O Salão do Automóvel de São Paulo sempre foi mais do que um encontro de entusiastas: ele funciona como um laboratório vivo do setor automotivo. É lá que as marcas revelam sua visão estratégica — às vezes declarada em conceitos ousados, às vezes materializada em carros prontos para chegar às ruas.
Confira 5 tendências que ditaram o Salão do Automóvel 2025[/caption]
A edição deste ano reforçou um papel que o evento vem consolidando: o de vitrine de tendências que moldam desde o consumidor hiperconectado da próxima década até o comprador que busca tecnologia útil no presente.
A seguir, cinco movimentos que se destacaram entre estandes, interações e lançamentos.
Hoje não basta ter um display funcional. A lógica do carro como ecossistema digital ficou clara nos estandes de diversas marcas, seja em protótipos ou carros já confirmados para o próximo ano: as telas cresceram, se estendem e se multiplicam.
Painéis panorâmicos, multimídias com proporções dignas de tablet premium e telas extras — seja para o passageiro dianteiro, seja para quem viaja atrás — viraram declaração de intenções.
É a transição do carro como cockpit para o carro como sala interativa: infotainment deixa de ser item do motorista para se tornar experiência compartilhada.
O design automotivo, por muito tempo, foi uma manifestação de presença. Agora ele é um exercício de ausência. A remoção agressiva de comandos físicos já aparece em lançamentos reais.
A atmosfera interna ficou mais limpa, com acabamento contínuo, menos interferências visuais, menus centralizados e dependência quase total de telas, assistentes virtuais e voz.
Se há poucos anos tecnologia híbrida era aposta localizada ou carro 100% elétrico algo quase exótico, agora a eletrificação é uma mensagem transversal.
Cada vez mais, fabricantes reforçam que não existe mais futuro sem tomada, motor elétrico, bateria ou assistência energética inteligente.
O Salão deixou evidente: a régua subiu, e a pergunta já não é se haverá eletrificação, mas que tipo, em qual intensidade, e a que custo.
Por aqui o desejo por um SUV é claro, e também está evidente no Salão do Automóvel. O reinado do SUV continua, mas ele apareceu sob novas narrativas: urbano, subcompacto, elétrico acessível, 7 lugares premium, com autonomia expandida ou foco em eficiência.
Hoje, os estandes não são tomados por diversas categorias de automóveis, como hatches, sedãs, peruas ou minivans. É evidente a variação dos utilitários esportivos, que se multiplicaram em subcategorias.
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Não se trata mais de “falar para o carro”, mas “conversar com ele”. Sistemas embarcados estão evoluindo para uma comunicação contextual, com reconhecimento mais natural, respostas mais inteligentes e menos “robóticas”.
O Salão do Automóvel deixa claro que o carro já não funciona apenas como uma ferramenta para conectar pessoas, mas como a outra ponta do diálogo: ele fala, e também ouve.
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