Teste demonstra evolução na segurança do Corolla

O ANCAP, braço do Global NCAP para a Austrália e Nova Zelândia, realizou um teste de colisão para demonstrar o avanço na proteção para os ocupantes de automóveis ao longo dos último 20 anos. No “crash-test”, o instituto independente de segurança viária fez duas gerações do Toyota Corolla baterem de frente – uma unidade de 2015, da 11ª gereção, lançada no Brasil em 2014, e outra de 1995, da sétima, que chegou a ser vendida aqui, importada do Japão.

O teste consistiu em colocar os dois Corollas batendo de frente a 64 km/h, seguindo os padrões atualmente adotados pelo órgão de segurança. O exemplar antigo levou zero estrela na avaliação, apresentando pontuação 0,40 de 16 possíveis na proteção para adultos e danos estruturais “catastróficos”. De acordo com o ANCAP, os “dummies” (bonecos de teste), indicou risco elevado de lesões sérias na cabeça, peito e pernas do motorista – posicionado no lado direito da cabine, como acontece na Austrália e Nova Zelândia, ex-colônias britânicas.

Em contrapartida, o Corolla atual ganhou cinco estrelas, a melhor avaliação possível,  com 12,93 pontos de um total de 16. Pelas fotos divulgadas, dá para perceber que a cabine da unidade de 2015 ficou muito mais preservada. Um detalhe: o modelo de 1995 não era equipado com airbags, enquanto o mais recente trazia airbags dianteiros e laterais e, evidentemente, uma estrutura mais adequada para absorver o impacto e proteger os ocupantes de ferimentos. As duas unidades avaliadas tinham carroceria hatch, que não é disponibilizada no mercado brasileiro. O ANCAP detalhou a avaliação em três vídeos: o primeiro com uma visão geral da batida, o segundo focando o resultado no Corolla antigo e o terceiro mostrando o estrago causado no modelo mais recente.

No Brasil, o teste mais recente com o Corolla conduzido pelo Latin NCAP, correspondente do ANCAP para a América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, foi realizado em 2014. Na ocasião, o sedã, equipado com três airbags,  foi avaliado com cinco estrelas para adultos (15,83 pontos de 17 possíveis) e quatro para crianças (41,25 de 49).

O teste em questão foi realizado antes das regras mais rígidas adotadas pelo Latin NCAP a partir do ano passado, que passaram a levar em conta também os “crash-tests” de colisão lateral e em poste, além de avaliar a eficiência do controle eletrônico de estabilidade, se o equipamento estiver disponível. Se o veículo testado zerar a nota em um dos testes, esta acaba predominando. Na semana passada, seguindo os novos critérios, o Chevrolet Onix acabou levando nota zero na proteção para adultos.

No caso do Corolla, quando ele for reavaliado, seguindo os novos parâmetros, ele terá pelo menos duas vantagens: na recém-lançada linha 2018, o sedã passou a trazer sete airbags de série e  controles de estabilidade e tração em todas as versões.