Duas paixões: marcas automotivas donas de times

Se no Brasil essas empresas, no máximo, patrocinam clubes, lá fora elas chegam a ser proprietárias de equipes de futebol

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Renan Rodrigues
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No Brasil, diversos clubes viveram a experiência de ter em sua camisa a marca de uma montadora de automóveis. A Kia já patrocinou o Palmeiras, por exemplo, mas a marca mais conhecida que costuma investir nessa área é a FCA (Fiat Chrysler Automóveis) - a empresa até hoje tem atuações nesse setor, mas de maneira mais ponderada do que já aconteceu anteriormente.

Em 2012, por exemplo, patrocinava o Corinthians campeão da Libertadores com a marca Iveco. Durante anos esteve no Palmeiras com Fiat e depois com a marca Case (que virou New Holland) de tratores. Atualmente, tem parcerias com Atlético-MG, Cruzeiro e América, todos de Minas Gerais.

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A Jeep e Peugeot, por exemplo, já estiveram na camisa do Flamengo. Não chega a ser o único exemplo, uma vez que Chevrolet, Renault e Hyundai já fizeram investimentos do tipo, mas certamente é o mais marcante no cenário recente. No entanto, fora do Brasil essa relação é ainda maior, uma vez que marcas chegam até a ser donas de clubes. Confira cinco exemplos abaixo:

Volkswagen – Wolfsburg

Soccer German Bundesliga Championship Wolfsburg Vs Bremen
Curiosamente, quando foi campeão, o Wolfsburg exibia o nome do Polo da geração que não foi vendida no Brasil
Crédito: Divulgação
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Fundado logo após a Segunda Guerra Mundial, o Wolfsburg foi criado pelos trabalhadores da Volkswagen. Atualmente, a marca detém 95% das ações do clube e batiza até o estádio, a Volkswagen Arena, que tem capacidade para 30 mil torcedores.

O auge do time aconteceu na temporada 2008-2009, quando a dupla de ataque Grafite e Dzeko levou a equipe aos 69 pontos e conquistou o título da Bundesliga, o campeonato alemão. Grafite ainda foi o artilheiro, com 28 gols.

Outros brasileiros que passaram pelo time da Volks foram Diego Ribas e Bruno Henrique, atualmente no Flamengo; Fagner, lateral do Corinthians, e Josué, campeão do mundo com o São Paulo.

Audi - FC 2004 Ingolstadt

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Ingolstadt já garantiu acesso à segunda divisão do próximo ano
Crédito: Divulgação
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Como o nome diz, o Ingolstadt foi fundado em 2004 como resultado da fusão entre o MTV Ingolstadt e o ESV Ingolstadt. Atualmente, 80% das ações do clube são controladas pela montadora. A Audi ainda investiu 20 milhões de euros para a construção do estádio Audi Sportpark. O fabricante também detém 8,33% do Bayern de Munique.

O maior feito foi a conquista da Bundesliga 2, que resultouno acesso à elite do futebol alemão. Com isso, enfrentou o time da Volkswagen, mas sem sorte: no clássico do mesmo grupo automotivo, VW 2x0 Audi na casa do time mais tradicional e 0x0, no jogo de volta.

Na temporada 2016-2017, novo confronto e resultados parecidos: 3x0 e 1x1. No mesmo ano, o time caiu para a segunda divisão. Não bastasse isso, chegou à terceira. Agora, já garantiu vaga na segundona e enfrenta neste final de semana o Nürnberg.

FCA - Juventus

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Cristiano Ronaldo, dono de uma coleção de carros invejável, tem que posar com os "comuns"Jeep
Crédito: Divulgação
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Aqui a relação não é totalmente direta. A família Agnelli, que é dona de 30% das ações do fabricante de carros, também detém 64% do clube da Juventus. Essa conexão vem desde 1923, quando Giovanni Agnelli, fundador da Fiat, adquiriu o time de Turim, cidade sede da Fiat.

A relação é tão estreita que Andrea Agnelli foi o responsável por contratar, em 2018, o craque português Cristiano Ronaldo. Atualmente, a Juventus vem de oito títulos consecutivos da Série A, a liga nacional italiana, e segue para o nono. Entre os brasileiros, destaque para Alex Sandro e Douglas Costa.

Toyota - Nagoya Grampos

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Atacante Jô se desligou do Nagoia e acertou com o Corinthians esse ano
Crédito: Divulgação
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No mesmo embalo do Wolfsburg, o Nagoya nasceu graças aos funcionários da Toyota. A fundação aconteceu em 1939, mas a marca automotiva só comprou o clube em 1968. O time ainda era chamado de Toyota Motors S.C. quando foi campeão da segundona japonesa, em 1972.

Desde o final dos anos 1990, quando o futebol ganhou mais força no país e foi criada a liga atual, chamada J-League, o Nagoya se tornou um dos maiores. Em 1995, com o famoso técnico Arsene Wenger, conquistou a Copa do Imperador. Em 2010, sob o comando de Dragan Stojkovic, que estava em campo em 1995, ganhou seu único título da J-League.

Hyundai – Jeonbuk Hyundai Motors FC e Ulsan Hyundai Football Club

Empresa usa as camisas do time para divulgar modelos
Crédito: Divulgação
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É difícil distinguir o que não é feito pela Hyundai na Coreia do Sul. Por falta de um, a empresa tem logo dois times. É bem verdade que o Ulsan pertence oficialmente à divisão de construção de navios, mas tudo faz parte do mesmo conglomerado.

O Ulsan é mais velho, estabelecido em 1983, enquanto o Jeonbuk foi criado como Chonbuk em 1994 e só em 1999 passou a pertencer à Hyundai. Curiosamente, os dois somam 11 títulos de nível nacional. No entanto, na chamada K-League, o Jeonbuk tem sete conquistas, contra apenas duas do Ulsan.

Brasileiro Júnior Negrão é o artilheiro da K-League
Crédito: Divulgação
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O Jeonbuk também já levou dois títulos da liga dos campeões da Ásia, enquanto o "irmão" tem apenas um. Atualmente, o time mais novo é o tricampeão da liga coreana. Aliás, na temporada passada, o Ulsan foi vice-campeão só por causa do saldo de gols. Neste ano, o Jeonbuk lidera o torneio e o outro é o vice, com um ponto a menos.

Como o campeonato começou após o período de quarentena, foram disputados apenas 10 jogos e o destaque é um brasileiro: Júnior Negrão, centroavante do Ulsan, que tem 12 gols e lidera a artilharia do campeonato.

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