O Citroën Basalt é o SUV mais barato do Brasil atualmente. Com preço inicial oficial de R$ 102.490 (versão Feel com motor 1.0 aspirado e câmbio manual), mas anunciado no próprio site da marca de origem francesa por R$ 94.990, o SUV de entrada reúne pontos fortes que, sim, fazem dele um excelente negócio para quem está em busca de custo-benefício e espaço.
E, apesar de um ano discreto em vendas, em dezembro o Basalt tem mostrado uma força interessante com mais de 2,5 mil novos veículos licenciados, um crescimento acima de 80% em relação ao mês anterior, quando ficou na casa das 1,4 mil unidades comercializadas.
No entanto, apesar desse bom desempenho em dezembro, o Citroën Basalt é apenas o 29º carro de passeio mais vendido do Brasil até o momento em 2025, de acordo com dados parciais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o que, convenhamos, é pouco para um SUV (segmento que domina o mercado nacional de veículos 0 km com mais de 50% dos emplacamentos) — e um SUV que, como já escrevemos, é o mais barato do País.
Testamos recentemente o Citroën Basalt Dark Edition, a atual versão topo de linha do SUV, que custa R$ 126.990, mas é oferecido pela fabricante com desconto de R$ 10 mil, saindo por R$ 116.990. Por isso, resolvemos montar uma lista com novos pontos fortes que fazem dessa configuração do Basalt uma boa compra.
Precisamos abrir os pontos fortes com aquilo que o Basalt Dark Edition se propõe a ter: um visual mais ousado. E como o próprio nome sugere, a versão traz elementos mais escuros e detalhes em vermelho. As rodas de liga leve de 16 polegadas, por exemplo, são pretas. O modelo também traz spoiler na parte superior do vidro traseiro com um friso vermelho de ponta a ponta. E vale destacar ainda a nova cor Sting Grey, um tom “chumbo” que caiu muito bem ao SUV cupê.
O espaço interno é um dos grandes trunfos do Basalt. Se é espaço que você precisa, então o Citroën precisa ser considerado, com certeza. Além de uma distância entre-eixos de 2,65 metros, que causa inveja até mesmo em SUVs de segmentos superiores, o modelo fabricado em Porto Real, no Rio de Janeiro, é largo: 1,74 metro (sem os espelhos retrovisores). Essas duas medidas, em especial, garantem conforto para quem viaja no banco traseiro, pois não enfrentará problemas com o joelho encostando nos assentos dianteiros nem com os ombros, caso viajem três pessoas.
Dimensões:
O porta-malas é gigante e, assim como o espaço interno, é uma das qualidades mais marcantes do Citroën Basalt. Com 490 litros de capacidade, o bagageiro é o maior da categoria (SUVs de entrada). O modelo que chega mais próximo é o novo Honda WR-V, que oferece bons 458 litros.
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O conjunto motor e câmbio do Basalt Dark Edition é o mesmo da configuração Shine: motor 1.0 turbo de três cilindros que entrega até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque quando abastecido com etanol. A transmissão é automática do tipo CVT (continuamente variável), que simula sete marchas. Com essa dupla, o Citroën entrega boas acelerações e retomadas de baixas para médias velocidades, o que agrada muito no perímetro urbano. O botão “Sport” deixa o acelerador mais sensível e, consequentemente, as respostas do motor mais rápidas.
Ficha técnica:
A posição elevada do Basalt corresponde à proposta SUV do veículo. Com ajustes manuais de altura do assento, é possível “vestir” o carro de maneira simples e fácil. O ponto negativo é a ausência de regulagem de profundidade da coluna de direção.
A lista de equipamentos de série do Citroën Basalt Dark Edition é boa para o preço cobrado: R$ 116.990. Destaque para:
O valor do Basalt Dark Edition é, indiscutivelmente, competitivo. Oficialmente custa R$ 126.990, mas a própria Citroën oferece um desconto de R$ 10 mil, cobrando R$ 116.990 pela versão topo de linha. Detalhe: na Webmotors, é possível encontrar unidades sendo anunciadas por um valor ainda menor.
Colocamos a central multimídia do Basalt como ponto positivo, pois durante os testes não apresentou nenhum problema — especialmente de conexão, como acontece de forma costumeira com outras centrais. O que chamou a atenção foi justamente a velocidade da conexão com o smartphone pareado. Sim, poderia ter mais funções, mas para o uso básico do dia a dia, o sistema é bom e eficiente.
Cada vez mais as pessoas estão conectadas. Crianças e adolescentes, com frequência, viajam no banco traseiro portando um telefone celular ou tablet. Por isso, entradas USB para os passageiros são um diferencial de conforto importante, e o Basalt Dark Edition oferece duas do tipo C.
Saiba mais:
Apesar de ser um SUV com preço competitivo e até mesmo baixo diante de seus concorrentes diretos, o Citroën Basalt pode evoluir em alguns pontos. Aqui separamos seis que entendemos que, com o tempo, a marca francesa poderá aplicar no modelo em uma evolução constante. Claro que muitos dos recursos que queremos foram retirados do projeto para que o preço final fosse competitivo — como realmente é.
O acabamento do Basalt ainda utiliza muitos plásticos duros. Com exceção dos bancos, revestidos com material sintético agradável, e do volante, o restante do interior traz muitos elementos que tornam o Citroën mais simples. Uma maior variação de texturas ou mesmo de cores poderia ser uma solução interessante.
A posição ao volante é boa, mas poderia ser melhor. E essa melhoria poderia acontecer caso o cinto de segurança tivesse ajuste de altura, recurso que evita que a fita toque no pescoço do motorista ou passageiro.
Muitos carros já têm carregamento de celular por indução. Este equipamento é positivo pois, além da sua finalidade principal (recarregar a bateria), ajuda a posicionar o aparelho dentro do carro e ainda reduz o consumo da bateria caso esteja pareado com a central multimídia.
O Basalt é um carro grande. Com um interior espaçoso — e esse é um dos seus pontos positivos. Por isso, uma saída de ar para o banco traseiro seria interessante para o maior conforto dos passageiros. Em dias de calor extremo, isso poderia ser um diferencial.
O Citroën Basalt Dark Edition tem uma proposta de ser mais arrojado no visual e, consequentemente, entregar uma leve esportividade. O motor turbo consegue entregar esse tempero, mas o câmbio CVT fica devendo — ainda mais pela ausência de aletas atrás do volante para trocas manuais. As trocas podem ser feitas manualmente, mas apenas pela alavanca do câmbio.
O DRL é de LED — excelente. No entanto, os faróis baixos não são. A tonalidade amarelada das lâmpadas halógenas vai contra a proposta do Dark Edition, que poderia sim ter faróis de LED, contribuindo bastante com seu visual.
A escolha de um SUV de entrada exige análise de fatores objetivos relacionados ao uso, orçamento e necessidades práticas. As principais buscas de quem procura um SUV — novo ou usado — envolvem critérios como economia de combustível, espaço interno, capacidade do porta‑malas, segurança e custos de manutenção. Esses pontos servem como referência inicial para definir o modelo adequado ao perfil do motorista.
O primeiro aspecto a considerar é o uso previsto do veículo. Consumidores que utilizam o carro diariamente em ambiente urbano tendem a priorizar menor consumo, facilidade de manobra e desempenho suficiente para deslocamentos curtos. Já quem faz viagens frequentes avalia melhor o espaço interno, o comportamento em estrada e a capacidade de carga, fatores frequentemente destacados nas análises quando o assunto é utilitário esportivo.
Outro ponto importante é o espaço interno e o porta‑malas. Muitos compradores procuram SUVs de entrada em razão da posição de dirigir mais alta e do espaço adicional para passageiros e bagagens. Por isso, é recomendável comparar medidas internas e o volume de porta‑malas entre os modelos considerados, verificando se atendem às necessidades familiares ou de transporte diário.
O custo de manutenção também merece atenção. Esse item é decisivo para quem avalia um SUV acessível, especialmente no mercado de entrada. Antes da compra, é recomendado verificar preços médios de revisões, disponibilidade de peças e histórico de manutenção dos modelos, fatores que influenciam o gasto mensal e o custo total de propriedade.
A segurança é outro critério relevante. Muitos consumidores consideram itens como controles eletrônicos, airbags e assistência à condução ao escolher um SUV. Analisar a lista de equipamentos de cada versão e verificar se ela atende ao nível de proteção desejado é um passo essencial na comparação.
Por fim, a escolha deve incluir a avaliação do orçamento total, que envolve não apenas o preço de compra, mas também seguro, consumo, documentação e eventuais despesas adicionais. Atenção ao equilíbrio entre preço, equipamentos e custos recorrentes para garantir que o modelo esteja alinhado às condições financeiras do comprador.
Esses critérios permitem estruturar uma análise objetiva antes da compra e ajudam a identificar qual SUV de entrada atende de forma mais adequada ao perfil de uso e às necessidades práticas do motorista.
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