Os mais novos podem não se lembrar, mas a moda das versões "adventure" dos carros foi uma ideia - muito bem-sucedida, diga-se de passagem - criada pela Fiat, com uma versão da perua Palio Weekend. A Palio Adventure foi lançada em 1999 e tinha elementos visuais "aventureiros" e suspensões mais altas.
O público gostou e o mercado automotivo brasileiro foi inundado por versões "aventureiras" de vários modelos, a maioria sem qualquer aptidão real para estradas de terra. Inclusive da Fiat, como Doblò Adventure e, depois, Uno e Mobi Way. Mas também podemos lembrar de Ford Fiesta e Ka Trail, Volkswagen Space Cross, Crossfox e Cross Up, Toyota Etios Cross, Chevrolet Onix Activ e Hyundai HB20X, dentre outros.
Pois essa "moda" - que inclusive se espalhou pelo mundo - continua até hoje, e ainda existem vários modelos "adventure" à venda no mercado brasileiro. Confira abaixo os principais - vários deles são boas opções de compra, seja para desfilar com um estilo mais "Indiana Jones" ou apenas para enfrentar, buracos, quebra-molas e valetas com uma suspensão mais altinha.
Esse carro nasceu como versão aventureira do Renault Sandero, que saiu de linha há pouco tempo. Desde então, em "carreira solo", o Stepway tem suspensão mais elevada que a do Sandero e adereços já conhecidos, como as caixas de roda em plástico fosco e revestimento exclusivo nos bancos.
O Stepway, que na prática ainda é apenas um Sandero que perdeu o primeiro nome, é vendido hoje em três versões: Zen 1.0, com até 82 cv e câmbio manual, por iniciais R$ 81.990; Zen 1.6, com 118 cv no etanol e também com câmbio manual, a partir de R$ 103.990, e Iconic, com o mesmo motor 1.6, mas com câmbio automático do tipo CVT, com preço sugerido de R$ 115.990.
O Fiat Argo Trekking é oferecido em duas configurações. Uma é intermediária (R$ 92.990) e equipada com câmbio manual, enquanto a outra é a topo de linha (R$ 97.990), com câmbio automático do tipo CVT. Nas duas o motor é o 1.3 Firefly, que entrega 109 cv e 14,2 kgf.m de torque.
O que diferencia a versão "adventure" do Argo é a suspensão elevada, que resulta em maior distância em relação ao solo (18,7 cm contra 14,9 cm da versão "normal") e a troca dos pneus tradicionais pelos de uso misto. Além, é claro, dos adereços habituais no subsegmento, como caixas de rodas com molduras em plástico fosco e adesivos, entre outros itens.
A versão Outsider do Renault Kwid é uma dessas opções aventureiras ainda remanescentes no mercado automotivo brasileiro. Nessa configuração, que se posiciona como a mais cara do modelo a combustão (custa R$ 75.990), o compacto ganha elementos estéticos como barras longitudinais no teto e molduras laterais em plástico fosco. O motor é o mesmo das demais versões: o 1.0 SCe, aspirado, de 71 cv e 10 kgf.m de torque.
Assim como no Fiat Argo, a versão Trekking também é a configuração topo de linha do Mobi. O modelo é vendido por R$ 73.590 e muda apenas no visual em relação à variante Like. Curiosamente, a altura em relação ao solo é maior na versão "comum": 17,7 cm contra 17,5 cm da Trekking. Vai entender...
O motor é o velho conhecido Fire 1.0 EVO 8V flex de quatro cilindros em linha, que entrega até 74 cv de potência e 9,7 kgf.m de torque, quando abastecido com etanol, sempre com câmbio manual de cinco marchas. O modelo exibe adesivos pretos com detalhes em amarelo e laranja, rodas escurecidas e logos em preto.
O subcompacto elétrico JAC E-JS1 EXT é um dos modelos mais recentes a entrar para a lista dos "aventureiros". A versão EXT, que significa Extreme, adota visual exclusivo, suspensão elevada (é 5 cm mais alta do que no E-JS1) e ainda rodas e pneus diferentes.
A versão "adventure" do E-JS1 tem um motor elétrico de 62 cv e 15,3 kgf.m de torque, alimentado por uma bateria com 30,2 kWh de capacidade de carga. O modelo é vendido por R$ 154.900 (frete, pintura metálica e Wallbox não inclusos).
A minivan Chevrolet Spin também tem uma versão "aventureira". Chamada de Spin Activ pela marca, custa iniciais R$ 136.690 e tem pacote visual "adventure" que inclui para-choques, grade frontal e retrovisores externos em dois tons e com detalhes em preto brilhante. O carro também tem molduras laterais nas portas, rack de teto em forma de “U”, saias laterais e rodas de alumínio exclusivas com aros de 16 polegadas.
A Spin Activ também tem faróis com máscaras negras e luzes de posição em LED, lanternas escurecidas, logomarca Chevrolet na cor preta e bancos com "revestimento híbrido". O modelo é equipado com controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em aclives, regulagem de altura dos faróis, faróis de neblina, direção elétrica progressiva com regulagem de altura. O motor é o 1.8 de quatro cilindros e 111 cv de potência, com transmissão automática de seis velocidades.
Para finalizar essa lista, temos aqui o Mini Cooper S E Contryman ALL4. Com preço sugerido de R$ 319.710, este é o modelo da Mini com mais aptidão para o fora-de-estrada, até porque tem tração integral nas quatro rodas. Mas não tente botá-lo em uma trilha braba, ok?
O carro é um híbrido plug-in, pois combina um motor elétrico de 88 cv com um motor 1.5 turbo de 136 cv para obter uma potência máxima combinada de 224 cv com 39,2 kgf.m de torque. Como não podia faltar, as caixas de roda são mais proeminentes e exibem molduras na cor preta.
Está em dúvida sobre qual carro comprar? Consulte o Comparador de carros da Webmotors!