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Com preço inicial de R$ 78.490, o sedã compacto feito na Argentina investe apenas no visual para arrebatar papais e mamães que curtem uma imagem mais esportiva, e até certo ponto exclusiva, mas que não abrem mão do conforto que o carro da família precisa entregar aos filhos. E para ser sincero, o trabalho da equipe de designers da marca italiana merece elogios. O Cronos HGT tem personalidade e chama a atenção nas ruas – especialmente a unidade que avaliei durante uma semana, que é 99,9% na cor preta.
Mas o visual do HGT não é nenhuma novidade. Durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 2018, você vai lembrar, a Fiat expôs em seu estande o Cronos Sport, um conceito que antecipou as linhas do que hoje é o HGT.
DESIGN
Mexer o suficiente para evitar exageros, mas garantir uma imagem marcante. Trabalhar o visual de um carro é complicado. Mas, como escrevi anteriormente, o trabalho foi bem feito. O Cronos é provido de linhas arrojadas e atraentes. Para-choque dianteiro preto com grade preta em black piano e símbolo da Fiat escurecido. Nas laterais lisas, onde o HGT está ‘tatuado’, sem frisos cromados, destaque para as rodas de liga leve de 17 polegadas pretas com dez raios.Já na traseira, tudo preto também. Símbolo da Fiat, nome Cronos e até AT6 em preto, mas com um leve cromado. Apesar de discreto, o spoiler na tampa do porta-malas em black piano é onde reside a maior ousadia do Cronos HGT. Ficou faltando uma saída de escape mais arrojada, com uma ponteira dupla ou mesmo cromada (fosca também seria legal).
O interior também tem um leve trabalho para sugerir esportividade. A principal delas é o teto revestido em tecido preto. Os bancos são revestidos em tecido de série, mas couro é opção. Sobra conforto, mas os assentos dianteiros poderiam ter abas laterais maiores para dar uma sensação de bancos esportivos.
CATÁLOGO 0KM WEBMOTORS
Confira preços, versões, ficha técnica e opiniões de donos de Fiat CronosO volante multifuncional tem excelente empunhadura, base achatada e os paddle shift (borboletas) atrás para as mudanças de marchas. A coluna tem regulagens de altura e profundidade – ideais para encontra a melhor posição. A ressalva fica para o ajuste de altura do banco do motorista que não possibilitar deixar o assento bem colado ao assoalho, permitindo uma postura mais esportiva, que eu particularmente gosto e que para o Crono HGT cairia como uma luva.
Destaque positivo para o excelente acabamento interno. Há uma boa quantidade de plásticos, mas todos com uma textura muito agradável ao toque e as peças muito bem encaixadas. Há também o couro no painel das portas e na manopla do câmbio, e os cromados são utilizados sem exageros de maneira bem discreta. Para mim, um dos pontos altos do Cronos HGT, sem dúvidas, é a qualidade do interior.
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Completando a atmosfera interna, painel de instrumentos com conta-giros e velocímetro analógicos, separados por uma tela de sete polegadas com diversas informações do computador de bordo. A central multimídia é flutuante, compatível com Android Auto e Apple CarPlay e é, na minha opinião, uma das melhores em termos de velocidade de resposta.
ACELERANDO
O Cronos HGT não fará com que o motorista prenda a respiração com assombros de performance. Nada disso. O sedã compacto da Fiat é apenas ‘ok’ em termos de desempenho. O motor E.torQ 1.8 16V de quatro cilindros e aspirado está longe de ser ‘o cara’. São interessantes 139 cv de potência máxima e torque de 19,3 kgf.m a quase 4.000 rpm. É um carro que demora um pouco para acordar, trabalhando melhor em rotações mais elevadas.Em terras onde rodam propulsores turbo, de menor litragem e maior eficiência energética, como o 1.6 THP dos modelos Peugeot e Citroën e mesmo o 1.0 TSI da Volkswagen, com mais força entregue em rotações mais baixas, o E.torQ realmente revela as rugas e deixa claro que seu tempo passou.
A transmissão automática de seis marchas (conversor de torque) ainda consegue extrair acelerações e retomadas interessantes, mas não faz milagre. O câmbio tem comportamento muito confortável, com as marchas passando suavemente em uma condução mais tranquila. As reduções também são rápidas, quando colo o pedal do acelerador no assoalho e exijo performance para uma ultrapassagem.
Com relação ao consumo, os números deixaram um pouco a desejar. Sempre com etanol, na cidade – com o tráfego pesado da cidade de São Paulo, mas com o ar condicionado desligado –, o HGT fez apenas 5,7 km/l. O índice foi um pouco melhor na estrada, com 10,3 km/l. Importante ressaltar que o Cronos HGT tem sistema start/stop.
Na dinâmica, o Cronos me agradou pelo ajuste da suspensão. Sim, ela é mais elevada e uma leve ‘socada’ com um ajuste mais firme deixariam o HGT um brinco na condução. Mas a ideia é manter o conforto para a família. Então a Fiat manteve o bom equilíbrio entre o conforto e a rigidez. Consegue absorver muito bem as imperfeições do asfalto, sem apresentar qualquer batida seca, mas evita inclinações exageradas em curvas fechadas e frenagens fortes.
É um carro muito obediente. Os controles de tração e estabilidade estão presentes, mas diante do fato de o Cronos ser um ‘bom moço’, a eletrônica entra em ação em raros momentos, principalmente em pisos escorregadios. Os freios são a disco na dianteiro e tambor na traseira, mas contam com ABS e distribuição eletrônica da força de frenagem.
A direção tem assistência elétrica e é muito confortável, especialmente em manobras como balizas. O ar-condicionado é digital (uma zona apenas) é de série também, assim como os airbags duplo frontais, encosto de cabeça e cinto de segurança de três pontos para todos os ocupantes e ISOFIX para fixação da cadeirinha.
Os opcionais – que ainda não tiveram os valores revelados pela Fiat – são o teto bicolor, os airbags laterais, câmera de ré e o kit Tech 2 que engloba Keyless Entry’N’ Go, retrovisor com rebatimento elétrico e luz de conforto, sensor de chuva e crepuscular e retrovisor eletrocrômico.
ESPAÇO INTERNO
Em relação às outras versões do Cronos, a HGT tem as mesmas dimensões – como tem que ser, afinal é o mesmo carro. São 4,36 metros de comprimento com 2,52 metros de distância entre os eixos. É o suficiente para abrigar passageiros no banco traseiro com até 1,80 de comprimento. No entanto, o ponto alto é realmente a capacidade de carga, com um porta-malas de 525 litros.Para uma família com crianças pequenas ou adolescentes, esses números são mais que interessantes.
CUSTOS
Como o conjunto mecânico é exatamente o mesmo do Precision, os custos das cinco primeiras revisões (até 50 mil km) – que devem ser realizadas a cada 10 mil km rodados ou 12 meses, o que acontecer primeiro – do Cronos HGT deve ficar em torno de R$ 2.600.VÍDEO RELACIONADO
VALE A COMPRA?
Trata-se de uma compra com uma forte pitada emocional, pois está envolvida a vontade de ter um carro com visual esportivo, mesmo não entregando a performance de um esportivo. Tem bom espaço interno, um acabamento refinado, design diferenciado com personalidade e uma lista de equipamentos de série interessante.No entanto, nesta faixa de preço (R$ 78.490) existem outras opções – sempre falando de carros 0km. Uma delas o Volkswagen Virtus na versão Comfortline com motor 1.0 TSI e câmbio automático, que sai por R$ 78.590.
Outro ponto a ser ressaltado é o fato de dois concorrentes diretos do Cronos estarem com mudanças confirmadas ainda para esse ano, como o Hyundai HB20S e o Chevrolet Prisma. Além de novo design para os dois, há uma expectativa de estarem maiores, com um acabamento mais refinado e conjuntos mecânicos mais modernos, incluindo motores turbinados.
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