Opala: trinta anos da despedida de uma lenda 

Relembre um pouco da história do icônico sedã da Chevrolet que saiu de linha em abril de 1992

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Lucas Cardoso
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O último dia 16 de abril marcou os 30 anos do fim da produção do Chevrolet Opala. Apresentado ao público brasileiro em 1968, o modelo marcou gerações, virou ícone e emplacou mais de 1 milhão de unidades ao longo da sua vida. Uma multidão de apaixonados pelo modelo ainda mantém viva a história do Opala.

Famoso por ter motores grandes e carburados, como o 4.1 litro de seis cilindros, que rendia ao nacional 171 cv de potência e 32,5 kgf.m de torque, o Opala era inconfundível por onde passava. Essa motorização foi instalada na versão SS6 e era a configuração mais potente do motor 4100.

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O clássico era fabricado na planta da Chevrolet, antes conhecida como Companhia Geral de Motores do Brasil, na cidade de São Caetano do Sul, na região Metropolitana de São Paulo. Cultuada pelos fãs do carro ao lado da Diplomata, a versão SS, citada acima, foi lançada no mercado nacional em junho de 1971.

Opala Ss
A versão SS do Opala chegou ao mercado em 1971, três anos após a estreia do modelo
Crédito: Divulgação
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Antes disso, a primeira linha do Opala chegou ao mercado nacional em 1969, um ano após a primeira aparição do modelo, no Salão do Automóvel de São Paulo do ano anterior. Em sua estreia, o modelo era vendido com duas opções de motores: 3.8 litros, seis cilindros, de 125 CV, ou 2.5L, quatro cilindros e 80 cavalos.

Motor Ss4 4100 Opala
A versão SS tinha versões com motores de quatro e de seis cilindros
Crédito: Divulgação
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Nessa linha, o modelo era vendido inicialmente apenas em opções com quatro portas. Por ter bancos inteiriços, o modelo oferecida espaço interno para até seis ocupantes. Seu design era popular na época e chamava atenção pelas curvas na linha lateral e também pelos frisos cromados.

Opala Comodoro e Caravan

Já no segundo ano, o sedan passou a ser vendido em versões com duas ou quatro portas. Em 1974, o modelo foi a base do projeto e deu vida a Caravan, modelo com carroceria station wagon com apenas duas portas, que foi lançado no ano seguinte. Também em 1975, a marca incluiu uma nova opção topo de linha do sedan, a Comodoro.

Comodoro
Baseada no Opala, a perua Caravan chegou ao mercado nacional em 1975
Crédito: Divulgação
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Desde seu lançamento, o modelo passou por pequenas mudanças estéticas.  A mais drástica aconteceu em 1980, quando a Chevrolet deixou a dianteira do modelo mais retangular e menos arredondada. A mudança fazia sentido para o mercado que, à época, explorava o visual de linhas mais retas.

Câmbio automático em 1988

Outra mudança importante e marcante para a história do Opala foi feita em 1988, com a oferta de versões com câmbio automático de quatro marchas. A versão usava caixa da alemã ZF. Até essa mudança, os motores do sedan eram casados apenas com uma transmissão manual, também de quatro velocidades.

Diplomata Opala
A reestilização mais drástica aconteceu em 1980, quando o Opala adotou design com linhas mais retas
Crédito: Divulgação
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Nesse mesmo ano, a Chevrolet ganhou uma versão básica que fez sucesso entre os frotistas do país, e foi inclusive adquirida pela Polícia Militar de São Paulo. O modelo usado pela PM tinha adaptações exclusivas como porta-munição, porta-arma no console central e porta-cassetete ao lado do banco. A viatura também poderia vir com grade divisória instalada, que permitia o transporte de presos e vítimas.

Uma nova caixa manual, dessa vez de cinco marchas, foi incluída dois anos depois, em 1991. No mesmo ano, um novo design para o interior, além de um novo volante e direção eletrônica. Também nessa linha, o sedan passava a oferecer freios a disco nas quatro rodas, algo raro em carros nacionais na época.

Concorrência de Chevrolet Monza e Fiat Tempra

Apesar das mudanças, o Opala já dava sinais de cansaço no fim da década de 1980. E, mesmo com a mudança do início dos anos 1990, o sedan da Chevrolet seguia perdia espaço. A queda foi acentuada com a evolução do irmão Monza e agravada pela chegada de novas alternativas no mercado, como o Fiat Tempra, além do avanço da importação.

A despedida começou a acontecer ainda em 1990, com o lançamento da versão SE Collectors. Era limitada a cem unidades e tinha itens exclusivos como chave banhada a ouro, certificado de propriedade e até uma fita VHS com toda a história do sedan. O fim veio oficialmente em 1992, com a fabricação da unidade 1 milhão. De lá para cá, foram três décadas e ainda assim o Opala mantém seu legado.

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