Troca de óleo do carro no posto vale a pena?

Pelo Manual do Proprietário, serviço deve ser feito na concessionária. Mas e para veículos fora da garantia?

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André Deliberato
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O WM1 já mostrou por aqui uma série de dicas para quem pretendia "recuperar" o carro que ficou parado por meses. E uma das principais coisas que precisam ser feitas - e que também precisa ser considerada em condição de uso severo - é a troca do lubrificante. Afinal, posso fazer essa troca de óleo no posto?

Troca de óleo
Troca pode ser feita no posto, mas é preciso ter cuidado na escolha do produto e fazer com gente de confiança
Crédito: Reprodução
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Vale lembrar, já falamos por aqui sobre qual combustível utilizar nessa "retomada", sobre a validade da gasolina e de outros combustíveis e também abordamos os cuidados que devemos ter com os pneus. Hoje você vai descobrir tudo que precisa sobre o serviço de troca de lubrificante do motor, um dos componentes vitais de um automóvel.

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Cronograma de troca

A recomendação do Manual do Proprietário é sempre fazer as trocas em concessionárias autorizadas, de acordo com um cronograma específico para o carro - normalmente, a cada 6 meses ou 10 mil quilômetros rodados - o ocorrer primeiro.

Fato é que muita gente segue essas recomendações somente até o final do período de garantia, e passa a fazer as trocas em oficinas particulares ou mesmo em postos de combustíveis nos anos seguintes. É preciso ter cuidado ao selecionar esses lugares, por isso nossa sugestão é escolher um estabelecimento de confiança e que seja apto e tenha estrutura para realizar o serviço.

Portanto, em resposta à pergunta do título desta matéria, trocar o óleo no posto vale a pena e também é mais barato. Isso porque o serviço normalmente não inclui outras tarefas que concessionárias "juntam" em um atendimento de revisão, como limpeza e lubrificações - esquema conhecido popularmente como "empurroterapia".

Para escolher o óleo correto, siga novamente o manual do proprietário ou entre em contato com a fabricante do seu automóvel através do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente). Toda fabricante tem atendentes (seja por telefone, e-mail ou chat online) para sanar esse tipo de dúvida.

Troca de óleo por sucção exige ainda mais cuidado: faça o procedimento pelo bujão do cárter
Crédito: iStock
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Troque todo o óleo

Escolha o tipo certo de óleo para seu carro e troque todo o lubrificante. O ideal é sempre trocar tudo em vez de "preencher" o reservatório - isso porque, mesmo ao seguir a especificação, ao "completar" você mistura óleo novo com usado e corre o risco de contaminar todo o reservatório. Evite, ainda, misturar óleo mineral com sintético.

Se você optar por um serviço de troca por sucção (também chamado de troca de óleo à vácuo), mais rápido, escolha locais de confiança. A sucção pode ser feita pela vareta que mede o nível do óleo, mas isso exige cuidado, já que ela pode deixar uma quantidade residual do antigo no reservatório - que se mistura e contamina o novo. Nesse caso, opte pela sucção feita por baixo, pelo bujão do cárter.

Outra coisa importante: óleo não precisa de aditivo. Se algum funcionário do posto te oferecer, diga que não precisa. Além de gastar dinheiro, você ainda compromete as propriedades de lubrificação originais do óleo, que naturalmente já carrega consigo alguns aditivos - inclusive estabelecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Especialistas consultados pelo WM1 também recomendam a troca do filtro no mesmo momento em que se faz a substituição do líquido, já que é possível contaminar o lubrificante novo com resíduos existentes na peça antiga. E, por fim, lembre-se de pedir a fixação correta do bujão - o parafuso que fecha o dreno do cárter - na parte de baixo do motor.

Ele deve ser fechado corretamente, nem com excesso de força nem frouxo demais, para não resultar em vazamentos.

Medidor deve estar no ponto: "baixo" pode causar atrito entre peças e prejudicar motor; "alto", gerar vazamentos
Crédito: iStock
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