Avaliação: Renault Logan 2020 chega ao limite

Sedã amadurece com novos equipamentos, frente renovada e o conforto do câmbio CVT

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Rodrigo Mora
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Lançados respectivamente em 2007 e 2008, Sandero e Logan deveriam estar na segunda geração há cerca cinco anos, considerando um ciclo padrão de vida de produto. Mas se sustentam até aqui com reestilizações, séries especiais, motores mais modernos e atualizações de conteúdo. Tem dado certo: juntos, foram a plataforma da marca mais vendida no ano passado, segundo a Renault.

Renault Logan CVT 2020
Dianteira tem nova grade e luzes de condução diurna
Crédito: Divulgação
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“Sandero, Logan e Stepway são produtos de extrema importância para a Renault e para o mercado brasileiro. Foram os responsáveis pelo crescimento da marca na segunda metade dos anos 2000”, afirma Ricardo Gondo, presidente da montadora.

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E se em 2014 a dupla ganhou o (bem-sucedido) visual atual, central multimídia e outros ajustes na suspensão e no interior, agora a linha 2020 dá o maior passo – e provavelmente o último que esta plataforma consegue dar.

CATÁLOGO

Renault Logan CVT 2020
Traseira do sedã não mudou na linha 2020
Crédito: Divulgação
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Não é todo dia que um carro que nasce sem Isofix (o sistema de ancoragem de cadeirinhas infantis, fundamental para quem exige segurança para os filhos) passa a tê-lo. Eram dois airbags, agora são quatro (os obrigatórios frontais mais os laterais), de série em todas as versões.

O visual é novo, e com ele vêm os úteis faróis com iluminação diurna. Sandero e Stepway (sim, vida própria) têm novas lanternas traseiras, mas no Logan elas mantiveram o desenho anterior.

Primeiras impressões

Outra novidade, enfim, é a chave do tipo canivete. Destravo as portas e me acomodo em bancos novos, mais largos, com espumas mais espessas e revestimento inédito. A Renault garante que “o interior de todos os modelos é composto por novos materiais”, mas infelizmente ainda não resolveu uma das máculas de toda linha Sandero/Logan/Duster/Oroch: o forte e incômodo odor de plástico que impregna a cabine.

Novos materiais tentam emprestar mais requinte ao Logan
Crédito: Divulgação
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O que a Renault resolveu foi a indecisão em relação ao que oferecer ao cliente que não quer trocar de marcha em um Logan. Primeiro, ele teve um limitado e câmbio automático de quatro marchas, que deixava o carro lento e gastão. Depois partiu para um automatizado de cinco velocidades, que era simplesmente ruim e logo foi aposentado. Agora é a vez do CVT, por ora a melhor solução para o sedã.

Os bancos são novos e bem mais confortáveis
Crédito: Divulgação
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O modelo manual nos pareceu mais ágil durante o test-drive de aproximadamente 50 quilômetros na região de Campinas (SP), que alternou trechos rodoviários e urbanos. Mas o CVT cai bem para o Logan, cuja função é apenas ir do ponto A ao B, sem qualquer intenção de entregar prazer ao volante.

As trocas são suaves e há um bom entendimento entre motor 1.6 16V - quatro-cilindros, 118 cv e 16,0 kgf.m de torque - e câmbio, que entende bem qual marcha escalar em cada situação. E a 120 km/h, o conta-giros aponta apenas 2.500 rpm.

Câmbio CVT traz conforto na medida certa ao Logan
Crédito: Divulgação
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Mas, devido ao câmbio CVT, o Logan (e os demais com esse tipo de transmissão) teve a suspensão elevada. O que não alterou tanto o comportamento do carro em curvas, onde ele de fato enverga mais, mas sem transmitir insegurança.

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A suspensão continua firme, mas generosa quando absorve as irregularidades do piso. Só é estranho visualmente um sedã tão alto. No mais, a experiência ao volante melhorou também por um detalhe: além de redesenhado, o volante diminuiu de tamanho.

Suspensão elevada das versões CVT deixa o Logan com visual bem esquisito
Crédito: Divulgação
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Resumo da ópera: Logan e Sandero mudaram o máximo que podiam nessa encarnação. Consertar o volante sem ajuste de profundidade, trocar as portas de quina pontuda ou elevar o nível de sofisticação e refinamento, só seguindo para a próxima geração.

Com as mudanças, base do Logan ganha mais um sopro de vida no mercado
Crédito: Divulgação
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Veja preço e conteúdo das versões do Logan 2020:

Life 1.0 (R$ 50.490): quatro airbags (dois frontais e dois laterais), ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix, direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, chave do tipo canivete e rodas de 16 polegadas.

Zen 1.0 e 1.6 (R$ 53.490 / R$ 59.490): todos os itens da versão Life mais central multimídia Media Evolution com suporte a Android Auto e Apple CarPlay, volante com comandos de som e telefone, sensores de estacionamento traseiros, banco do motorista com regulagem de altura do banco, computador de bordo, alarme, coluna de direção com regulagem de altura, vidros elétricos com função "um toque" e sistema start-stop (apenas com motor 1.6 SCe e câmbio manual).

Zen CVT X-Tronic (R$ 66.490): todos os itens da versão Zen manual mais câmbio automático CVT, controle eletrônico de estabilidade (ESC), assistente de partida em rampas (HSA), rodas de 16 polegadas Flexwheel e molduras nas caixas de roda.

Intense CVT X-Tronic (R$ 68.990): todos os itens da versão Zen CVT mais ar-condicionado automático, câmera de ré, faróis de neblina, vidros traseiros elétricos, retrovisores elétricos, piloto automático com limitador de velocidade e rodas de liga leve de 16 polegadas com acabamento diamantado.

Iconic CVT X-Tronic (R$ 71.090): todos os itens da versão Intense CVT mais bancos de couro, sensor de chuva e sensor de luminosidade.

 

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