A Ram se prepara para mostrar nesta semana, dia 13/08, uma nova picape no Brasil - possivelmente chamada de "Ram 1200" -, que utilizará a base da Fiat Titano e deverá ocupar posição superior à Rampage no portfólio brasileiro da empresa. Mas calma, ela não vai ser bem uma "Ram Titano".
O teaser revelado neste início de semana, que você viu aqui no WM1, mostra uma picape de dianteira alta e agressiva, faróis com DRL em LED com assinatura e personalidade próprias, rodas escurecidas e estrutura musculosa, sinais claros de que a marca investe em uma imagem mais premium e robusta para encarar pesos-pesados como Toyota Hilux, Ford Ranger, Chevrolet S10 e cia.
O preço estimado dessa nova picape, por volta de iniciais R$ 270 mil - justamente onde encerram-se os valores da Rampage -, posicionaria a 1200 em uma faixa de configurações intermediárias das rivais do segmento de médias.
Lembrem-se: a Fiat Titano "ataca" as concorrentes com ofertas atraentes no quesito "custo-benefício" nessa mesma categoria, praticamente com a mesma estrutura de construção. Faz sentido a Ram ter uma picape semelhante com a mesma estratégia?
Certamente não. É por isso que a Ram 1200 deve ser diferente e ter proposta bem mais luxuosa que a Titano, apesar de várias semelhanças. Ou seja, nada de "Ram Titano". Ou "Titano da Ram".
Fontes ligadas à Ram nos revelaram que a marca fará de tudo para que os compradores esqueçam a origem chinesa da picape - a Ram 1200, assim como a Fiat Titano, é baseada na Peugeot Landtrek, cujo projeto nasceu de uma picape chinesa, a Kaicene F70, da Changan, no final da década passada.
Por conta disso, a Ram trabalha em uma nova proposta para a picape 1200. Ela deverá ter melhorias de design, interior reformulado (e mais premium que o da prima da Fiat) e equipamentos exclusivos.
A motorização não muda: a Ram 1200 vai usar o mesmo motor 2.2 turbodiesel que equipa a Titano e a Rampage - ele tem 200 cv e rende até 45,9 kgfm de torque, o que garantiria à 1200 performance bem competitiva e bons números no quesito eficiência.
Ou seja, em resumo, apesar de ser mais evoluída que a prima, o sucesso da Ram 1200 vai depender de sua capacidade de oferecer mais valor - seja em tecnologia, conteúdo ou acabamento - em comparação às rivais, reconhecidas tanto pela resiliência quanto pelo alto valor de revenda.
Se o mercado absorver bem sua proposta e as concessionárias oferecerem suporte adequado, nós do WM1 acreditamos que a Ram 1200 tem potencial para conquistar uma fatia considerável do segmento - especialmente se mantiver um diferencial em ofertas de pacotes e personalização, principalmente em relação à Fiat Titano.



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