Após a polêmica fuga de Carlos Ghosn, ex-CEO da aliança Renault-Nissan, as autoridades turcas prenderam vários suspeitos de ajudar o brasileiro em sua fuga. Antes de chegar ao Líbano, o executivo teria partido até Istambul, onde trocou de aeronave.
As informações foram divulgadas pela agência de notícias DHA. Entre os presos por ajudar na fuga de Ghosn estão quatro pilotos. Além disso, o ministério do Interior turco iniciou investigação para determinar como o executivo conseguiu entrar e sair de Istambul.
A suspeita é que um jato privado decolou do aeroporto de Kansai e pousou em Ataturk. Esse aeroporto é fechado para voos comerciais, mas usado por jatos particulares.
Caso resolva deixar o Líbano, Ghosn poderia ir para a França. Isso graças à tripla cidadania (brasileira, libanesa e francesa). E mesmo no país europeu estaria em segurança.
Ao menos é o que garante a secretária de Estado francesa da Economia, Agnès Pannier-Runacher. "Se o senhor Ghosn chegar à França, não o extraditaremos porque a França nunca extradita seus cidadãos", disse Pannier-Runacher ao canal BFMTV.
A situação seria a mesma. Por ser brasileiro nato, segundo as leis daqui, o ex-CEO não poderia ser extraditado para o Japão, onde é investigado e estava em prisão domiciliar.