamação é quanto ao excesso de ruídos internos. Para isso, uma solução simples e barata é desmontar os forros de porta e suporte do tampão e aplicar um feltro adesivo que pode acabar de vez com o problema e não prejudica na estética, já que fica escondido. Quanto aos tecidos das portas, você pode recorrer a um tapeceiro que pode te cobrar cerca de R$ 400, dependendo do estado destes. Por isso, avalie bem o estado geral da parte interna e se for possível peça um desconto ao vendedor.

Não se esqueça de dar atenção para folgas nas caixas de direção, estados das correias dentadas, bem como o tensionador, vazamentos na bomba d’água e do motor, coxins do motor e câmbio, trambulador da transmissão, conjunto da suspensão (bandejas, buchas e pivôs), problemas que não são comuns de aparecer, mas que vale a pena checar com muita cautela e paciência para não ter de recorrer a uma oficina tão cedo. Dependendo do caso, leve até um mecânico de confiança para ver se vale a pena pedir um desconto ou partir para outro Corsa. Na parte elétrica, cheque todos os comandos dos vidros e travas, funções e luzes como o ABS quando disponível que costuma acender sem que o sistema esteja com problemas. Boa compra!

Outra opção de usado é...

Ford Fiesta

O Fiesta foi lançado simultaneamente com a segunda geração do Corsa, em 2002. Concorrente direto, a vantagem do hatch da Ford recai para o volume do porta-malas que acomoda 305 litros, ou 45 litros a mais.  Por outro lado, o acabamento não condiz com a marca Ford que era referência mesmo nos modelos mais simples. Por aqui ele chegou nas versões Personalité 1.0 de 66 cv, Class 1.6 de 98 cv e Supercharger 1.0 de 95 cv. No caso desta, quando nova, suas vendas foram um fracasso, pois a diferença de preço em relação a 1.6 era muito pequena, porém andava menos e tinha consumo quase parecido: 8 km/l na cidade e 12 km/l na estrada da 1.0 Supercharger e 9 km/l (urbano) e 13 km/l (rodoviário). A versão flexível só chegaria em 2004 no 1.6 (111/105,2 cv), já como versão 2005 e em 2006 no 1.0 (73/71 cv).

Apesar de ambos desfrutarem da robustez mecânica e peças baratas, se você optar pelo Ford saiba que quando for fazer o seguro, vai pagar, em média, 15% mais caro.

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