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Argo Trekking: aventureiro na medida certa

Receita simples do hatch compacto faz dele o melhor pacote do segmento. Mas ainda deve em itens de segurança

por Iago Garcia

O padrão é o mesmo: o carro é lançado e, alguns meses depois, chega a versão aventureira. E é compreensível porque essas variações realmente caíram no gosto do público brasileiro. Com o Fiat Argo, a representante é a versão Trekking, que não ousa muito, mas é um dos pacotes mais vantajosos entre os aventureiros.
Avaliamos a versão 1.3 manual, que honra bem as origens da linha Adventure e oferece soluções certeiras para quem busca um aventureiro urbano. Coincidência ou não, já responde por 1/3 do que o Argo vende no Brasil.
As mudanças são, na sua maioria, estéticas. Adesivos pretos no capô e teto, os símbolos da Fiat na cor preta - como nas versões especiais da Toro e S-Design de Argo e Cronos -, além de apliques de plástico nos para-lamas, para-choques e barras longitudinais no teto.

Internamente, o teto ganha um belo revestimento preto, substituindo o cinza das versões comuns, e o logo da Fiat no volante também é escurecido. O revestimento dos bancos é exclusivo da versão.
O pacote estético cai bem no Argo, que carrega esses apêndices com naturalidade, sem aquela percepção de adaptação que alguns aventureiros passam.

Rodar mais firme

Mas a alteração que mais agrada na Trekking é o acréscimo de 4 cm na altura do carro em relação ao solo. Com metade da responsabilidade para um novo acerto de suspensão - e a outra metade graças aos pneus de uso misto e medida 205/60 R15 -, a suspensão faz com que o Argo seja ainda melhor para rodar na cidade.

Ele oferece mais segurança para enfrentar buracos e valetas e o mesmo conforto da versão “civil”. E é isso que um aventureiro precisa entregar, já que ninguém ao comprar um Argo vai pensar em enfrentar trilhas pesadas com um hatch.
Com preço saindo dos R$ 61.490, a Trekking é baseada sempre na versão Drive 1.3 - a marca reduziu preços da linha em 2019. Ela tem de série direção elétrica, ar, central multimídia Uconnect com tela de 7" e espelhamento, faróis de neblina, sensor de ré e volante e banco do motorista com regulagens de altura.
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Acrescente a pintura vermelha, rodas de liga leve de 15 polegadas e a câmera de ré da lista de opcionais e a conta fecha em R$ 65.380. Fazem falta mais opções de airbags - só há os duplos frontais obrigatórios - e controles de tração e estabilidade.

O câmbio manual de cinco marchas tem um bom escalonamento e conversa bem com o três-cilindros de 109 cv e 14,2 kgfm. A opção Trekking automática surgiu no fim de 2019, mas com o áspero e cansado motor 1.8 E.torQ.

Concorrência

Com o preço na ponta do lápis, olhamos para os concorrentes, principalmente Ford Ka Freestyle, que parte de R$ 58.190 com motor 1.0 e câmbio manual, e de R$ 68.490 com câmbio automático.
Graças ao seu porte e projeto mais parrudo, o Argo é muito mais confortável ao rodar, tem acabamento mais bem construído e leva muita vantagem no espaço. No porta-malas a capacidade é de 300 litros, 40 a mais que o Ka.

Apesar da concorrência fraca, o Argo Trekking por si só é um produto muito equilibrado e honesto dentro da sua proposta. Sem exageros visuais e soluções certeiras para o uso diário, ele mostra que, de forma prática e direta, um carro pode suprir propostas diferentes com muita tranquilidade.

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