Há pouco mais de duas semanas, a Volvo apresentou a linha 2020 do SUV XC40. A grande novidade ficou por conta da configuração topo de linha, que agora usa um sistema híbrido plug-in. Mas foi a segunda principal novidade da gama, a inédita Inscription, que ficou uma semana com a equipe do WM1.
Você pode estar se perguntando o motivo para considerar que um modelo tão bem avaliado deu um passo atrás. Explico. Até a linha 2019, o Volvo XC40 2020 intermediário, que se chamava Momentum, tinha 252 cv com o mesmo motor 2.0 turbo. Agora, o modelo gera 192 cv, portanto, 60 cv a menos.
Isso quer dizer que o desempenho foi prejudicado? Não exatamente. Claro, essa diferença relevante de potência pode ser sentida ao volante, especialmente em retomadas e acelerações mais firmes. No entanto, no dia a dia é quase imperceptível.
Menos potência significa mais economia de combustível, certo? Não neste caso. Quem já dirigiu o XC40 sabe que ele não é dos mais econômicos, mas isso é praticamente uma premissa nesse segmento.
No entanto, obtivemos cerca de 7,8 km/l no pesado trânsito de São Paulo, enquanto na rodovia esses números chegaram a 13,3 km/l. Números modestos e bem próximos aos da antiga versão T5.
Apesar disso, o Volvo XC40 segue sendo ótimo de dirigir. Motor e câmbio conversam perfeitamente, garantindo um desempenho "limpo", sem qualquer tipo de tranco. As acelerações, como já acontecia, são lineares, sem exigir demais e impedindo que o ruído do motor suba demais e invada a cabine.
Algo que merece nota é a suspensão. O conjunto trabalha de maneira impecável, aliando bem esportividade e conforto. A Volvo acertou com perfeição o limite linear entre fazer uma curva mais arrojada e não transmitir imperfeições do solo para o interior da cabine.
O XC40 segue a linha de design da Volvo. A ideia é ser luxuoso, mas, ao mesmo tempo, discreto. Para isso, aposta em barras verticais cromadas na grade, assim como nas molduras dos vidros. A saída de escape é dupla, enquanto a terceira coluna leva o nome da configuração.
O que incomoda um pouco é o interior, que tem detalhes de madeira. Particularmente, prefiro o acabamento da configuração anterior, que utilizava alumínio. A alavanca de câmbio feita de cristal é mais um mimo de luxo, mas que, na prática, não faz muita diferença.
O acabamento, como é de se esperar nesse segmento, é muito bem feito. Há presença de materiais de qualidade e a montagem é perfeita.
A convivência dentro do XC40 é fácil. Os comandos estão todos próximos, a central multimídia é intuitiva e o espaço é adequado para quatro adultos.
Apesar do recuo em relação ao motor, o XC40 Inscription representa um bom avanço em termos de equipamentos.
Anteriormente, o Pilot Assit, que atua na aceleração, frenagem e direção do veículo em velocidades de até 130 km/h, era um opcional de R$ 5 mil - exceto na topo de linha R-Design. Também não estava disponível o teto solar panorâmico, restrito à configuração mais cara. Agora são de série nesta intermediária.
Que, além disso, tem sistema de alerta de mudança de faixa, painel de instrumentos digital, central multimídia com tela de 9", sistema de som premium e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
Completam a lista bancos dianteiros com regulagem elétrica, suporte lombar elétrico, câmera de ré, abertura elétrica do porta-malas, controle de cruzeiro adaptativo, faróis direcionais de LEDs e o sistema Volvo on Call.
A vantagem em termos de custo-benefício está no combo entre pacotes e preços com relação aos rivais. O mais moderno dos concorrentes é o Audi Q3, que foi lançado recentemente, cujo topo de linha custa R$ 209.990. Portanto, R$ 13 mil de diferença e com motor menos potente e equipamentos ausentes.
A intermediária do alemão, Prestige Plus, é mais barata: custa R$ 189.990. Mas deve vários equipamentos. O mesmo vale para versões intermediárias do BMW X1 e Mercedes-Benz GLA, este prestes a mudar.
Em termos de revisão, o Volvo tem o segundo plano mais barato até os 50.000 km. São necessários R$ 7.145 para fazer as cinco revisões e manter a garantia de dois anos. Somente o Mercedes-Benz GLA, que sai por R$ 7070, é mais barato.
No caso do Audi, o custo é de R$ 8.771. Já a BMW não adota um plano de revisões fixos e avalia individualmente a necessidade de trocas. Porém, se baseando nos planos dos rivais e consultando os preços no site da marca, o custo aproximado seria de R$ 7.900.
Além de tudo, agora a empresa se tornou pioneira ao apresentar a versão híbrida plug-in do SUV compacto. O modelo chega ao mercado custando R$ 245.950 e promete consumo médio acima dos 20 km/l.
VOLVO - XC40 - 2020 |
2.0 T4 GASOLINA INSCRIPTION GEARTRONIC |
R$ 224950 |
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