Em um passado não muito distante, o mercado de picapes pequenas não vivia apenas do duelo entre Fiat Strada e Volkswagen Saveiro. Esse segmento era agitado ainda pela Ford Courier, Chevrolet Montana, que nasceu como Picape Corsa e depois se tornou uma derivada do Agile, e por uma pequenina com sotaque francês e que tinha boas qualidades. Seu nome: Peugeot Hoggar.
Desenvolvida exclusivamente para o consumidor brasileiro e usando o hatch 207 como base, a Hoggar foi lançada oficialmente em 2010 e saiu de linha no final de 2014. Durante sua curta trajetória, a picapinha da Peugeot nunca teve bons números de vendas, figurando como última colocada do ranking.
A Hoggar estreou com três versões. A X-Line e a XR tinham motor flex 1.4 8 válvulas de quatro cilindros e aspirado, que entregava até 82 cv de potência máxima e 12,8 kgf.m de torque, quando abastecido com etanol. O câmbio era manual de cinco marchas.
Já a versão topo de linha Escapade, que assumia um visual mais aventureiro com apliques nas caixas de rodas e no para-choque dianteiro, por exemplo, usava motor 1.6 16 válvulas flex, de quatro cilindros e aspirada, que gerava interessantes 113 cv de potência e 15,5 kgf.m de torque, com o derivado da cana no tanque. Aqui, a transmissão também era manual de cinco velocidades.
Posteriormente, com a chegada da linha 2013, essas três versões foram aposentadas e substituídas por duas - Active e Allure. E com o fim da Escapade, o motor 1.6 também deixou de ser oferecido na Hoggar, ficando apenas o 1.4 até o final da vida da picape.
Apesar de não ter conquistado muitos clientes no Brasil, a Hoggar era uma opção interessante por ser uma picape pequena com um bom nível de equipamentos de série e alguns opcionais, e também pela capacidade que tinha para o trabalho leve.
A caçamba da Hoggar, por exemplo, tinha uma capacidade volumétrica de 1.151 litros, o maior da categoria naquela época. A capacidade de carga também era uma das maiores do segmento, com 742 quilos para a versão de entrada X-Line, 660 quilos para a XR e 650 quilos para a Escapade.
Caso esteja em busca de uma picape usada para trabalhos leves e com caçamba com boa capacidade volumétrica, é possível encontrar unidades da Hoggar anunciadas na Webmotors, o maior ecossistema de compra e venda de carros e motos do Brasil.
A maioria dos modelos está com mais de 100 mil quilômetros rodados, já que se trata de um veículo usado para o trabalho. Mas os preços são acessíveis: entre R$ 21 mil e R$ 34,5 mil.
A Peugeot não tem planos de lançar uma nova picape no Brasil. No entanto, a marca francesa é diretamente responsável pela primeira picape média da Fiat no país, a Titano.
Na realidade, a caminhonete média que já teve algumas informações divulgadas, mas ainda não foi lançada oficialmente, é uma cópia da Landtrek, picape projetada e desenvolvida pela marca francesa e comercializada em alguns países da América Latina.
Um exemplar camuflado da Landtrek chegou a ser fotografado pela equipe do WM1 em São Paulo, no início do ano.
No Brasil, por conta da força da Fiat no segmento das picapes com a Strada, que é a caminhonete e o veículo de passeio mais vendido do país, e com a Toro, a Stellantis optou por transformar a Landtrek em Titano.



Email enviado com sucesso!