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VW T-Cross 2021 topo de linha visa o desempenho

Apesar das novidades, preço do SUV compacto invade a faixa de atuação dos modelos médios

por Renan Rodrigues

Depois de liderar o mercado geral em julho e pouco antes de manter na liderança entre os SUVs em agosto, o Volkswagen T-Cross chegou à linha 2021. Você pode conferir os detalhes da nova linha, bem como seus valores em nossa matéria exclusiva sobre o lançamento 

Adiantamos que a versão avaliada é a topo de linha, Highline 250 TSI, a única equipada com o motor 1.4 turbo de 150 cv e 25,5 kgf.m de torque - o mesmo conjunto de Jetta, Tiguan e da dupla Polo/Virtus GTS. É também a que mais se distancia do Nivus, que só usa o motor 1.0 TSI. O câmbio é automático de seis marchas.  

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Detalhes 

Não faz muito tempo que avaliamos essa mesma configuração, mas ainda na linha 2020. O último teste é de fevereiro. Naquela ocasião, elogiamos o desempenho, o consumo de combustível e a revenda e manutenção. Tudo isso segue válido.  



O lado bom de avaliar um carro já conhecido é poder observar e entregar uma avaliação mais focada em detalhes. Afinal, se fizermos um único teste com todas as informações, o texto ficaria tão longo que nem mesmo o autor iria ler.  

De olho nisso, nos atentamos às mudanças na linha 2021 e no que pode ser melhor no T-Cross. O primeiro ponto que traremos é um dos mais criticados desde o seu lançamento, o acabamento. E lançarei uma polêmica: de maneira geral, ele é bom.  

Explico. Claro, o painel merecia um material macio ao toque. E esse é o principal ponto de crítica neste aspecto. O plástico rígido e principalmente de aparência simples influencia demais a opinião dos usuários e compradores. Afinal, é justamente a área que passamos mais tempo olhando.  

No entanto, se você se atentar, verá que na própria cabine do T-Cross há materiais que poderiam ser aplicados e atenuariam bem essa sensação. Para a parte superior do painel, por exemplo, seria possível usar o mesmo material que reveste a coluna dianteira. Apesar de também ser um plástico rígido, ele tem uma sensação melhor ao toque e um acabamento superior.  

Outro ponto é que a faixa branca no centro do painel possui acabamento áspero, que também não agrada tanto ao toque. Por outro lado, o mesmo plástico é usado com aspecto liso perto das maçanetas internas. Por fim, ainda há plásticos melhores em torno do câmbio e também na maçaneta do porta-luvas.  


Nova central  

A grande novidade na versão topo de linha fica por conta da central multimídia VW Play, que foi lançada pelo Nivus. E de cara garantimos: ela é boa, mas não é revolucionária e sua tecnologia não irá se valer por muito tempo.  

Como noticiamos recentemente, o Android Auto permitirá que mais aparelhos se conectem sem fio às centrais automotivas. A Apple já dispõe da funcionalidade em seus aparelhos. O que é mais prático? Conectar seu celular na central ou compartilhar sua internet para usar um número limitado de aplicativos? 



O teste da central poderia ser melhor se os aplicativos da loja estivessem funcionando - apenas o Waze funcionou como deveria. A central atende bem. Tem boa visibilidade, apesar de a tela ficar muito marcada com dedos, além de boa agilidade nos comandos. No entanto, poderia ter comandos físicos, especialmente para volume e para passar de música ou estação de rádio.  

Uma curiosidade a respeito do T-Cross é que ele não ganhou o ACC presente no Nivus e nem mesmo os símbolos novos da Volkswagen. Ao contrário do que a rival Fiat pretende fazer, de trocar a logotipia de seus carros o mais rápido possível - o que é o ideal em estratégias de rebranding - a Volkswagen parece não estar com tanta pressa. 


Completaço e caríssimo  

A unidade de testes estava com todos os equipamentos disponíveis. Teto solar panorâmico, sistema de som premium da marca Beats com subwoofer, faróis full-LED e park assist 3.0 - assistente de estacionamento que permite que o carro faça a baliza autônoma em vagas paralelas e transversais. 

Mas isso tem um preço: exatos R$ 134.555! Esse valor é cerca de R$ 10 mil menor que de um Tiguan de entrada. Saindo da marca, por R$ 5 mil a mais dá para comprar o Hyundai Tucson. Por uma diferença ainda menor, de apenas R$ 3 mil, o consumidor leva um Chevrolet Equinox. E por menos que o valor pedido, cabe um Jeep Compass no bolso. Em comum, todos oferecem mais espaço, apesar da menor oferta de itens. 


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