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Teste: Corolla se renova, mas mantém o essencial

Aceleramos a nova geração do sedã que chega ao Brasil com a pegada esportiva que nunca teve: a Toyota arriscou demais?

por Redação WM1

Ninguém pode negar o sucesso estrondoso do Corolla: ele é simplesmente o carro mais vendido da história! Então, ao desenvolver uma nova geração, você há de concordar que a Toyota precisa ter muito cuidado com a abordagem incorporada, certo?
Afinal, todos nós conhecemos o Corolla como um carro extremamente confiável e de qualidade de condução focada no conforto. Portanto, vamos combinar que ele nunca foi um carro que se destacou por oferecer uma pegada dinâmica interessante...

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Mas não é isso que vemos ao olhar o novo desenho do carro.
À primeira vista, o Corolla 2020 mostra um design radical que o posiciona, pelo menos visualmente, como o mais esportivo de sua história, com vincos agressivos e um desenho frontal desafiador. Você acha mesmo que a marca sacrificaria a fórmula que funciona tão bem? Vamos analisá-lo por partes.

Cara invocada

Assim como o novo RAV4 apresentado recentemente, o novo Corolla chegará ao Brasil com uma mudança radical em sua estética. Vale lembrar que o visual do Corolla nacional será o mesmo que o do modelo europeu - e que, portanto, o desenho do carro desta avaliação, vendido no México e nos Estados Unidos, não é o mesmo.
Mas aqui precisamos falar sobre a parte de trás, que serão praticamente iguais. Neste teste, rodamos com a versão de topo do carro no México, a SE, que ainda ganha spoiler discreto a tampa do porta-malas e um difusor na parte inferior do para-choque, que integra a saída de escape.

Por dentro

As melhorias não acontecem só do lado de fora. No painel, há um novo layout e com estilo rejuvenescido, justamente o que estava faltando para o carro. Além disso, os materiais utilizados são muito bons, juntamente com uma montagem bem cuidada, como de fato a Toyota nos habituou.
Da mesma forma como pudemos perceber já no RAV4, o uso da plataforma modular TNGA, que também produz o novo Camry e até mesmo o Prius, faz com que o aumento do espaço interno seja muito perceptível, significando espaço suficiente para acomodar cinco adultos sem dificuldade.

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Nesta versão de topo, a lista de equipamentos é competente, começando com o sistema de entretenimento com tela tátil de 8 polegadas posicionada em formato "flutuante", que controla o sistema de som e os comandos telefônicos. No carro mexicano, porém, é importante destacar que a única conexão com celular acontece via CarPlay. Não sabemos, ainda, se o modelo nacional irá oferecer AndroidAuto, mas torcemos para que sim.
Temos também (finalmente!) teto solar elétrico; ar-condicionado digital de duas zonas; bancos esportivos com estofamento que combina couro e tecido; câmera-de-ré; carregador de telefone por indução; acesso ao interior e partida sem a chave; freio de estacionamento por botão e um painel de instrumentos com display digital configurável de 4,2 polegadas.

Motor e câmbio

O novo Corolla vai chegar ao Brasil com novidades no quesito "powertrain". No México, ele traz o veterano quatro-cilindros 1.8 para as versões básicas; um 1.8 híbrido de 125 cavalos, focado em oferecer desempenho de baixo consumo; e, na configuração de topo que você nas fotos, um 2.0 aspirado de 175 cavalos e 20,5 kgf.m.
Vale considerar que o carro brasileiro não deverá ter o 1.8 aspirado neste primeiro momento - devemos ficar com o 2.0 aspirado para as versões GLi e XEi e com o 1.8 Hybrid Flex para as de topo, que por aqui são denominadas "Altis".
Voltemos ao carro do teste. Por aqui, o motor 2.0 é acoplado a uma caixa de câmbio CVT (continuamente variável), capaz de simular 10 marchas e de ter a particularidade de oferecer uma engrenagem física para reduzir a sensação irritante que esse tipo de transmissão deixa.
A resposta é muito boa para rodar na cidade, com uma boa entrega de energia em ruas congestionadas, atingindo um ótimo número de consumo: 10,7 km/litro.

Mas e dinamicamente?

O uso da nova plataforma modular da Toyota proporciona um manuseio mais refinado, com uma filtragem muito boa de imperfeições do asfalto. Ao dirigir em um ritmo de uma rodovia, o Corolla ainda mostra uma postura surpreendente, o que o coloca acima de alguns modelos da categoria.
O gerenciamento também tem uma resposta melhor e a plataforma parece ser entendida maravilhosamente... Mas em nenhum momento deixa de ter um foco claro no conforto, concedendo uma facilidade de operação excepcional, o que prejudica a execução de um tratamento mais esportivo, já que o feedback não é suficiente para transmitir a confiança necessária para exigir um pouco mais do carro.
Portanto, respondendo a pergunta lá do início, o Corolla continua com seu estilo pacato e confortável de guiar, mesmo que o visual não demonstre isso.

Super seguro

Outra das fortes seções do Corolla está na segurança, já que o pacote de proteção inclui sistema de freio a disco nas quatro rodas com ABS, EBD e Brake Assist (sistema de frenagem de emergência), controle eletrônico de tração e estabilidade, assistência de partida em rampas e oito airbags.

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Isso tudo é complementado pela inclusão do sistema Isofix para cadeirinhas de bebês e de monitoramento da pressão de pneus. Ou seja, o sedã se mostra realmente completo, ainda mais se considerarmos que itens como assistência de direção com controle de velocidade adaptativo e assistente de mudança de faixa são itens presentes no modelo norte-americano - embora ainda não saibamos se o brasileiro irá oferecer tais conteúdos.

Conclusão

De modo prático, embora o refinamento e o design apontem para a nova geração do Corolla como um carro de manuseio e desempenho esportivo, o que temos nas mãos afinal é uma abordagem clássica, que gerou tanto sucesso para a marca japonesa que acabou permanecendo nesta nova geração do sedã.
Ou seja, o novo Corolla continua a privilegiar uma qualidade de condução muito bem cuidada, confortável para os passageiros, e agora com melhor comportamento - mesmo que isso fique longe das intenções dinâmicas sugeridas pelo design. É um Corolla melhor que o anterior em todos os aspectos, mas que mantém sua fórmula única.
Texto: Avaliação produzida pelo Autologia, parceiro de conteúdo da Webmotors. Tradução: André Deliberato.

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