O grande assunto deste início de ano foi a saída da Ford do mercado brasileiro. Depois do anúncio, as perguntas que mais ouvimos foram as já clássicas "Qual será o futuro da Ford no Brasil?" ou "É uma boa vender meu carro da Ford agora?".
Gente, calma. A Ford não vai sair do país, deve manter boa parte de suas concessionárias autorizadas (negociações de fechamentos e renovações de contratos não param de acontecer) e virar uma das grandes importadoras, certamente com volume maior que Kia e Volvo, por exemplo.
Tem mais: a ideia da empresa norte-americana é ousar, com produtos modernos em segmentos de nicho, globais e em sua maioria eletrificados, como a marca acredita que irá ser o futuro. É por isso que o Mustang Mach-E, SUV totalmente elétrico da fabricante que carrega o nome de um dos maiores clássicos do universo automotivo, é um dos modelos cotados a desembarcar por aqui.
Na prática, com a Ranger como "carro de entrada" no Brasil neste curto prazo - um EcoSport importado, ainda sem saber se da Argentina ou do México, poderia se tornar esse player em longo prazo -, o line-up da empresa a médio prazo deverá ser composto pela picape Maverick (rival de Toro, Oroch, da futura Tarok e cia); seguida pela Ranger e depois pelo Ford Territory, que vem da China.
Acima desses três modelos viriam o SUV médio Bronco Sport, importado do México, assim como o Edge e o "Broncão" - rival direto do Jeep Wrangler por aqui. E acima de toda essa lista de SUVs e picapes viriam os Mustang, tanto os muscle cars em versões totalmente novas (a Mach1, por exemplo, já foi confirmada) quanto o SUV 100% elétrico.
Portanto, em alguns anos este pode ser o catálogo da Ford por aqui:
*O projeto do novo EcoSport ainda não está confirmado, por isso ainda figura como dúvida para diversos mercados, inclusive o brasileiro.
Só carro relativamente caro, certo? Mas fique tranquilo! Donos de Ka, Fiesta, Focus, Courier, EcoSport ou mesmo modelos mais antigos e/ou clássicos da empresa seguirão com total assistência de concessionárias, ainda que em número de lojas reduzido, já que muitas devem fechar ou trocar de bandeira para continuar vivas.