Com duas versões, conforme noticiado pelo WM1, a EX e a EXL -, o WR-V chega com proposta clara: oferecer espaço, eficiência e segurança a quem busca um carro zero na faixa dos R$ 150 mil. E pelo que pudemos conhecer, a marca acertou em cheio.
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Os destaques do Honda WR-V 2026
O WR-V se destaca pelo conjunto mecânico conhecido e confiável. O motor 1.5 i-VTEC aspirado entrega 126 cv e até 15,8 kgfm de torque. Ele é acoplado a um câmbio CVT, que simula sete marchas.Dessa forma, a condução é suave, com respostas lineares e de bom desempenho no uso urbano. Rodamos com uma unidade esta semana por ruas e estradas gaúchas, entre Porto Alegre e Xangri-Lá (RS).
A suspensão, com ajuste específico para o Brasil, é um dos pontos altos: apesar do formato de construção mais conservador na traseira (por eixo de torção), pudermos reparar que ela absorveu muito bem as irregularidades do asfalto e garantiu conforto mesmo em pisos mais castigados, como em estradas de terra.
Em geral, a dirigibilidade agrada.
Lembra bastante a do City, embora com muito mais espaço interno e porta-malas, e isso não é demérito: o novo WR-V é muito bem calibrado e acertado para o consumidor que busca um carro novo ali na faixa dos R$ 150 mil.
Em resumo, o novo WR-V é fácil de guiar, tem bom raio de giro e altura mais elevada em relação ao solo, o que de fato facilita o uso em vias esburacadas ou com lombadas.
Essa carroceria mais alta e o entre-eixos generoso (são 2,65 metros) contribuem para o bom espaço interno, que surpreende: há folga para pernas e cabeça para quem senta atrás, além de um porta-malas de 458 litros - número que é superior até ao de SUVs maiores.
No design, o Honda WR-V aposta em linhas modernas, embora com proporções equilibradas. Os faróis são full-LED (menos o de neblina); as rodas de aro 17" têm acabamento diamantado e as lanternas (também em LED) têm assinatura luminosa que reforça o visual contemporâneo - na lanterna, só as lâmpadas de ré e de seta não são de LED.
A versão EXL, mais cara, tem como adicional os bancos de couro, apoio de braço traseiro, carregador de celular por indução e os faróis de neblina, que compõem um pacote mais refinado. Por R$ 5 mil de diferença, praticamente invisíveis em um acordo com financiamento, vale o investimento.
Ambas as versões, importante dizer, trazem o pacote Honda Sensing de série, um diferencial importante nessa faixa de preço.
O conjunto inclui controle de cruzeiro adaptativo (ACC), sistema de frenagem para mitigação de colisão (CMBS), assistente de permanência em faixa (LKAS), ajuste automático de farol (AHB) e mitigação de evasão de pista (RDM).
Todos são itens de segurança ativa que elevam o padrão do Honda WR-V frente a concorrentes diretos, como Renault Kardian, Volkswagen Tera e Fiat Pulse, principalmente. Vale dizer que por R$ 150 mil o WR-V também deve roubar clientes das versões de entrada de Fiat Fastback, Chevrolet Tracker e Nissan Kicks.
Futuramente, Chevrolet Sonic e Nissan Kait também entrarão nessa disputa.
Onde ele "perde"?
Para ter esse preço, o novo Honda WR-V precisou abdicar de alguns equipamentos da “moda”, como freio de estacionamento eletrônico ou painel de instrumentos totalmente digital.Mas ele entrega o essencial: ar-condicionado automático, central multimídia de 10” com Android Auto e Apple Carplay sem fio, câmera de ré multivisão, sensores de estacionamento e partida por botão.
No consumo, o Honda WR-V é extremamente econômico - e essa talvez seja sua maior virtude. Segundo dados do PBEV do Inmetro, faz até 12,8 km/l com gasolina na estrada e 12 km/l na cidade sem qualquer lance de eletrificação. Com etanol, os números são 8,9 km/l e 8,2 km/l, respectivamente.
Ou seja, a eficiência energética é um dos trunfos do modelo, que por ora tem só duas versões, mas que mostra ter espaço para outras mais desenvolvidas e ainda mais eficientes no futuro.
Como já citado, a versão EX de entrada tem preço sugerido de R$ 144.900, enquanto a EXL parte de R$ 149.900. Na prática, valores competitivos para um SUV com bom espaço, pacote de segurança avançado e mecânica confiável. Nossa expectativa é de boa aceitação no mercado - a fase de pré-venda superou 2.000 unidades.
Em resumo, o novo WR-V representa uma proposta bastante atraente para quem busca um carro zero com perfil urbano, confiável, econômico e espaçoso. É nítido perceber que a Honda apostou em um equilíbrio entre custo, conteúdo e eficiência - e parece ter encontrado o ponto certo.
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