No mercado brasileiro de motocicletas realmente nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Foi-se o tempo em que o ranking das marcas que mais vendem motos no país era composto principalmente pelas quatro grandes japonesas - Honda, yamaha, Kawasaki e Suzuki - e mais Dafra e BMW, entre outras. O cenário tem mudado nos últimos dois anos, e o fechamento dos números de outubro consolidam essa nova era.
Já dissemos aqui como a Royal Enfield se consolidou no mercado brasileiro. Vinha em sexto lugar no ranking há meses, e em outubro superou, pela primeira vez, a marca das 3 mil unidades vendidas no país. Agora, nova mudança, que vem de outra indiana - a Bajaj. Que, aliás, já mencionamos aqui como forte candidata a ser uma nova potência em vendas de motos no Brasil nos próximos anos.

Pois bem: a Bajaj também superou a marca das 3 mil unidades vendidas em um único mês - outubro último. E, com isso, passou novamente a Royal Enfield e se consolidou na sexta posição.
Foram 3.084 unidades emplacadas. Pouca coisa acima da concorrente, que registrou 3.056 unidades licenciadas. No acumulado do ano a Royal Enfield continua na frente - 25.307 unidades vendidas, contra 22.809 unidades da Bajaj. Mas tudo indica que esse cenário mudará com o passar do tempo.
As explicações para isso são simples: enquanto a Royal Enfield tem modelos mais de nicho, a Bajaj comercializa motos fundamentalmente urbanas, capazes de atrair um leque mais amplo de consumidores.
Além disso a marca tem investido com força no crescimento progressivo de sua rede de concessionários, no lançamento de novos modelos - a mais recente foi a Dominar NS400Z, que conhecemos e avaliamos aqui - e, também, em preços competitivos.
O bom desempenho da Bajaj foi impulsionado também pela produção recorde em sua fábrica de Manaus (AM), que alcançou 3.600 motocicletas fabricadas em outubro. Esse volume correspondeu a um crescimento de 46% em relação à média mensal de 2025, que era de 2.464 unidades.
Desde o início das operações comerciais no Brasil, a Bajaj já acumula 37.869 unidades emplacadas no Brasil. E firmou-se como uma das marcas que mais crescem no segmento de duas rodas. Desde o início da produção nacional, em junho de 2024, já foram fabricadas 34.785 motocicletas em território brasileiro.
"Em um mercado tão concorrido e complexo como o brasileiro, alcançar estes números em menos de três anos de operação é uma conquista extraordinária", comemora Waldyr Ferreira, Managing Director da Bajaj do Brasil. "Continuaremos ampliando o portfólio e a presença regional, sempre com preços competitivos”, acrescenta o executivo.
Os resultados positivos da Bajaj não se limitaram ao Brasil. Globalmente, a marca também registrou um recorde histórico de vendas em outubro, com mais de 200 mil unidades exportadas para diversos mercados. No total, a marca indiana comercializou 518.182 motocicletas e triciclos no mês — superando o recorde anterior, de outubro de 2020, quando foram vendidas 512 mil unidades.
No Brasil, a Dominar 400 continua sendo o modelo mais vendido pela Bajaj, com 9.191 unidades emplacadas entre janeiro e outubro - crescimento de 77,5% em relação ao mesmo período de 2024. Apenas em outubro, 880 unidades foram registradas.
Em seguida aparece a Dominar NS160, com 4.070 unidades e crescimento de 360% sobre o ano anterior — o maior percentual entre todos os modelos.
A Dominar 200 também mantém forte ritmo de vendas, com 3.691 emplacamentos e alta de 220% frente a 2024.
Já a Dominar 250, lançada em agosto de 2024, soma 3.140 unidades em 2025, sendo 388 em outubro - um avanço de 27% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Por fim, a Pulsar N150, apresentada em maio deste ano, já acumula 2.196 unidades vendidas desde sua chegada às concessionárias, enquanto a Dominar NS400Z, lançada mais recentemente, no início de outubro, já contabiliza 326 emplacamentos no primeiro mês de vendas.
Enquanto em outros países da América do Sul a Bajaj opera por meio de importadores e distribuidores, no Brasil a marca estreou com uma subsidiária própria, em dezembro de 2022.
Em junho de 2024, iniciou as operações de sua fábrica brasileira, em Manaus (AM). A planta, que é a primeira unidade produtiva da Bajaj fora da Índia, foi inaugurada com capacidade para 20 mil motos. E recebeu aporte adicional em 2025 para expandir a estrutura e passar a produzir até 48 mil motocicletas por ano.
A unidade opera em regime Completely Knock Down (CKD). Ou seja, as motos vêm da Índia completamente desmontadas e lá são feitos os processos de preparação de kit, montagem de motor, montagem completa das motos, controle de qualidade, embalagem e expedição.
Atualmente, todos os seis modelos Bajaj vendidos no mercado brasileiro são montados na nova fábrica: Pulsar N150, Dominar NS160, Dominar NS200, Dominar 250, Dominar 400 e Dominar NS400Z.
Em 2024, a marca triplicou a sua rede de concessionárias (em comparação com 2023). E continuou em ritmo de expansão em 2025. Hoje são 57 endereços, localizados em Campinas (SP), com duas lojas; Guarulhos (SP); Jundiaí (SP); Osasco (SP); Piracicaba (SP); Ribeirão Preto (SP); Santo André (SP); Santos (SP); São Bernardo do Campo (SP); São Paulo (SP), onde a marca tem 6 lojas; São José do Rio Preto (SP); Sorocaba (SP); Belo Horizonte (MG); Juiz de Fora (MG); Rio de Janeiro (RJ), com duas lojas; São João de Meriti (RJ); Niterói (RJ); Serra (ES); Vitória (ES); Campo Grande (MS); Dourados (MS); Goiânia (GO); Brasília (DF); Taguatinga (DF); Curitiba (PR); Londrina (PR); Florianópolis (SC); Itajaí (SC); Joinville (SC); Porto Alegre (RS); Belém (PA); Macapá (AP); Manaus (AM); Marabá (PA); Aracaju (SE); Arapiraca (AL); Caruaru (PE); Feira de Santana (BA); Fortaleza (CE); João Pessoa (PB); Maceió (AL); Mossoró (RN); Natal (RN); Parnamirim (RN); Parnaíba (PI); Petrolina (PE); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís (MA) e Teresina (PI).
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