Laboratório de Segurança da Volks faz 50 anos

Área faz parte do centro de desenvolvimento da marca no ABC paulista e realiza testes de colisões com os veículos

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Fernando Miragaya
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Dias depois de celebrar a nota máxima do Taos nos novos critérios de avaliação do Latin NCAP, a Volkswagen comemora meio século do seu Laboratório de Segurança Veicular. Inaugurado em 1971 dentro do Centro de Desenvolvimento e Pesquisa da marca em São Bernardo do Campo (SP), foi um dos primeiros empreendimentos do tipo no setor automotivo no país.

No local, a Volks realiza diferentes tipos de exercícios nos carros que produz no Mercosul, além de testes de colisões e de equipamentos de segurança. As primeiras ações no laboratório - ainda no bairro paulistano do Ipiranga - foram justamente os crash-tests frontais e traseiros, que serviam para avaliar as consequências de eventuais acidentes e desenvolver meios de minimizá-las.

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Os testes avaliavam as deformações na carroceria e os impactos causados nos dummies (aqueles bonecos que ficam dentro dos veículos e simulam a anatomia humana) e a integridade do sistema de combustível. Outros componentes do carro eram testados individualmente, como a fixação dos bancos, fechaduras das portas e travas dos cintos de segurança.

Testes avaliam as deformações na carroceria do veículo e os impactos causados nos dummies
Crédito: Divulgação
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Os primeiros carros a passarem pelo laboratório nos anos 1970 foram o Fuscão (com motor 1500), o TL, a Variant e o Karmann-Ghia TC. Logo depois começaram a ser testados os modelos desenvolvidos no Brasil, como os SP1 e SP2, Brasília, Variant II e a família BX (Gol, Voyage, Parati e Saveiro).

Em meados dos anos 1980, o Laboratório de Segurança Veicular foi transferido para a fábrica de Anchieta, em São Bernardo. Lá, foi inaugurada uma nova pista de crash-test, em 1989. Segundo a VW, as novas estruturas viabilizaram o desenvolvimento das linhas brasileiras do Polo e do Fox no início dos anos 2000, já de acordo com “os rigorosos requisitos da legislação europeia da época”.

Com o surgimento do Latin NCAP, órgão independente que avalia a segurança dos carros vendidos na América Latina e Caribe, a Volks foi a primeira marca a colecionar boas pontuações nos testes da entidade - isso de acordo com os critérios antigos. Coube ao Volkswagen Up, inclusive, ser o primeiro veículo compacto produzido no Brasil a obter a pontuação de cinco estrelas na proteção ao ocupante adulto. Polo, Virtus e T‑Cross também obtiveram a classificação máxima (ainda pelas regras “originais”, que só mudaram em 2019).

O teste de colisão dianteira é apenas um dos realizados no Laboratório de Segurança Veicular da Volkswagen
Crédito: Divulgação
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Processo digital no Laboratório Volkswagen

A Volks diz que, além dos testes tradicionais, os engenheiros e técnicos do laboratório trabalham hoje no desenvolvimento e aperfeiçoamento de sistemas baseados em digitalização e processamento de dados. A evolução digital acelerou processos e otimizou o desenvolvimento dos produtos, já que vários ensaios virtuais podem ser feitos antes de jogar o carro contra o muro.

Hoje, o laboratório faz os testes como o do trenó (Sled Test), simulação física de um impacto em uma etapa intermediária entre as avaliações virtuais e o crash test do veículo completo. Neste exercício, são realizados testes de colisão dianteira, traseira ou lateral, em velocidades variadas, e também a avaliação isolada de determinados componentes, como cintos de segurança, airbags, bancos, coluna de direção ou painel de instrumentos etc.

Além disso, a montadora garante que realiza diversos testes de colisão nas mais variadas situações durante o desenvolvimento de um novo veículo. Segundo a marca, são utilizados diferentes tipos de barreiras e velocidades, para simular variadas situações de acidentes.

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