Caoa Chery lança Tiggo 7 Pro por R$ 179.990

Modelo substitui o Tiggo 7 que conhecemos, passa por atualização visual e ainda ganha novo motor e mais equipamentos

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André Deliberato
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A Caoa Chery escolheu a última semana "útil" do ano para apresentar o Tiggo 7 Pro, nova versão de seu SUV médio que chega ao mercado a partir dos próximos dias ao preço de R$ 179.990. Rival de Jeep Compass, Volkswagen Taos e Toyota Corolla Cross, entre outros utilitários dessa faixa de preço, o modelo substitui o atual Tiggo 7 TXS e ganha novo motor - o mesmo de 1,6 litro do irmão Tiggo 8.

Mas fique atento: a etiqueta de R$ 180 mil dura só até o começo do ano por se tratar de um valor de lançamento - a partir de então, o preço deve aumentar e encostar nos R$ 200 mil. Com novo design, muito equipamento e bastante tecnologia embarcada, o novo Tiggo 7 quer criar uma dúvida na cabeça dos compradores de SUVs médios com bom desempenho e sua garantia de cinco anos.

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A vida está boa na Caoa Chery, segundo os executivos da empresa. A meta de vender 40 mil carros e atingir 2% de participação no cenário brasileiro foi atingida, bem como o objetivo de chegar a 150 lojas abertas em todo o país. Para 2022, os planos são ampliar o número de concessionárias (para mais de 170) e aumentar ainda mais o market share.

Caoa Chery Tiggo 7 Pro
Caoa Chery Tiggo 7 Pro é rival de Jeep Compass, Volkswagen Taos, Toyota Corolla Cross e demais SUVs médios
Crédito: Fábio Gonzales/Divulgação
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Como é o Tiggo 7 Pro

Visualmente o carro ganha novidades. Na frente, tem desenho mais afilado, com faróis estreitos em LED e posicionamento vertical do DRL na parte inferior, onde também está o farol de neblina. Além disso, as setas são dinâmicas (têm movimento fluido, como em outros carros premium) e a grade recebe o estilo de pontilhismo que já conhecemos do Tiggo 3X.

Na lateral, as mudanças são mínimas, mas vale destacar as rodas de 18 polegadas da versão - que será única, assim como também era a TXS. Na traseira, mudança profunda: o Tiggo 7 perde o visual anterior e agora passa a se inspirar no Tiggo 8, o irmão maior de sete lugares da empresa. Note pelo detalhe das lanternas - também de LED -, que recebem um filete luminoso que liga uma à outra.

Em termos de dimensões, números muito próximos aos dos rivais, mas com a aliança do fato que o Tiggo 7 é o maior SUV médio do mercado - são 4,50 m de comprimento, 1,71 m de altura, 1,84 m de largura e 2,67 m de entre-eixos. Para se ter noção, o Jeep Compass, líder da categoria, tem 4,40 m, 1,63 m de altura, 1,82 m de largura e 2,64 m, respectivamente.

O porta-malas do Tiggo 7 tem 475 litros. O do Compass, por sua vez, tem 410 l.

Seguro e recheado

Destaque também para as suspensões independentes nos dois eixos, do tipo McPherson na dianteira e multilink na traseira, e para os controles eletrônicos de tração e estabilidade da Bosch na versão 9.3. Em termos de segurança, vem com sensor de ponto cego; alerta de tráfego cruzado traseiro e lateral; seis airbags; câmera 360º e freio de estacionamento eletrônico, entre outros.

Por dentro, o carro recebe uma série de aprimoramentos. A começar pelo quadro de instrumentos 100% digital colorido de 12,3 polegadas e pela central multimídia com tela flutuante, também colorida, de 10,25". Além disso, tem manopla de câmbio ao estilo "joystick"; carregador de celular via wireless; regulagem de altura da tampa do porta-malas, ar-condicionado dualzone e teto solar panorâmico.

Tem mais: o console do Tiggo 7 é vazado, como em alguns SUVs da Honda. Então na parte de cima ficam a manopla do câmbio, o carregador de celular e o painel de comandos do ar-condicionado - tátil, assim como em modelos da marca japonesa - e na parte debaixo escondem-se alguns porta-objetos e as entradas USB. Para quem vai na frente, pelo menos, há ajuste elétrico dos bancos.

Caoa Chery Tiggo 7 Pro
Painel do Tiggo 7 Pro é todo digital e ainda é possível trocar a cor do LED de iluminação ambiente (em vermelho)
Crédito: Fábio Gonzales/Divulgação
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Novo motor turbo

Como dito no início, o Tiggo 7 troca o conjunto 1.5 turbo pelo 1.6 turbo a gasolina que também move o Tiggo 8, capaz de render 187 cv (a 5.500 rpm) e 28 kgf.m de torque (entre 2.000 e 4.000 giros). Quem comanda o motor é uma caixa de câmbio automatizada de dupla embreagem e sete marchas, do tipo DCT, acoplada a um sistema de tração dianteira.

Segundo a Caoa Chery, com esse novo conjunto, o carro consegue fazer de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos e entregar respostas mais rápidas e diretas ao motorista. Apesar desse dado, os números de consumo não foram revelados.

São cinco cores disponíveis (cinza, preto, dois tipos de branco e um novo tom de azul, a cor de lançamento) e cinco anos de garantia - "um dos diferenciais do carro", de acordo com Henrique Sampaio, gerente de marketing, comunicação e produto da fabricante.

E como anda?

Aceleramos o Tiggo 7 Pro entre São Paulo e Itu e gostamos do produto. Motor roda com vontade, é muito bem calibrado para receber os comandos da caixa de câmbio de dupla embreagem e por conta disso consegue entregar respostas rápidas em baixos, médios e até mesmo altos regimes de giro. É um carro bem gostoso de se dirigir e até surpreendente.

O SUV médio da Caoa Chery tem vontade de acelerar e a posição de dirigir é confortável para isso. Suspensões extremamente bem acertadas também são ponto alto, bem como o sistema de freios para o caso de frenagens mais bruscas do que o necessário.

Ponto positivo também para a qualidade do acabamento interno, que não deve nada ao do Jeep Compass, um dos mais bem construídos nessa categoria. Mas isso só vai até a coluna central, já que quem senta lá atrás perde o conforto do material emborrachado e macio ao toque das forrações das portas. Ao menos há diversos tipos de texturas espalhados pela dianteira.

Caoa Chery Tiggo 7 Pro
Vontade de acelerar é um de seus pontos fortes, mas o consumo em nossas mãos foi baixo: 6,8 km/l de gasolina
Crédito: Fábio Gonzales/Divulgação
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Espaço interno também é ótimo: dois adultos cabem com folga nos bancos traseiros, mesmo que os passageiros da frente sejam altos. Três pessoas já não têm tanta folga, mas conseguem fazer uma viagem. Em dois, dá para utilizar o descansa-braço central e também há saída de ar-condicionado exclusiva (com a temperatura do motorista), luz de cortesia e uma entrada USB.

Central multimídia é confusa e exige tempo de adaptação. Na contramão, o quadro de instrumentos digital é fácil de entender e de controlar pelo volante multifuncional. Também gostei do seletor de modo de condução (com as opções Eco e Sport), da opção do carro em oferecer um controle de descida e do sistema de câmeras 360º. O posicionamento do carregador de celular sem fio é perfeito.

Pelo menos o sistema multimídia tem espelhamento via CarPlay e Android Auto - mas é só por cabo. Outra coisa que dá para fazer é configurar as câmeras abaixo dos retrovisores para mostrar a imagem na central multimídia a cada vez que o motorista der seta, independentemente para qual lado. Recurso confortável, assim como o porta-malas com abertura-fechamento automáticos.

Mas há alguns pênaltis: incrementar o carro com uma série de radares e sensores de aproximação esconde um vacilo, na minha opinião: o Tiggo 7 não tem equipamentos de auxílio ao motorista já comuns em carros dessa categoria - e dessa faixa de preço -, como alerta e corretor em escapadas de faixa; sistema de frenagem automática de emergência e piloto automático adaptativo (ACC).

E não oferecer esses itens, em um mercado cada vez mais atualizado e sedento por tecnologia, é algo que pesa contra. Agora, se mesmo assim você gostou do visual do SUV e não faz questão desse tipo de recurso (embora eles também sejam equipamentos de alta segurança), Tiggo 7 Pro é uma ótima compra.

Caoa Chery Tiggo 7 Pro custa R$ 179.990, mas preço deve encostar nos R$ 200 mil no começo de 2022
Crédito: Fábio Gonzales/Divulgação
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