Essa falta de fôlego nas vendas tem variados motivos: poucas concessionárias; falta de habilidade de determinada montadora nas vendas para aquela específica categoria ou até estoque insuficiente para atender a demanda. Abaixo, vamos elencar cinco exemplos de carros muito bons, mas que não venderam como sua fabricante esperava.
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Os carros injustiçados no Brasil
1. Peugeot 2008
O crossover da marca francesa abre nossa lista por ser um dos carros mais injustiçados de sua categoria. Mistura de perua e SUV, o Peugeot 2008 vende pouco (3.417 de janeiro a junho, média de 570 carros por mês, contra, 40.607 unidades do Jeep Renegade, o SUV compacto mais vendido do segmento), mas diverte bastante quem o dirige, principalmente nas versões com o motor 1.6 THP de até 173 cv.Outra coisa: o Peugeot 2008 deve mudar entre o final deste ano e 2022 e ganhar uma nova geração baseada na plataforma modular que também fabrica o novo 208, que vem importado da Argentina. Com a atualização, o crossover deve ficar maior, mais moderno e, consequentemente... mais caro - e o preço talvez seja o maior impeditivo de seu sucesso no Brasil. Hoje, custa a partir de R$ 105.990.
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2. Volkswagen Up!
Outro que é um muito bom de guiar, principalmente quando equipado com o motor 1.0 TSI. O VW Up! chegou ao Brasil em 2014 para ser o modelo de entrada da Volks, mas a marca esqueceu de considerar que o Gol era seu carro-chefe nessa categoria. Com o passar dos anos, o subcompacto acabou posicionado como carro de nicho - completinho, mas caro. Por fim, saiu de linha em abril.O valor (custava a partir de R$ 57 mil e encostava nos R$ 67 mil com todos os opcionais) foi seu maior vilão no mercado, já que rivais diretos e pequenos como Fiat Mobi e Renault Kwid cobravam muito menos para oferecer o mesmo nível de conteúdo - embora sem oferecer os mesmos predicados.
Uma pena. Este ano foram apenas 1.961 unidades emplacadas, contra 39.356 do Mobi, o líder entre os pequeninos, e 29.186 do Mobi.
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3. Citroën C4 Lounge
Sedã médio, bom espaço interno, porta-malas generoso, desempenho até que divertido e consumo de combustível excelente. Esta poderia ser a descrição dos três-volumes mais vendidos do mercado, como Toyota Corolla, Honda Civic, Chevrolet Cruze e até Volkswagen Jetta, mas é, na verdade, a apresentação do Citroën C4 Lounge, excelente opção da categoria - que vendeu só 255 unidades no acumulado do ano.O C4 Lounge, que tem a média de ínfima de 40 carros licenciados por mês em 2021, é um ótimo carro, mas saiu de linha em nosso país este ano. Vinha com o excelente motor 1.6 THP (turbo) de até 173 cv e 24,5 kgf.m de torque, câmbio automático de seis marchas e fazia de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos. Custava R$ 103.990 na versão única "Shine".
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4. Chevrolet Sonic
Outro bom carrinho que chegou, vendeu pouco e morreu rápido - e que em um breve futuro poderia entrar para nossa lista de carros que foram vendidos por aqui, mas ninguém lembra. O Chevrolet Sonic foi lançado no Brasil em 2012, mas suas vendas duraram só até 2014, quando a marca decidiu tirá-lo de linha pelo baixo número de emplacamentos - e devido ao sucesso do Onix.Mesmo sem empolgar, o carro era divertido, principalmente em sua configuração hatch. Com visual invocado, motor 1.6 de 120 cv e 16,3 kgf.m de torque e câmbio manual de cinco marchas, era firme em curvas e trazia cores especiais em seu catálogo que fugiam do lugar comum - como o belo tom azul mostrado durante seu lançamento.
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5. Fiat Bravo
O último elemento de nossa lista de carros divertidos mas injustiçados -e que não venderam como podiam - é o Fiat Bravo, o hatch do Linea que pouco vingou por aqui por ter sob sua saia outros dois hatches que emplacavam bem, como Palio e Punto. Por conta disso, o Bravo meio que virou carro de nicho, competidor de Volkswagen Golf, Chevrolet Vectra GT e cia, embora não tivesse pompa para isso.Mas era legal, hein? A versão T-Jet, aliás, era um demônio. Fazia curva que era uma beleza - e ainda oferecia um overboost da pressão do turbo para o carro entregar ainda mais desempenho. O motor era um 1.4 turbo de 152 cv e 21,2 kgf.m de torque, comandado por um câmbio manual de seis marchas. Com suspensão e freios mais firmes e preparados para a pegada mais nervosa... Deixou saudades.
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